Mandrag Ythén é um blogueiro que assim se descreve: “Provenho de Lokmar e encarnei em África. Fui desterrado para Portugal aos 10 anos de idade, onde permaneci em exílio forçado durante 41 anos. Agora sou um cidadão do Mundo. Seu Blog Confessium vale a pena ser conferido. Destaco aqui esta percepção contundente sobre Direitos e Liberdade de Escolhas.
“Sem dúvida que todos têm direito a ter direitos. Mas quantos saberão o que são os seus direitos? E qual o preço (para si e para os outros) desses direitos?
Todos reclamam dos seus direitos, os adquiridos e os presumidos. Todos acham que liberdade é ter direito a tudo. Mas a ignorância leva a que se reivindique o direito à sua escravidão e dos outros. É um jogo viciado que acaba sempre a favor de quem está no poder: a classe dominante.
O direito a ter casa própria ou o direito a ser refém/escravo da instituição bancária que lhe emprestou o dinheiro (e que em verdade é o proprietário do imóvel)? E neste se inclui o direito a ter carro, ou todo o tipo de modernidades dispendiosas que todos crêem como indispensáveis e só podem aceder através de endividamento.
O direito ao trabalho ou o direito a ser escravo do empregador, sujeito às condições que a este mais lhe convêm de modo a obter o maior lucro?
O direito à liberdade de expressão ou o direito a falar todas as alarvidades impensadas que uma mente conturbada exprime através dum discurso impulsivo e irresponsável?
O direito a seguir uma religião ou o direito a se submeter ao jugo duma elite que nem sempre é muito clara nos seus propósitos?
O direito à justiça ou o direito a ser punido por uma lei feita pelos dominantes, com o fim último de proteger os interesses desses mesmos?
O direito à paz ou o direito de ser enviado para matar gente com quem nunca teve nada que ver na vida, senão o fato de serem outros escravizados como o próprio?
O direito à segurança ou o direito de viver vigiado e encarcerado no seu próprio quotidiano, como se dum assassino implacável se tratasse?
O direito à vida ou o direito de se arrastar numa ilusão de perseguir uma felicidade que nunca se chega a materializar definitiva?
O direito à saúde ou o direito de ser vítima dum sistema farmacêutico/hospitalar sem escrúpulos que não tem outro propósito senão o de rentabilizar os investimentos dos seus acionistas?
O direito à auto-afirmação ou o direito a espezinhar os outros em proveito dum orgulho ressabiado?
E muitos mais direitos a que todos se arrogam por viverem em democracia. Será?”
Paulo Braccini
enfim! é o que tem pra hoje...
Uau!
ResponderExcluirBlogs fantásticos é que nem beijo bom... nunca é demais.
Valeu, meu caro.
Bjs!
Eu sou suspeito pra falar do meu marido e deste texto em especial, que adoro muito!
ResponderExcluirLegal você ter reproduzido aqui
Beijos
Esta faltando é mais deveres, querido amigo.
ResponderExcluirBjs.
xiiii!... Gostei do texto! Vou conferir o blog desse gajo!
ResponderExcluirAh! Sou eu?!... 0.0 rsrsrs
Fica estranho ler um texto meu noutro blog. rsrs
Obrigado pela referência, Amigo. Coincidiu bem com o lançamento das alterações que vim fazendo lá por casa. Espero conseguir manter o ritmo alucinante.
E conto sempre com os teus comentários lúcidos e oportunos.
Bjux
acho q preciso pensar mais pra responder a esse texto...
ResponderExcluirapaguei 3x até escrever isso...
ps: te liguei e não consegui falar com vc.
Direi, como é que é, direito?
ResponderExcluirO que é, que é isso mesmo?
Não posso atender um cliente, a noite pois , o metro não funciona de madrugada, e eu estou sem carro!
Como, é ,aquele papo de direito de ir e vir?
Direi, o que mesmo?
Ah, me lembrei, é o direito do cidadão, mas como é que ele funciona mesmo, esse tal de direito?
Vixe me esqueci, nem cheguei a conhecer esse tal de direito!
Oh, ebm dito.Sempre me perguntei que lógica há em viver assim, escravizados por conceitos que não fazem sentido.E a cada dia fica pior.
ResponderExcluirVejo pessoas que chegando na meia idade costumam exclamar felicidades e bem estares em redes sociais, de forma tão insistente, que dá para notar que não passa de auto-afirmação sobre uma coisa que eles querem tanto, tanto possuir,que eu suspeito que nem conheçam.
Viram escravos do estar bem...
bjo
Somos livres inclusive pra fugirmos disso tudo.
ResponderExcluirVou visitar o blog recomendado.
Beijos.
O que falta são pessoas sensatas que param de procurar tantos seus direitos e começam a visar antes seus deveres, não apenas para com eles, mas principalmente, para com o próximo.
ResponderExcluirNão é muito a minha praia, mas é legal pra conhecer.
ResponderExcluirHoje em dia ninguém mais consegue separar direitos de deveres.
ResponderExcluirNem direitos de favores.
Nem direitos de coisa nenhuma. Todo mundo só quer ganhar em cima de alguém.
Beijos Paulo!
Acho que essas perspectivas dependem basicamente do enfoque que damos.
ResponderExcluirTem gente por exemplo que só se acha com direitos e sem deveres.
Adorei o texto!
Beijao!
WOW!!!!! Ótimo texto. E ótima dica... vou conferir... Hugzão!
ResponderExcluirAcho que a maioria sabe dos seus direitos ou se não, deveria saber. Mas o ponto é até onde vai o meu direito e onde reclamar por eles? Também acho que deveria de haver mais cumplicidade entre as pessoas que são violadas em seus direitos. Assim se forma o senso público e comum sobre um determinado assunto e são lançadas as bases para a defesa do cidadão. A palavra de ordem é "Denuncie" - mesmo que não seja com você, porque um dia pode ser um dos seus. Boa semana!
ResponderExcluirgostei muito do texto
ResponderExcluirsempre fazendo a gente refletir
:)
bjos
O poder da classe dominante, é o que nos faz reféns dos seus direitos.
ResponderExcluirSeu texto é muito adequado, Paulo
beijos
Questionador e reflexivo. Gostei.
ResponderExcluirBjux