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domingo, 13 de março de 2022

A sabedoria de Ludwig Von Mises!

 


"Aqueles que estão pedindo mais interferência do governo estão pedindo mais compulsão e menos liberdade."
"O capitalismo não precisa de propaganda nem de apóstolos. Suas conquistas falam por si. O capitalismo entrega os resultados."
"É inútil lutar contra o totalitarismo adotando métodos totalitários. A liberdade só pode ser conquistada por homens incondicionalmente comprometidos com os princípios da liberdade."
"A história econômica é um longo histórico de políticas governamentais que falharam porque foram projetadas com um forte desrespeito pelas leis da economia."
"O que empurra as massas para o campo do socialismo é, ainda mais do que a ilusão de que o socialismo as tornará mais ricas, a expectativa de que isso refreia todos aqueles que são melhores do que eles próprios são."
"Toda intervenção governamental gera conseqüências não intencionais, que levam a pedidos de novas intervenções governamentais."
"Governo é essencialmente a negação da liberdade."
"Toda essa conversa: o estado deveria fazer isso ou aquilo, em última análise, significa: a polícia deveria forçar as pessoas a se comportarem de maneira diferente do que se comportariam espontaneamente."
"Um novo tipo de superstição conquistou a mente das pessoas: a adoração do estado. As pessoas exigem o exercício dos métodos de coerção e compulsão, de violência e ameaça. Ai de quem não dobrar o joelho para os ídolos da moda!"
"A adoração do estado é a adoração da força. Não há ameaça mais perigosa para a civilização do que um governo de homens incompetentes, corruptos ou vis. Os piores males que a humanidade teve que suportar foram infligidos por governos."
“A marca característica desta era de ditadores, guerras e revoluções é seu viés anticapitalista. A maioria dos governos e dos partidos políticos estava ansiosa para restringir a esfera da iniciativa privada e da livre empresa.”
“Se a história pudesse nos ensinar qualquer coisa, seria que a propriedade privada está inextricavelmente associada à civilização.”
“O principal problema político é como evitar que o poder de polícia se torne tirânico. Este é o significado de todas as lutas pela liberdade.”
"A liberdade não tem sentido se for apenas a liberdade de concordar com aqueles que estão no poder."
"A luta pela liberdade, em última análise, não é resistência aos autocratas ou oligarcas, mas resistência ao despotismo da opinião pública."

João Luiz Mauad

Bratz Elian
enfim!, é o que tem pra hoje ...

domingo, 6 de março de 2022

Luxo e riqueza das "sinhás pretas" - Fato Histórico

 


Podem dizer o que quiser do Leandro Narloch, menos que ele não seja um cara corajoso. Seu artigo de ontem, na FSP, está deixando os coletivistas da esquerda neuróticos - olhem os comentários deixados na página do artigo, onde ele é tachado de racista pra baixo. Obviamente, como bons cidadãos tupiniquins, a maioria faz uma interpretação completamente deturpada do texto, que nada mais é do que resenhas de livros de historiadores que ousaram escrever sobre 'assuntos proibidos'. Louve-se também os editores da Folha de São Paulo, que não se recusaram a publicar artigo.

Luxo e riqueza das 'sinhás pretas' precisam inspirar o movimento negro (Por Leandro Narloch)
"Antonio Risério acaba de publicar um livro sobre um personagem fascinante da história do Brasil: a “sinhá preta”, como se dizia no século 19, a escrava que conquistou a liberdade, superou preconceitos, enriqueceu pelo comércio de rua e deixou em seu testamento joias, vestidos, casas e escravos.
Em 1836, Marcelina Obatossi comprou sua alforria de um outro negro liberto e a partir de então acumulou 18 escravos, meia dúzia de casas no que hoje chamamos de centro histórico de Salvador e muitas joias.
Francisca Maria da Encarnação, liberta em 1812, tinha quatro escravos e diversas peças de ouro e prata. Custódia Machado de Barros morreu com duas casas e seis escravos. Joaquina Borges de Sant’Anna tinha dinheiro suficiente para emprestar a donos de armazéns do porto de Salvador.
Casos assim são exemplos anedóticos ou um fenômeno mais consistente? Certamente não eram raros, pelo menos em regiões em que a economia prosperava e criava oportunidades.
“Na verdade, pesquisas mais recentes indicam, com segurança razoável, que mulheres de cor libertas formavam a categoria mais rica de nossa sociedade, depois dos homens brancos”, diz Risério em “As Sinhás Pretas da Bahia: suas Escravas, suas Joias”, baseado em estudos de Sheilla de Castro Faria e Eduardo França Paiva.
O viajante austríaco Johann Emanuel Pohl percebeu essa riqueza em 1819, quando passou pela cidade de Goiás. Segundo ele, muitas mulheres brancas, envergonhadas de sua pobreza, frequentavam a missa às 5 horas da manhã. “Nela aparecem principalmente as brancas empobrecidas, envoltas num manto de má qualidade, para não se exporem aos olhares desdenhosos das negras que aparecem mais tarde e entram altivamente ornadas de correntes de ouro e rendas.”
(As “joias de crioula” renderam outro grande livro, “Joias na Bahia dos Séculos 18 e 19”, de Itamar Musse Júnior, que conta com uma extensa coleção fotográfica.)
A sinhá preta é um personagem poderoso porque complica narrativas de ativistas. As negras prósperas no ápice da escravidão são uma pedra no sapato de quem acredita que “o capitalismo é essencialmente racista e machista” e que o preconceito é uma força determinante, capaz de impedir que indivíduos discriminados enriqueçam.
Outra ideia que a sinhá preta abala é a da culpa coletiva pela escravidão. Na verdade, como se diz em sessões de terapia, “todos são culpados, mas ninguém tem culpa”. Se há um responsável pela crueldade escravista, não são exatamente os portugueses ou africanos que tiveram escravos. Muito menos os imigrantes europeus (cuja maioria chegou faminta por aqui no finalzinho da escravidão). A culpada é a época e seus valores diferentes dos nossos.
Ativistas do movimento negro não deveriam desprezar as lindas histórias de vida das sinhás pretas. O costume de tratar negros somente na voz passiva (“escravizados, humilhados, exterminados”) acaba por menosprezar o protagonismo deles na história do Brasil.
Como observou certa vez o historiador Manolo Florentino (que assina a apresentação do livro de Risério), é muito mais estimulante, para negros de hoje, imaginar que seus antepassados foram em alguma medida protagonistas de seu destino. Protagonizaram ações —ações dentro dos costumes da época, como a de comprar e alugar escravos.
Muitos ativistas e estudiosos militantes confundem a atividade do historiador com a de um promotor moralista que monta peças de condenação. As sinhás pretas oferecem a essas pessoas a oportunidade de enxergar o passado com mais maturidade e conciliação.
A teoria crítica racial, em voga hoje nas faculdades de humanas, enxerga o mundo pela lente das relações coletivas de poder. Nessa visão, houve na história uma divisão nítida entre opressores e oprimidos, nitidez que persistiria hoje. No entanto, como diz Risério, na história da Bahia “esse dualismo esquemático não encontra correspondência factual”.

João Luiz Mauad

Bratz Elian
enfim, é o que tem pra hoje ...

domingo, 20 de fevereiro de 2022

O Direito de Dizer “Não”!


“Ainda não estamos maduros para essa questão aí”, tascou Bolsonaro, sobre o projeto da volta dos cassinos no Brasil, que deve ir à votação no Congresso. Me lembrei da dona Santinha, mulher do ex-presidente Dutra. Segundo consta, foi ela, muito carola, que assoprou no ouvido do marido, em 1946, que os cassinos tinham de fechar. “Manda fechar, Eurico, aquilo é só imundície.” Foi o que ele fez. Hoje, quem quer arriscar na roleta pode ir a Livramento e cruzar a fronteira com o Uruguai, onde o povo já amadureceu, ou jogar pela internet, ou ainda fazer uma fezinha no bicho, em algum ponto de Copacabana, onde ninguém incomoda ninguém com essa história de imaturidade.
Caso parecido é o do voto obrigatório. Tempos atrás li um ministro do STF dizendo que “ainda somos uma democracia jovem” e que falta não sei quanto tempo para dar ao nosso cidadão-adolescente a escolha de votar ou deixar de votar. Me surpreendi. De onde vem essa ideia? Já votamos vinte vezes desde a redemocratização, fizemos dois plebiscitos e vamos para nossa nona eleição presidencial. Vamos sair exatamente quando da puberdade política?
Meu caso preferido é o do FGTS. O governo diz: “Vocês têm de ter uma poupança forçada, caso percam o emprego”. E logo: “Mas quem vai administrar o dinheiro somos nós”. Dia desses fui ver o resultado. Alguém que colocou 250 reais por mês, no ano 2000, teria 76.000, pelo FGTS, no fim de 2016. Com a remuneração da Selic, em papéis que os bancos oferecem por aí, teria 166.000 reais. O governo tungou 90.000 da “poupança forçada” de nosso pacato cidadão. Mas tudo bem. Somos “hipossuficientes” para escolher, não é mesmo? Estes dias alguém me retrucou que não era bem assim, que a taxa de 3% tinha sido boa nestes dois últimos anos, quando os juros estavam perto de 2%. Legal, pensei. O trabalhador fica rezando para o juro cair. Se ficar abaixo de 3%, comemora assando umas costelas. Neste ano, com a Selic a mais de 10%, deu zebra. Melhor dobrar a reza para 2023.
A última onda do paternalismo nacional é “banir o Telegram”. “Se não fizer, vai ser um show de fake news” , leio em uma reportagem. Em outra, leio que o ministro Barroso vai conversar com seus colegas para ver o que fazer. Não acredito nisso. Fico imaginando a conversa: “Tem 50 milhões de brasileiros lá” , metade enganando, metade sendo enganada, temos de proteger essa gente toda”. Brasileiro é assim, não sabe distinguir entre o falso e o verdadeiro, não sabe quem está ameaçando a democracia, se há risco nas urnas eletrônicas, se a Terra é plana, se tem déficit na Previdência. Tem de controlar, não tem jeito. O mais curioso é a naturalidade com que se discute o assunto. “Tem de achar uma saída jurídica para banir isso, senão vão achar que foi censura política.” Foi a melhor que eu li.
Há quem diga que nossa tradição paternalista vem dos tempos da Colônia, do Estado que chegou antes da sociedade, neste imenso continente. Tradição que seguiu, na República dos coronéis, e logo em nossas duas grandes ditaduras, e impregnou nossas leis, nossa Constituição exaustiva, nossos hábitos políticos. Há quem debite tudo à desigualdade. À massa de despossuídos, que corre atrás da sobrevivência, que não faz lobby em Brasília, não tem tempo para abstrações em torno do “estado de direito” , nem força para dizer não a qualquer coisa que venha de cima. Não sei dar a resposta precisa a essa questão. O fato é que a liberdade, o rigor com os direitos individuais, o zelo pelo “contribuinte”, essa figura estranha, ficaram distantes da equação do poder.
A impagável Deirdre McCloskey culpa os economistas. Esses tipos “obcecados em oferecer conselhos utilitários, que em geral não dão a mínima para a liberdade”. No fundo é isso que há em comum nos exemplos que mencionamos. Tira a liberdade do sujeito decidir o que fazer com seu dinheiro que o país vai crescer mais rápido; tira a opção de usar esta ou aquela rede social que vai ser melhor para a democracia. A melhor: tira a liberdade de os pais escolherem a escola dos filhos que vai ser ótimo para a educação. Há algo muito errado aí. Governos deveriam focar em garantir o básico. Direitos fundamentais, incluindo acesso à educação, saúde, renda mínima, e o principal: a igualdade de todos diante da lei. Isso está inscrito desde muito em nosso contrato político.
O que não está é essa migração malandra do Estado de direito para o Estado Babá. A brutal diferença entre um governo que garante um vale-creche para uma mãe de menor renda escolher onde colocar o filho (como faz a dona da casa onde ela trabalha), e um governo que diz: “A creche que você vai colocar é na rua tal, número tal, e o que você acha ou deixa de achar não está em questão”.
Vai aí o abismo civilizacional brasileiro. Tem um país feito de gente que pode achar alguma coisa e no fim dizer “não”. Que vai ao mercado se defender da precariedade do Estado e seus serviços. E tem outro que não pode. Que vive numa pré-modernidade, numa cidadania pela metade, que gostamos de empurrar para baixo do tapete.
Por vezes isso adquire dimensão trágica. É o caso da Betina, lá de Cruz Alta, no meu Rio Grande do Sul. Betina começou a vomitar e passar mal no domingo depois do Natal. O Rodrigo e a Catiele, seus pais, levaram-na à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do SUS. Entre idas e vindas, só na quinta a Betina foi transferida para o hospital, o que não adiantou muita coisa. Ela precisava de diálise, precisava de uma cirurgia, era fim de ano, não havia profissionais lá para fazer isso. Betina ficou esperando numa cama, a infecção tomando conta, os pais em desespero. E ela indo embora desta vida, enroscada na burocracia do SUS. No sábado à tarde, enquanto o país comemorava o início do novo ano, Betina se foi. Ela só tinha 2 anos e 10 meses.
Se foi porque não tinha escolha. Era a UPA ou nada. Era o “sistema único” , que deveria ter evitado que ela se fosse, ou coisa nenhuma. Fosse filha de classe média, com um plano de saúde razoável, os pais tiravam de lá na segunda meia hora. Betina se foi porque nosso Estado faz-tudo não fez o mínimo que devia ter feito.
O fato é que fomos nos acostumando. Lemos as histórias tristes do SUS, da escola pública, os números do FGTS, a invasão de nossos direitos à expressão, e vamos dando de ombros. Em parte, porque nunca é bem com a gente; em parte, porque quem paga a maior parte da conta, em regra os mais pobres, não tem força para interferir no jogo. É assim que o fantasma de dona Santinha vai fazendo seu trabalho: a indiferença dos de cima, o silêncio dos de baixo.
O caminho para mudar essas coisas não é fácil, mas sua direção me parece bastante clara: colocar a liberdade individual no centro da equação política brasileira. Garantir às pessoas o direito mais elementar, negado ao Rodrigo e a Catiele, de dizer não. Ele é, no fundo, o melhor antídoto à prepotência do Estado. A melhor bússola para dizer a que distância andamos de uma boa sociedade liberal."

Fernando Schüler

Bratz Elian
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domingo, 13 de fevereiro de 2022

Os Idiotas da Modernidade!


Baita texto do Eduardo Affonso sobre a estúpida tentativa de reescrever até mesmo os contos de fadas, para adequá-los aos tempos politicamente corretos. Ou: quando os heróis anões foram estigmatizados pelos idiotas da modernidade.

“Para não estigmatizar ainda mais os anões, vão tirá-los da história da Branca de Neve. Pelo que li, serão substituídos por “seres mágicos”.
Adeus, Soneca, com quem eu tanto me identificava às 6 da manhã, quando minha mãe passava pelo quarto fazendo o arrastão da “hora de ir pra aula”.
Adeus, Dengoso, meu retrato fiel quando batiam as crises de asma, e eu podia ir mais cedo pra cama, sair mais tarde da cama, fazer corpo mole, gemer, suspirar, com o ar compungido das crianças que sofrem de mentira, e descobrem como os adultos são fáceis de se manipular.
Adeus, Feliz. Nunca te entendi direito, até o dia em que tomei uma caixa inteira de Melhoral Infantil e o mundo tornou-se cor-de-rosa – mesma cor das minhas bochechas afogueadas pela overdose de ácido acetilsalicílico. Minha primeira e única viagem de ácido, ali pelos cinco anos de idade. Houve outra, depois de mamar um frasco de Benadryl, no gargalo. Ah, os paraísos artificiais da infância...
Adeus, Atchim, amigo de fé, irmão camarada das rinites e bronquites. Parceiro na minha alergia a poeira e mofo e no consumo, em escala industrial, de descongestionante nasal.
Adeus, Mestre. Meu favorito, modelo (inatingível) de sabedoria.
Zangado, adeus. Como eu te entendia, eu que era sempre contrariado – não podia repetir sobremesa, não podia ver o que viria depois do anúncio dos Cobertores Parahyba, não podia ter gato nem cachorro em casa, não podia apoiar o cotovelo na mesa, não podia bater nos irmãos mais novos (e todos eram mais novos!).
Por fim, adeus Dunga-eu-mesmo, o que só queria ser criança, mas um pouquinho.
Talvez eu fosse pouco inteligente e, não sabendo o que eram arquétipos infantis, me visse em cada um, sem dar a mínima para o fato de estarem representados por adultos de baixa estatura.
Que as crianças do século 21 se divirtam com a Latina (não é mais Branca, para fugir ao racismo estrutural da sociedade) e seus sete seres mágicos (para não representar os portadores de nanismo de uma maneira retrógrada).”

João Luiz Mauad

Bratz Elian
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domingo, 9 de janeiro de 2022

As coisas que Deus faz!


Nelson Farina mexeu-se na rede e a deixou ensopada com um cinza triste no olhar.
- Moi, vous savez – disse.
Sua filha saiu ao pátio quando ouviu a saudação. Levava uma bata guajira ordinária e gasta, e tinha a cabeça guarnecida por laços de fita coloridos e o rosto pintado; apesar de descuidada, deixava ver que não havia outra mais bonita no mundo. O senador espantou-se.
- Porra – suspirou maravilhado -, as coisas que Deus faz!

Gabriel Garcia Márquez - A incrível e triste história da Cândida Erêndira e sua avó desalmada

Bratz Elian
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domingo, 12 de dezembro de 2021

Despedida!




O que dizer quando a despedida é para toda a vida?

Jó - Romance de um Homem Simples - Joseph Roth

ps: Muito bem, o tema é despedida, mas esta não é para toda a vida, só um até o ano que vem.
Dia 15, agora, férias mas volto em Janeiro.
Feliz Natal e um 2022 pleno de felicidades para todos nós.
Beijão.


Bratz Elian
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domingo, 5 de dezembro de 2021

Fala!


A fala de cada um devia ser dada em metros quando ele nasce. Assim quem falasse à toa ia desperdiçando metragem, um belo dia abria a boca e só saía vento.

A hora dos ruminantes - José J. Veiga

Bratz Elian
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domingo, 28 de novembro de 2021

Dia e Noite!


Mendel Singer acreditou sentir pela primeira vez na vida como era traiçoeiro o silencioso e furtivo deslizar do dia, como era enganosa e pérfida a eterna alternância de dia e noite, verão e inverno, como era lento e monótono o escorrer da vida, a despeito de todos os horrores, surpreendentes ou previsíveis.

Jó - Romance de um Homem Simples - Joseph Roth

Bratz Elian
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domingo, 21 de novembro de 2021

O Bem!


Sim, seu coração estava de tal modo acostumado ao infortúnio que continuava ainda a se assustar, mesmo depois de longa preparação para a felicidade. “O que pode suceder de surpreendentemente alegre a um homem como eu?”, pensava. Tudo que é repentino é mau; o bem aproxima-se tateando, devagar.

Jó - Romance de um Homem Simples - Joseph Roth

Bratz Elian
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domingo, 14 de novembro de 2021

Narrativas!

 


Como contadora de histórias reais, a pergunta que me move é como cada um inventa uma vida. Como cada um cria sentido para os dias, quase nu e com tão pouco. Como cada um se arranca do silêncio para virar narrativa. Como cada um habita-se.

Eliane Brum - Meus desacontecimentos

Bratz Elian
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domingo, 24 de outubro de 2021

O Maravilhoso!


Tenho amor pelo maravilhoso, uma crença no maravilhoso, entremeada em todos os meus projetos, e que fazem com que eu me afaste dos caminhos comuns do homem, chegando mesmo a me impelir para o mar selvagem e para as regiões desconhecidas que estou prestes a explorar.

Mary Shelley - Frankenstein

Bratz Elian
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domingo, 17 de outubro de 2021

Deus!



“O que há, Mendel? Por que fez a fogueira, por que quer incendiar a casa?”

“Quero queimar mais que apenas uma casa e mais que um ser humano. Vocês vão se surpreender quando eu disser o que de fato tinha intenção de queimar. Ficarão admirados e dirão: ‘Mendel também está louco, como sua filha’. Mas garanto a vocês: não estou louco. Fui louco. Por mais de sessenta anos fui louco, hoje não sou mais.”

“Então, diga-nos o que você quer queimar!”

“Quero queimar Deus.”

Jó - Romance de um Homem Simples - Joseph Roth

Bratz Elian
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domingo, 3 de outubro de 2021

Vida rápida!



Toda manhã a gente toma café
na xicrinha de ágata vermelha.
Um dia ela permanece limpa limpa
sobre a toalhinha branca branca.

Alcides Villaça - Ondas Curtas

Bratz Elian
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domingo, 5 de setembro de 2021

Bom-senso!


Ele tinha uma cabeça melhor e um temperamento mais rigoroso do que o meu; ele pensava logicamente, e depois agia de acordo com a conclusão do pensamento lógico. Enquanto a maioria de nós, eu desconfio, faz o contrário: nós tomamos uma decisão instintiva, depois construímos uma infraestrutura de raciocínio para justificá-la. E chamamos o resultado disso de bom-senso.

O Sentido de um Fim - Julian Barnes

Ufa! Depois de nove meses sem viajar eis que o grande dia chega. Dia 09/09 até 21/09 estarei de férias em São Paulo. Descanso merecido depois deste período de pandemia. Volto logo. 

Bratz Elian
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domingo, 29 de agosto de 2021

Escrita!

 


Escrevo em um caderno quadriculado. Concebo a escritura como um trabalho manual. Cada frase é um circuito elétrico. Quando se aciona o interruptor, a frase deve se acender. Um circuito não precisa ser belo, somente eficaz. Sua beleza reside em sua eficácia.

O Mundo - Juan José Millás
Bratz Elian
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domingo, 22 de agosto de 2021

O Habitante Secreto

 


Então compreendi de súbito que nos apaixonamos pelo habitante secreto da pessoa amada, que a pessoa amada é o veículo de outras presenças das quais ela nem sequer é consciente.

O Mundo - Juan José Millás

Bratz Elian
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domingo, 15 de agosto de 2021

Uma Noite de Verão!


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Esse era meu único e constante consolo. Quando penso nisso, me vem sempre à mente a imagem de uma noite de verão, os meninos brincando no pátio da igreja e eu sentado em minha cama, lendo como se fosse para salvar a vida.

David Copperfield - Charles Dickens

Bratz Elian
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domingo, 8 de agosto de 2021

Sexo!


O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança.

G. G. Márquez - Memórias de minhas putas tristes

Bratz Elian
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domingo, 1 de agosto de 2021

Milagres!

 


Não há nada a que as criaturas humanas se acostumem com tanta facilidade como aos milagres quando estes lhes acontecem uma, duas, três vezes.

A Lenda do Santo Beberrão - Joseph Roth

Bratz Elian
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domingo, 25 de julho de 2021

Linha do Destino!


Começo a crer que as decisões solenes e definitivas, que traçam o relevante na linha do destino de nossas vidas, são bem menos conscientes do que acreditamos mais tarde, nos momentos de rememoração e lembrança.

O Legado de Eszter - Sándor Márai

Bratz Elian
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