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domingo, 7 de junho de 2020

Mary and Max!




Mary & Max (Mary and Max, 2009).
Direção: Adam Elliot
Roteiro: Adam Elliot
Com: Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries, Bethany Whitmore, Renée Geyer, Ian ‘Molly’ Meldrum (vozes)

Uma de minhas cartas favoritas…

A razão por eu te perdoar é porque você não é perfeita. Você é imperfeita e eu também. Todos os humanos são imperfeitos, até mesmo o homem do lado de fora do meu apartamento que joga lixo no chão. Quando eu era jovem eu queria ser qualquer pessoa, menos eu. O Dr. Bernard Hazelhof disse que se eu estivesse numa ilha deserta então eu teria que me acostumar com a minha própria companhia, ele disse que eu teria que aceitar a mim mesmo, meus defeitos e tudo o mais e que nós não escolhemos nossos defeitos, eles são parte de nós e nós temos que viver com eles. Mas nós podemos escolher os nossos amigos e eu fico feliz por ter escolhido você. O Dr. Hazelhof também diz que a vida de todo o mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas. Outras, como a minha, têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro. Sua calçada é como a minha, mas provavelmente sem tantas fendas. Com esperança, um dia nossas calçadas vão se encontrar, e nós poderemos dividir uma lata de leite condensado. Você é minha melhor amiga. Você é minha única amiga. Seu amigo de correspondência americano, Max Jerry Horowitz.

Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...

domingo, 12 de abril de 2020

La Tête en Friche!



Imagine o encontro de duas forças. De um lado, mais de 100 quilos de pura ignorância e do outro menos de 50, carregados de ternura. Entre eles, uma diferença de décadas de idade e em comum, o encanto pelos livros. Esta é a história de um cinquentão pobre com as palavras e uma idosa inversamente rica com elas.
Quando criança, Germain (Gérard Depardieu) foi chamado de burro na escola por todos e em casa, com sua mãe solteira, não era diferente. A dificuldade de ler se perpetuou numa espécie de bloqueio intelectual. Já adulto, sua vida se resumia a viver de bicos, ainda ser alvo de brincadeira dos amigos e, principalmente, conviver com o eterno desamor da mãe. Contudo, quando Margueritte (Gisèle Casadesus) faz com que as páginas de um livro se abram novamente para ele, este reencontro com o universo das letras amplia seu horizonte e o único limite – agora – será somente a sua vontade.
Baseado no livro “La Tête en Friche”, de Marie-Sabine Roger, o filme foi dirigido por Jean Becker (Conversas com Meu Jardineiro), responsável também pelo roteiro, que conduz bem o espectador e de maneira cativante apresenta um drama com elementos de comédia. E é esse contraponto que ameniza a tristeza dos fatos, sem deixar de lado a emoção.
O resultado é uma produção delicada, que não apela para a pieguice, envolvendo você do começo ao fim, porque a amizade fomentada pelo prazer de viver (dela) e aprender (dele) é inesquecível. Assim, a qualquer hora do dia, eis um filme bom de assistir: Minhas Tardes com Margueritte.

Fonte: Adoro Cinema



Bratz Elia
enfim! é o que tem pra hoje ...

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Acho!





- Não há nada de errado com sua vida. Apenas sente pena de si mesma. Um de seus grandes prazeres.
- E não é um dos seus? Você é tão patético quanto eu. Não sinto prazer em ter pena de mim!
- Nem eu! Não gosto nem um pouco.
- Você tem todas as respostas.
- Não, eu não tenho nenhuma.
- Já que é esperto, por que não dá uma reviravolta em sua vida? Por que não aceita o cargo em Stanford? Por que ficar numa pequena escola se pode ter o cargo que quiser?
- Acho que o que fiz valeu a pena.

Do filme A Single Man


Bratz Elian
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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Belo Horizonte! Uma cidade na vida do Bratz!


Nasci Brasileiro, Mineiro e na cidade de Belo Horizonte. Isto lá no distante 1950 e por aqui resido desde sempre.
Uma cidade ímpar que eu vi crescer e se transformar ao longo de toda a minha vida.
Quando nasci, "BH" ou "Belô" como nós a chamamos por aqui, era uma menina de 53 anos. Hoje eu do alto dos meus 66 anos contemplo esta senhora de 119 anos.
Resolvi então homenagear este meu berço acolhedor e apresentá-la aos amigos de BlogsVille tal e qual ela era em 1950 e como ela se apresenta hoje.
Vejam quanta transformação ao longo do tempo.


Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Gata em Teto de Zinco Quente!




Há muitos e muitos anos atrás, assisti a obra prima do dramaturgo americano Tennessee Williams, Gata em Teto de Zinco Quente em sua versão cinematográfica com Paul Newman e Elizabeth Taylor. Um clássico imperdível.

Agora fui rever a obra em sua versão teatral no CCBB aqui em Belo Horizonte. Um resgate deste brilhante texto de Tennessee e que continua atualíssimo.
Em uma visão psicanalítica podemos dizer que "a verdade cura".
Evidentemente, ao falar em verdade, referimos-nos à verdade subjectiva, a única que se conhece, em psicanálise.
Uma (psic)análise não é mais que o confronto do sujeito com a verdade. Aceitar a sua verdade, em pleno, tolerar a brutalidade da mesma, suportar a dor que lhe subjaz, eis a primeira premissa da cura analítica. Doravante, através do complexo trabalho baseado na relação transferencial, a verdade subjetiva abre-se à transformação e muda. Contrariamente à verdade objectiva, a subjetiva muda, transforma-se, permitindo que o sujeito refaça percursos, trilhe novos caminhos, escapando, assim, à tremenda força da compulsão à repetição.
Em Gata em Telhado de Zinco Quente, uma vez mais, Tennessee Williams sublinha o peso e importância capital da verdade na vida psíquica do indivíduo.
A verdade de Brick, quando emerge, tornando-se consciente, transforma o curso da personagem. O sintoma desaparece.
Na gênese da problemática de Brick está a complexa relação / identificação com o paterno.
Brick é um homem castrado, simbolicamente: sem trabalho, sem pujança e sem desejo. A sua virilidade é trôpega, senão coxa, amparada por uma muleta. O calcanhar fraturado – e a sua dependência do álcool - constituem a prova insofismável de uma masculinidade tosca e mal-arrumada.
No filme, tal como na peça, a resolução da conflitualidade constitutiva do sofrimento de Brick implica um revisitar das profundezas: o ajuste de contas com o pai dá-se nos confins de uma funda e imensa cova, cravejada de memórias familiares.
Brick, pela primeira vez na vida, ousa enfrentar o pai, assumindo a sua ambivalência: reivindica o seu amor, enquanto expressa de modo brutal a sua raiva e ódio. O pai autocrata e onipotente, preso a um narcisismo frágil, revela então o seu imenso amor pelo filho predileto.
A magnífica ousadia de Brick – prova da internalização e afirmação do "phallus" – põe termo a uma lógica de submissão e passividade.
Aliás, o fantasma homossexual que paira sobre a personagem  decorre de uma identidade masculina frágil, secundária a uma quase impossível identificação com o pai viril. Como disse, o abandono do masoquismo submisso e passivo, motivado pela afirmação e ousadia fálicas, ditam a mudança.
Gata em Telhado de Zinco Quente é uma obra singularíssima, pela vitalidade psíquica que a mobiliza e norteia e pelo inusitado sentido dramático que comporta.
E quem pensa que a natureza humana é pacífica e serena, ou é ignorante, desconhecendo o poder construtivo do conflito, ou nunca leu Tennessee Williams. 
Para ler e rever - a peça e o filme - a cada cinco anos, dos trinta em diante.
A verdade cura. Sem sombra de dúvida, um dos mais belos e violentos dramas retratado na tela e porventura, o mais teatral.

"A verdade cura". Sem sombra de dúvida...


No Teatro: A montagem do paulista Grupo TAPA de “Gata em telhado de zinco quente”é a mais nova versão desse clássico no Brasil. Escrita em 1955, retrata o jovem casal Maggie e Brick. Por não ter filhos, eles sofriam a comparação com o irmão dele na disputa sobre quem ficaria com a herança da família. No original, porém, há muito mais do que isso. Entre seus temas, está a capacidade de cada um de conviver com os próprios segredos e com os dos outros por muito tempo. O diretor Eduardo Tolentino de Araújo dirige Zécarlos Machado, André Garolli, Fernanda Viacava e Noemi Marinho.
A expressão “gata em teto de zinco quente” faz parte do vocabulário do sul dos Estados Unidos, tendo sido usada desde o início do século XIX para descrever a habilidade em se manter estável em situações de conflito. Na peça “Cat on a hot tin roof”, a imagem de um gato deitado no telhado de metal sob o sol escaldante, em que se pergunta sobre até quando ele aguentará o calor, abre o panorama geral onde se encontram os personagens.
Na estória original de Tennessee Williams, em uma grande fazenda de algodão no Mississipi, uma família está reunida para comemorar o aniversário do patriarca. Os irmãos Brick, com sua esposa Maggie, e Gooper, com sua esposa Mae e seus cinco filhos, acabaram de almoçar com sua Mãe e o homenageado. A peça, que nessa versão (como no texto) acontece toda dentro do quarto de Brick e de Maggie, começa quando ela entra para trocar o vestido recém sujo por um dos filhos de Gooper. Ela relata ao marido o que aconteceu na mesa: seus cunhados fizeram de tudo para agradar o sogro Paizão (Big Daddy), esse que visivelmente, segundo Maggie, gosta mais de Brick, seu primogênito, apesar desse não ter filhos.
Toda a narrativa se passa na metade de um dia de maneira que o tempo da estória e o de sua representação são os mesmos. Mas, aos poucos, vão ficando claros alguns antecedentes dramáticos. No passado, Brick fez algum sucesso como jogador de futebol, mas seguiu carreira como comentarista esportivo. Na madrugada anterior, de acordo com jornais do dia, ele quebrou o tornozelo quando tentava saltar na quadra da escola, expondo a público sua debilidade física. Essa se deve sobretudo à prática do alcoolismo, iniciada imediatamente depois da morte de seu fiel parceiro Skipper, que é quando também Brick e Maggie começaram a dormir separados e nunca mais tiveram qualquer relação sexual.
Assim, embora o título, principalmente em português, privilegie a personagem Maggie, é em Brick que toda a história de “Cat on a hot tin roof” acontece. Seu isolamento impõe a todos os demais personagens, a começar pelo de sua esposa, uma recondução de seus caminhos. Os fatos dele não ter tido filhos, de ter melhor se dedicado a uma (agora abandonada) carreira nos esportes e de ser alcoólatra dão a Gooper e sua família esperanças quanto à herança do Paizão, cuja morte por câncer pode acontecer em breve. Por seu turno, Paizão, aparentemente rejuvenescido no dia de seu aniversário, exige explicações sobre a saúde de seu filho preferido. Qual a verdadeira relação entre a morte de Skipper, o alcoolismo de Brick e a infertilidade do casal?
A direção de Eduardo Tolentino de Araújo, articula bem este texto majestoso. Nessa dramaturgia, Tennessee Williams disfarça, nos diálogos, os referentes necessários para se compreender a situação a partir de sua complexidade. Desse modo, na medida em que eles vão sendo menos requisitados, o ritmo naturalmente melhora até que o clima vai ficando devastador. É como se um sol vagarosamente fosse aquecendo o telhado até o ponto em que mesmo uma tempestade não conseguisse esfriá-lo, mas talvez o deixasse ainda mais insuportável. Fazendo com que os atores explorem as palavras e as imagens do texto, ele oferece, de um modo geral, riquíssimo repertório de expressões que garantem a tensão sobre a qual se dá todo o conflito. A movimentação e sobretudo o jeito como os quadros foram articulados nessa montagem – que se dá sem intervalos – revelam criatividade, mas mais do que isso profundidade no trato. Tudo isso nutre convívio nobilíssimo entre o célebre autor, o palco e o público, feito que precisa ser valorizado.

Vale a pena ver ou rever!

Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Sídnrome de Netflix!



O vício de séries volta a atacar e haja tempo para tantas séries ao mesmo tempo.
Elementary, House of Cards, Dowton Abbey, Crossing Lines e Grace and Frankie são as que me empolgam no momento enquanto aguardo a segunda temporada de Sense 8 [que está sendo filmada também em São Paulo - UALA].
Tudo isto conjugado com tempo para o tricô, para o Blog, para o curso de Inglês e para as leituras no e-book.
Como fica a agenda dos filmes também no Netflix? Super atrasada!
Precisando de dias com 30 horas.

Vivas a Santo Antônio, São João e São Pedro. Adoro as festas Juninas mas, isto fica para outro post.

Bratz Elian
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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

E 2016 Começa no Patropi!


E agora, aqui no "Patropi", o ano de 2016 efetivamente começa.
Fim das festas de final de ano, fim do carnaval, fim do horário de verão, fim do calor infernal do verão, fim da férias escolares, fim de todas as pendências que, normalmente faço no início do ano.
Agora é retomar nossa "programação normal".
Que venha Março e, com ele, teatro, cinema, passeios, viagens e tudo mais de bom que a vida me reserva para este ano.
O sonho para ser acalentado neste ano é ir a Lisboa, Porto e, quem sabe, Berlim.
Feliz 2016 para você Bratz!

Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

House of Cards!



Mais uma série terminada e mais uma vez empolgado mas, desta vez, intrigado com algumas percepções.
Trata-se de uma produção da Netflix, House of Cards [três temporadas com a 4ª prometida para 2016], estrelada por Kevin Spacey e Robin Wright,
Um roteiro esplêndido,  uma direção impecável, um cast de atores extraordinários.
Ela é extremamente contemporânea, universal, instigante e aborda, de forma contundente, toda a hipocrisia, podridão que envolve o poder institucionalizado em todos os seus níveis: Governantes, Congressistas, Juízes, Forças Armadas, Partidos Políticos de todas as cores ideológicas, Espiões e Contra-Espiões, Mídia,  Lobbys, Empresariado, Sindicatos e claro, o "resto" como massa de manobra [o macro-cosmo].
Como toda obra de arte de qualidade, em especial a cinematográfica, ela tem o poder de nos envolver e manipular nossas emoções e sentimentos.
Mas vamos ao fato que mais me intrigou neste caso:
- No meio de tanta podridão, hipocrisia, canalhice, onde a única coisa que conta é o Poder e o Dinheiro, eu me vi profundamente seduzido pelos personagens centrais da trama, pior ainda, profundamente identificado com eles em várias situações.
Talvez pelo fato de serem os mais canalhas, ou melhor, os canalhas mais inteligentes e habilidosos.
Ousei então, projetar para o nosso micro-cosmo, para nossas relações mais íntimas de família, amigos, trabalho e algumas outras. "São tão diferentes assim?" "A hipocrisia, os jogos de poder, a canalhice é muito diferente?"
Me interrogo por aqui:
- Pura manipulação emocional pela qualidade dos intérpretes ou existe algo mais? Será que temos, em nossa psique, algo deformado?
Será que só não somos tão canalhas porque fingimos não sermos e mantemos tudo isto sob um rigoroso processo de censura ou, pior ainda, não assumimos isto por "covardia"?
Será que o SER, em si mesmo, é algo naturalmente podre?
Fica aí uma questão para todos, principalmente aqueles que tiveram, ou venham ter,  a oportunidade de assistir a esta série.
Vou deixar aqui um pedido de "socorro" ao amigo blogueiro José Antônio do Amar é Sentido e do Divagações de um Jovem Grisalho. Ele, com seu gosto e aptidão para a psicanálise, poderia nos dar uma luz sobre estas inquietantes questões.

"Obs": O micro-cosmo da estória: Frank, o personagem central da trama, chega à Presidência dos Estados Unidos, é Gay [assume para si e para alguns em sua intimidade, mas esconde do mundo] enquanto Claire, sua esposa, sabe de tudo, participa de tudo. Eles mantêm uma relação, de 30 anos, intensa mas pragmática, alicerçada neste inquietante jogo de cinismo, hipocrisia, dependência mútua e, até mesmo, de muita afetuosidade com um único objetivo final - PODER!

 



Bratz Elian
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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Beleza não se põe à mesa!

#when i fuck you?


Nunca fui muito ligado à beleza estética pura e simples. Claro que a valorizo como um colírio para os olhos mas, nunca foi algo que me despertasse o dito tesão.

Assistindo à Série de TV "White Collar" [adorável], não pude deixar de me encantar com a beleza clássica do ator Matthew Bommer [Matt Bommer]. Fugindo dos padrões contemporâneos, ele me faz lembrar os galãs de Hollywood em sua época de ouro [isto sem contar seus olhos azuis e a constante barba por fazer].
Fui pesquisar sobre o rapaz [nem tão rapaz assim, já que completa 38 anos no próximo domingo dia 11/10] e surpreendi-me com alguns aspectos de sua vida. 
Discreto em sua vida pessoal, é um ativista na luta contra a Aids e, durante a entrega do prêmio da "Chase Humanitarian Awards", ele surpreendeu a todos assumindo sua homossexualidade e seu casamento com o publicitário Simon Halls, e com três filhos gerados em "bariga de aluguel": Kit, Walker e Henry [gêmeos].
Apesar de todo o glamour de seu mundo, consegue viver uma vida comum com sua família.
Assim, fiquei aqui a pensar no velho dito da sabedoria popular: "Beleza não se põe à mesa!" 
Verdade mas, neste caso, bem que se "põe na cama". OMG!

Apreciem sem moderação!



ps: # Ah! Answering to the guy: I'm ready! Come on!

Bratz Elian
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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A arte de perder!



“A arte de perder não é nenhum mistério
Tantas coisas contêm em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouco a cada dia. Aceite austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subsequente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio da mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. Um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudades deles. Mas não é nada sério.
Mesmo perder você (a voz, o ar etéreo, que eu amo)
Não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério.”


Elizabeth Bishop

Flores Raras

Filme narra a história desta mulher que, em busca de sentido e alimento espiritual para sua vida e, consequentemente, para suas poesias, vem passar uma temporada no Rio, onde vivia uma grande amiga sua dos tempos de faculdade. Acontece que, por vários motivos, essa pretendida pequena temporada se transforma em 15 surpreendentes anos, vividos sob profundos sentimentos de amor, prazer e produção literária. É quando desenrola-se uma verdadeira, intensa e apaixonante história de amor entre ela (Elizabeth Bishop) e Lotta, Maria Carlota de Macedo Soares, arquiteta-paisagista, interpretada brilhantemente por Glória Pires.



Bratz Elian
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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Bratz o "Coxinha"!



A Última Seção: Toda semana, eles marcam um almoço no mesmo restaurante. Lá, um grupo de amigos, na casa dos 70 e 80 anos, come, bebe e revive alegrias e mágoas. Psicodrama um pouco confuso mas a a experiência do elenco, no entanto, segura o pique da montagem, entre o riso e a perplexidade, e compensa um pouco a falta de consistência na dramaturgia. Gostei|


Raia 30: Tancinha, Tonhão, Sally Bowles, Sheila, Charity Valentine e muitas outras figuras vividas por Cláudia constroem o eclético musical, que passa por vários momentos icônicos de sua carreira.
Não estão presentes todos os personagens e a escolha foi pelos mais estereotipados e mais teatrais, afinal, é um espetáculo que fala da relação da atriz e bailarina com o próprio teatro e também sobre como ele a acolheu. Assim Claudia Raia conta sua vida no Musical. Supimpa!


Beatles num Céu de Diamantes: Sem diálogos e acompanhados de piano, percussão e violoncelo, dez cantores-atores criam uma história inovadora através de quase 50 músicas do Beatles. Entre as canções escolhidas estão: “Help”, “I wanna hold your hand”, “Lucy in the sky with diamonds”, “Let it be”, e outros clássicos. Fantástico!


Além deste lado cultural, Bratz se sentiu um verdadeiro "COXINHA", devidamente instalado em um flat entre os "diferenciados" lá pelas bandas de Higienópolis. OMG!



ps: Hoje tem Programa Partidário do PT no Rádio e na TV. Lula e Dilma estarão lá. Minhas panelas já estão aqui de prontidão e com um brilho lindo.

Bratz Elian
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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Vicious! Segunda Temporada



A dica veio do Douglas do Blog Tempestade.

Vicious, série estrelada por Ian McKellen e Derek Jacobi, teve sua segunda temporada confirmada oficialmente pela PBS. A ambiciosa série sobre um casal gay de terceira idade ganhará seis episódios no meio do ano de 2015, e será disponibilizada na plataforma online do canal 30 dias após a exibição de cada capítulo.

Apontada pelo criador Gary Janetti (Will & Grace, Family Guy) como uma sitcom "retrô no formato e contemporânea em conteúdo", a série acompanha Freddie (McKellen) e Stuart (Jacobi), dois homens de 70 e poucos anos casados há aproximadamente cinco décadas, cuja vida se resume a entreter os hóspedes frequentes de sua elegante casa durantes os curtos espaços de tempo em que não estão trocando ofensas.
Janetti revelou que sempre adorou assistir à PBS, mas admitiu que a opção em produzir a atração fora dos Estados Unidos se deveu principalmente ao fato de que a comédia, por sua temática ousada e pela idade dos atores principais, jamais teria tido espaço na TV americana. Apesar da controvérsia esperada, Vicious foi aclamada pelos críticos, e seus atores estão maravilhados com a coragem da emissora britânica.
Os astros da série de comédia, aliás, se manifestaram de maneira contundente a respeito desse tabu. Vencedor do Emmy por Frasier, Jacobi cravou que o público clama por uma programação com mais programas estrelados por um público mais velho. Conhecido como o Gandalf das franquias O Senhor dos Anéis e O Hobbit, McKellen ressaltou que as dificuldades que os atores da sua faixa de idade enfrentam são ainda maiores entre as mulheres.
Ou seja: roteiro, equipe e elenco entrosados e empenhados em transmitir um recado importante ao mercado, à audiência e à sociedade como um todo. Comportamento louvável.

Vocês poderão assistir a todos os episódios, das duas temporadas, clicando aqui.

Querem um aperitivo?



Bratz Elian
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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Complicação!



Não sei porque o mundo se tornou essa complicação. Não sei se o mundo devia ter ficado assim. Tudo é complicado, difícil, confuso. No passado, havia campos com vacas, galinhas. Tudo era mais simples, creio eu. Havia uma relação direta com as coisas.

Do filme . Albergue Espanhol


Bratz Elian
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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Sense8!




Sense8 é a nova série dos Irmãos Wachowski (Matrix) produzida pela Netflix.
Ela mostra oito personagens, completamente diferentes em todos os aspectos que possamos imaginar, e eles são conectados telepaticamente, são tipo irmãos de mente. Uma nova espécia na cadeia evolutiva. O grande plot do seriado é a presença de uma organização liderada pelo Dr. Sussurros que quer caçar esse novo tipo de humano, os sensitivos.
Will Gorski é um policial de Chicago que pensa poder salvar o mundo. Nomi Marks é uma transexual, hacker, que vive em São Francisco com sua namorada Amanita. Sun Bak é uma empresária sul-coreana que enfrenta preconceito até de seus familiares por tentar trabalhar num meio dominado por homens, e nas horas vagas ela desconta sua raiva em clubes de luta ilegal. Capheus “Van Damme” é um motorista de ônibus em Nairóbi, no Quênia, que se esforça todo dia para conseguir comprar remédios para sua mãe que sofre com AIDS. Kala Rasal é uma farmacêutica em Mumbai, na Índia, que tem um casamento arranjando mas não o ama. Wolfgang é um criminoso alemão que sofre por uma relação mal resolvida com seu falecido pai. Riley é uma DJ islandesa, radicada em Londres, que foge dos seus demônios do passado. Lito é um astro do cinema mexicano que é gay mas tem medo de se assumir e isso prejudicar sua carreira. Outro importante personagem da série é Jonas Maliki.
A trama da série que pretende ser uma ficção científica fica em segundo plano. Parece que os Wachowski apenas queriam gritar com toda a força de seus pulmões as suas ideologias. A impressão que fica é que eles queriam falar sobre seus ideais, sobre esse mundo tão desigual e preconceituoso em que vivemos, queriam expor as cartas na mesa e mostrar que mesmo diferentes somos todos iguais. Também um pouco de suas próprias biografias.
Sense8 é uma série que explora todas as nuances de como uma pessoa se encaixa na sociedade em que está inserida e como isso afeta seu comportamento e traduz quem você é. É um drama sobre aceitação, e como essa aceitação deve partir de você.
Visualmente a série é linda, uma produção cinematográfica. Raros efeitos especiais, e quando usados são bem feitos. Um bela fotografia, que tem um papel bem importante de passar para fora da tela qual o sentimento o espectador deve ter, coisa que deve acontecer em qualquer produção audiovisual, mas Sense8 tem isso como um “ideal de produção”, e o fato de ser bem sucedido é graças, em parte, a fotografia. Falando em emoção e visual, Sense8 é uma série que tem uma linguagem que depende muito da visão do espectador sobre as imagens mostradas. É uma série visceral, sem medo de mostrar, e o melhor disso é que não mostra com o intuito de chocar. Não é o que está em pauta. Ela é visceral na tentativa de mostrar que tudo aquilo é natural. O nascimento explícito de uma criança, seja por parto normal ou cesariana, é algo natural. Sexo, seja homossexual ou não, seja com uma ou cinco pessoas ao mesmo tempo, é natural.  Está na natureza do ser humano, mesmo que as vezes a sociedade molde esses instintos para “algo menos natural”.
Destaque também para a fantástica trilha sonora.
Bem, assisti a primeira temporada  e o que  posso dizer é que fiquei em estado de puro êxtase. 
Agora é segurar a ansiedade gerada pela liberação da segunda temporada.

ps: livre adaptação da crítica de Eder Augusto de Barros para Super Novo Net.

Aqui, duas sequências da série que, para mim, foram magistrais.





Bratz Elian
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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Escolhas!




- É o que ele escolheu. 
- O que ele escolheu ou o que lhe foi deixado… 
- O que você disse? 
- Estou dizendo, é o que ele escolheu ou o que lhe foi deixado? 
- Não, é o que ele escolheu. Ele escolheu isto. Para se isolar, desaparecer e viver a vida que viveu. 
- Bem, talvez ele não pôde encontrar o caminho… não sei… Às vezes, você não pode decidir, é só o que lhe sobra. 

Do filme Lluvia . de Alma para Roberto 

ps 01: No filme Chuva (Lluvia), Alma e Roberto são duas peassoas que não se conhecem e imersos em sua própria solidão, banidos pela angústia e desamparo da chuva que cai há três dias, tentam sobreviver às suas próprias incertezas, medos e ausências. #ficadica






Bratz Elian
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O que aprender?




O que acontece com as aves quando chove?
Se chove muito, durante anos e anos…
como é que elas voam?
Elas aprendem a voar na chuva
ou tem que aprender
a viver sem voar?

De Marko no filme Mirage #ficadica



Bratz Elian
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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O passo a passo de uma odisséia paulistana!



E o Bratz fez mais uma odisséia pela metrópole paulistana. Talvez esta tenha sido a mais repleta de atrações e novidades super interessantes.

Passo 1 - SESC Pinheiros: Exposição Música & Cinema. O Casamento do Século e almoço na Comedoria do mesmo espaço cultural. Fantástico!















Passo 2 - Visita ao  Flagship Store Bela Cintra - SPA L'Occitane en Provence. Claro que não fiz um tratamento de beleza completo, pois Bratz ainda não carece destes artifícios mas, deliciei-me no seu café. Também fiquei conhecendo o Frevinho - Sanduicheria da Oscar Freire seguindo dica da amiga Madi. Valem a pena!








Passo 3 - Centro Cultural Banco do Brasil - Exposição Ciclos: Criar com o que temos e Mostra de Cinema Marlene Dietrich quando pude rever dois filmes da grandiosidade de "A Marca da Maldade" e "Atire a Primeira Pedra". Fantástico!















Passo 4 - Encontro com os "Ermãos"no Espaço Itaú de Cnema Augusta. "Ermão 01" chegou com pontualidade britânica. "Ermão 02" teve problemas a não pôde comparecer [claro que gerou tensão em Bratz e "Ermão 01"] mas, depois veio notícia e "Ermão 02" se justificou e foi perdoado com a condição de bancar um jantar de muitos talheres [leia-se uma Pizza de Abobrinha na próxima vez].
Bratz e "Ermão 01" que, finalmente desentocou, jogaram muita conversa fora de forma super agradável e recheadas de café, empadas e empanadas de primeira. Uma delícia!



Passo 05 - Teatro Municipal de São Paulo - Ópera Cavaleria Rusticana de Pietro Mascagni com a Sifônica Municipal de São Paulo e Coral Lírico. Um sonho realizado, assistir uma grande apresentação naquela casa de espetáculo portentosa.


Passo 06 - Teatro FAAP - Peça Incêndios com Marieta Severo. Marieta uma Dama no teatro, a peça entrou para o rol dos três melhores roteiros já vistos pelo Bratz. Até então Berlin Alexanderplatz e Bent gozavam deste previlégio, agora também esta fabulosa dramaturgia do Libanês Wajdi Mouawad. Quem tiver oportunidade não deixe de ver, super recomendado.







Bratz Elian
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