domingo, 28 de abril de 2019

Ouro Preto! Seu Casario e sua Religiosidade. Semana Santa 2019!



Estive estes dias do Tríduo Pascal em Ouro Preto, antiga Capital das Minas Gerais, que data dos tempos do Brasil Colônia.
Cidade Patrimônio Histórico da Humanidade, se apresenta com todo o seu requinte cultural que abrange a arquitetura, a pintura, a música, a religiosidade e, o mais importante, o seu contexto histórico no processo de Independência do Brasil.
Aproveitei para registrar imagens que mostram, um pouco, toda esta grandiosidade.


Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ... 

domingo, 21 de abril de 2019

Setenário das Dores e Ramos!





A Semana Santa em Belo Horizonte teve seu início de forma magnífica, reeditando toda a sua religiosidade tradicional.

 

Bratz Elian
enfim, é o que tem pra hoje ...

domingo, 14 de abril de 2019

Semana Santa e o Barroco Mineiro!



O Barroco, foi uma das formas de expressão artística mais visíveis entre o século XVII e a primeira metade do século XVIII, no Brasil.
O enriquecimento provocado pela mineração e a forte religiosidade dos povos das minas, favoreceram o desenvolvimento das artes em Minas Gerais.
O barroco desenvolveu-se no Brasil ao lado dos primeiros núcleos urbanos. As principais manifestações dessa arte foram as construções religiosas levantadas nas cidades mineiras do Ciclo do Ouro, como Ouro Preto e Mariana.
A riqueza resultante da exploração do ouro na região de Minas Gerais estimulou, em Ouro Preto, o surgimento do maior conjunto de arquitetura barroca do mundo e justificou o tombamento da cidade como patrimônio nacional, em 1933, e em patrimônio mundial, em 1980.
Apesar da influência inicial do Barroco europeu, a arte barroca no Brasil assumiu características próprias.
A arte barroca evoca a religião em cada detalhe: altares, geralmente em madeira, expõe ricos ornamentos espirais ou florais e é todo entalhado com figuras de anjos e imagens revestidas de uma fina película de ouro. Santos em relevo se espalham pelas capelas da nave central, e o teto, representando geralmente um céu em perspectiva, que aumenta a sensação de profundidade no ambiente.
A vida cultural nas Minas Gerais desenvolveu-se principalmente em torno das Igrejas e confrarias. Por essa razão, a arquitetura, a escultura sacra e a música se desenvolveram na região e deixaram importantes registros do barroco brasileiro.
Na arquitetura, temos importantes construções no estilo barroco, como a Igreja do Carmo, em São João Del Rei e a Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto.
Na escultura, as obras eram feitas geralmente em madeira ou pedra-sabão, estavam ligadas à religiosidade. Destaque para Aleijadinho, um dos principais representantes do barroco brasileiro. Escultor e arquiteto, Antônio Francisco Lisboa, chamado de Aleijadinho.
Na pintura, destacou-se Manuel da Costa Ataíde. Ataíde criou seu próprio estilo, utilizando-se de cores vivas, tropicais. Pintou em suas obras figuras cordiais, mas um tanto irreverentes. Sua obra de maior destaque está no teto da nave da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto. Obra realizada entre 1800 e 1809.
Na música barroca destaque para José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita e Manoel Dias de Oliveira

Próxima semana, estarei em Ouro Preto durante o tríduo pascal, para reviver e desfrutar de toda esta riqueza artística ao vivo.

Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...

domingo, 7 de abril de 2019

O que ninguém deve fazer!





O mistério do nascimento é mais profundo, escreveu em algum lugar Simone Weil, e mais rico para meditar que o mistério da morte. É que ele nos confronta com o acaso, que é a verdadeira necessidade, ao passo que a morte nos entrega apenas ao destino, que é uma necessidade programada ou retrospectiva. Quer eu morra totalmente ou não, ou melhor, quer eu ressuscite ou não, minha vida nesta terra nem por isso deixará de ter sido a mesma. Mas, e se eu não tivesse nascido? Ou se tivesse nascido de pais diferentes? Ou simplesmente, com os mesmos pais, se tivesse sido recebido a partir de um outro óvulo, de um outro espermatozoide? Seria outra pessoa, ou melhor, não seria. Toda morte é inevitável (mesmo que ocorra por acaso: de qualquer modo é preciso morrer). Nenhum nascimento o é, mesmo que tenha sido desejado ou programado pelos pais. Morrer é um destino. Nascer, uma sorte.
Se nossos pais não tivessem feito amor naquele dia, ou se o tivessem feito algumas horas depois, ou antes, ou talvez simplesmente em uma outra posição, não estaríamos aqui hoje para pensar a respeito. Acasos do desejo. Loteria da vida. Nascer é para cada um a primeira grande sorte, necessariamente a mais importante, pois condiciona todas as outras. Mas isso não é tudo. A mesma improbabilidade extrema valeu também para a concepção de nosso pai e de nossa mãe, para cada um de nossos quatro avós, para cada um de nossos oito bisavós…Essas sucessivas improbabilidades, cada uma delas condicionada pelas que as precedem, multiplicam-se uma à outra. Ao fim de algumas gerações, a probabilidade de cada nascimento, embora não nula, é tão ínfima que nenhum estatístico sério aceitaria prevê-la de antemão. Ganhar na loto é, ao lado disso, brincadeira de criança.
É isso que nos deve tornar exigentes. Essa vida tão improvável que nos é dada, cabe a nós não a desperdiçar. A vida não é um destino, é uma aventura. Ninguém escolheu nascer; ninguém vive sem escolher. Cada qual é inocente de si, mas responsável por seus atos. E responsável, portanto, ao menos em parte, por aquilo que se tornou. Aristóteles mais profundo que Sartre. É forjando que alguém se torna forjador. É realizando ações virtuosas que alguém se torna virtuoso. “Fazer”, dizia Lequier, “e, fazendo, fazer-se”. Isso não fará de nós outra pessoa, o que ninguém consegue. Mas impede de nos resignarmos rápido demais ao que somos, o que ninguém deve fazer.

André Comte-Sponville - A vida humana

Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin