sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Para que Serve uma Primeira Dama?







Dizem que cada povo tem o governo que merece. E eu acrescento, em igual proporção, tem também a sua primeira dama - basta olhar as fotos acima de D. Marisa Letícia, do Brasil e de D. Eva Perón, da Argentina e fazer as devidas comparações (será que dá pra saber quem é quem?). No meu entender a grande decepção com o que vergonhosamente chamamos de governo Lula começa é com a traição ideológica. Ele deveria deixar pelo menos um pequeno espaço para que a esquerda sobrevivesse dentro dele. Um horror. E depois, a grande lição antiga, desusada e fora de moda, fedendo a mofo, que o casal presidenciável nos dá: marido no trabalho e mulher dondoca ensaboando cachorros e freqüentando cabeleireiros de gosto estético duvidoso. Fazendo cirurgias plásticas desnecessárias para gastar o nosso dinheiro com o magnífico cartão de crédito que o governo lhe concede. Perpetuando a ideologia do falo, onde o homem pode, manda, tem poder e a mulher submissa, vazia e oca, serve apenas como peça de enfeite - proibida de abrir a boca - e como objeto de cama e mesa (pelo menos enquanto a cachaça não substitui a cama).D. Marisa Letícia, coitadinha, é o estereótipo das peruas emergentes. É a Vera Loyola dos anos 2000, infelizmente. Como uma pessoa que veio de uma classe pobre. Que fazia e comercializava sanduíches enfrente à CUT e o Sindicato do ABC Paulista - coisas que agora ela não precisa fazer mais, é claro, deveria ter a sensibilidade de contribuir mais diretamente com a construção de um país melhor. Justamente aquele que o seu marido tanto apregoa em seus discursos copiados pelos seus assessores e que nele mesmo acontecem crimes horrendos, violência gratuita, desemprego, fome, miséria, medo, desassistência, pavor.
A grande lição política que o governo Lula deveria nos dar era esta. A de que a justiça e a ética política começam em casa. A de que marido e mulher como cidadãos justos e iguais, atuam numa sociedade moderna e pluralista buscando melhorias concretas no âmago de sua realidade e para a vida de todos os seus componentes. Ao invés de perder tempo com seu visual cafona, com a estridência do botox e com as fitas vermelhas ridículas com que ela geralmente prende seus chapéus horrorosos ao queixo, D. Marisa deveria visitar favelas, orientar diagnósticos, comparecer em escolas, universidades, unidades de assistência humana e social. Adotar animais abandonados, trabalhar com minorias oprimidas, velhos, doentes, ecologia, jardins, culinária social, enfim fazer alguma coisa de útil neste toco de vida. Quero mandar de presente pra ela um daqueles almanaques antigos com as frases do tipo: "quem nunca comeu melado, quando come se lambuza." Acho ainda que ela não vai entender. Mas, afinal, é para isso que nós, súditos miseráveis, pagamos caros assessores para a nossa rainha...de proa, mas rainha...
Como mulher, deveria ter uma alma mais nobre. Se desdobrar nas ações políticas, ou quem sabe, ajudar mesmo nas lides domésticas do Palácio do Planalto, ajudando a economizar algum dinheiro que pudesse ser investido nas políticas sociais. Já passamos muito do tempo de termos mulheres submissas. Que apenas assam porcos para que Fidel Castro se delicie e engorde, se fortalecendo para fazer mais e mais maldades.
Não é tão importante, mas certamente, um dos retratos desta piada mal contada a que chamamos de Governo Lula. Desesperadamente, o início do poder de uma coisa chamada PT. É a prova viva da insanidade competitiva desta gente que julgávamos ser a melhor para nos governar, para ser nossa representante. Pobres de nós. Somos sós e sem desculpa.

Antônio Costa Neto . blog mudandoparadígmas








Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Tempo

a persistência da memória . salvador dali


Eu aguardo, tenho todo o tempo disponível, mas não tarda estou ficando velho.
Sou de menos, mais ou menos.
Meu Vento. Minhas Formas.
Minha Luz. Meus Pensamentos.
Minha Água. Minhas Pedras.
Minhas Cores. Meus Sons
e Minhas Matas,
eu me abro ou eu me fecho.
Tenho fome e tenho sede, estou ficando cansado.
Quero mais, muito mais.










Paulo Braccini


enfim, é o que tem pra hoje...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Homofobia . Preconceito . Intolerância





É profundamente lamentável como, ainda hoje, em pleno terceiro milênio, existem pessoas que usam de falsas fundamentações religiosas, alicerçadas em leituras estereotipadas e descontextualizadas, para justificarem suas demências, suas psicopatias, suas taras e neuras, seus desencantos, suas frustrações, que levam a uma total e absoluta condição de pessoas mal amadas de frustradas. O mais grave é que tais abomináveis criaturas encontram eco junto a fanáticos e ignorantes que emprestam ouvidos para tais figuras que, estas sim, retratam toda uma carga demoníaca. Extraí esta postagem do Blog "De Corpo e Alma" de L. Antão - Portugal:
Carta Aberta aos Fundamentalistas Cristãos
Laura Schlessinger é uma reconhecida personalidade da rádio dos Estados Unidos que dá conselhos a pessoas que telefonam para seu programa de rádio.Há algum tempo atrás ela afirmou, citando Levítico 18:22, que a homossexualidade é uma abominação e não pode ser perdoada em qualquer circunstância. O texto a seguir é uma carta aberta escrita por um cidadão americano, carregada de ironia e dirigida à Dra. Laura Schlessinger.
Cara Dra. Laura,
Obrigado por tanto fazer para ensinar o nosso povo a viver de acordo com a "Lei de Deus".
Eu aprendi muito a partir de seu programa, e tento compartilhar esses conhecimentos com o máximo de pessoas que consigo.
Quando alguém tenta defender o estilo de vida dos homossexuais, por exemplo, eu simplesmente relembro-lhes que Levítico 18:22 define, sem margem para dúvidas que isso é uma abominação. E discussão acabada.
Entretanto, eu preciso de esclarecimentos sobre algumas outras leis bíblicas e dos seus conselhos para segui-las:
a) Quando queimo um bezerro num altar como sacrifício, sei que isso cria um odor agradável ao Senhor (Lev. 1:9). O problema são meus vizinhos. Eles reclamam que o odor lhes é desagradável. Devo matá-los por heresia?
b) pretendo vender a minha filha como escrava, como permitido em Êxodo 21:7. Na sua opinião, hoje em dia qual seria o preço justo por ela?
c) Eu sei que não posso ter contato com uma mulher menstruada, porque ela se torna impura por sete dias (Lev. 15:19-24). O problema é como saber se ela está ou não menstruada. Eu até já tentei perguntar, mas a maioria fica ofendida com a pergunta.
d) Segundo Lev. 25:44, eu posso possuir escravos, tanto homens como mulheres, desde que sejam comprados nas nações vizinhas. Um amigo meu afirma que isso só se aplica aos Mexicanos, não aos Canadianos. Poderia esclarecer-me? Por que razão não posso ter escravos Canadianos?
e) Tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos Sábados. Em Êxodo 35:2 está escrito claramente que ele deveria ser condenado à morte. Eu estou moralmente obrigado a matá-lo?
f) Um amigo meu acha que embora comer crustáceos seja uma abominação (Lev. 11:10), é menor que a homossexualidade. Eu discordo que possa existir uma escala que classifique pecados entre mais e menos graves. Caso a doutora concorde com meu amigo, seria possível preparar uma tabela para medir os graus das abominações? Se a tiver, por favor coloque uma cópia no seu sítio na internet, para que eu possa consultar. Pelo que sei, abominação é o mesmo termo usado tanto em Levítico 11:10 como em Levítico 18:22. Você pode tirar-me esta dúvida?g) Lev 21:20 declara que eu não posso aproximar-me do altar de Deus se possuo um defeito na visão, pois nenhum homem que tiver algum defeito se chegará ao altar do seu Deus: Como homem cego, ou aleijado, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos, ou que tiver o pé quebrado, ou a mão quebrada, se for corcunda, ou anão, ou se tiver sarna, ou impigens, ou quem tiver testículo quebrado; etc. No meu caso, tenho que admitir que uso óculos de leitura. Minha visão teria que ser absolutamente perfeita?
h) A maioria de meus amigos barbeia-se e corta o cabelo, inclusive com preocupações estéticas, embora isso seja expressamente proíbido (Lev. 19:27). Como é que devem ser mortos?
i) Segundo Lev. 11:6-8, se eu tocar na pele de um porco morto ficarei impuro. A bola de Futebol americano é feita de pele de porco, mas será que posso jogar Futebol americano se usar luvas?
j) Meu tio tem uma fazenda. Ele contraria o que é determinado em Lev. 19:19 plantando dois vegetais diferentes no mesmo campo. O mesmo acontece com a sua mulher: usa roupas feitas de dois tipos de tecidos diferentes (mistura algodão com poliéster). Ele também tende a maldizer e blasfemar. Para puni-los será mesmo necessário o transtorno de ter que juntar toda a cidade para apedrejá-los? (Lev. 24:10-16). Não poderíamos simplesmente queimá-los até a morte, já que esta é uma questão de família, como é o caso das pessoas que dormem com parentes?
Eu sei que a doutora estudou essas questões a fundo, então estou confiante que pode ajudar-me com os seus sábios esclarecimentos.
Obrigado novamente por nos lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável.
Seu discípulo e fã ...
Não fosse minha inabalável fé e convicta formação Cristã que me leva à concessão do perdão incondicional, estaria eu aqui a exigir, como nos velhos tempos da inquisição, a fogueira para esta criatura que por certo, ela sim, é uma abominação da natureza.


Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Dúvida



Todos os dias necessito minha ração de dúvida. Me alimenta, literalmente. Nunca houve um ceticismo mais orgânico. E, sem dúvida, todas as minhas reações são as de um histérico. Dá-me dúvidas e mais dúvidas. São - mais que meu alimento - minha droga. Não posso prescindir delas. Estou intoxicado com elas para toda a vida. De modo que quando encontro uma, a que seja, me precipito sobre ela, a devoro, a incorporo na minha substância. Pois minha capacidade para assimilá-las - as dúvidas - é ilimitada; as digiro todas, são minha substância e minha razão de ser. Não posso imaginar-me sem elas. Dá-me dúvidas, mais e mais dúvidas.
E. M. Cioran
A dúvida começa como uma pequena gota, ela contamina tudo, como um vírus.Se for branca suja o preto, se for preta suja o branco, qualquer cor muda com uma gota de cor diferente. Como uma maça podre perto de maças saudáveis. As maças de Cézanne como gotas contaminaram a arte, não teve dúvidas, ao pinta-las, contaminou-as com suas cores.


Paulo Braccini

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Falta


Talvez o que nos falte simplesmente
Seja apenas abrir a caixa de sapatos
Tirar a roupa abafada nos dias quentes
Agasalhar-se da tristeza com afagos suaves
Talvez nos falte uma brisa no final da tarde
No rosto, como quando andamos de bicicleta
Andar com os pés pela areia até alcançar o mar
Olhar o céu e achar formas escondidas nas nuvens
Talvez nos falte o beijo após o dia, ao acordar, saindo ou
Chegando inesperadamente de algum lugar com saudades
A tolerância com os pequenos tão livres e soltos como fomos
E queríamos voltar a ser pelo resto de nossas vidas breves
Talvez nos falte conquistar a vida com tamanha vontade
Que o caminhar seja especial em todas as horas do dia
Fazendo poesia da falta de poesia, caminhando na rua
Pelo simples prazer de se poder ir e vir de algum lugar
Talvez nos falte aproveitar o que temos e esquecemos
Ao pensar no que queremos e morremos para alcançar
Ao meu lado há tanta gente e muitos vivendo em solidão
Penso nisso e me surpreendo como isso pode acontecer
Talvez nos falte a percepção de que não nos falta nada
De que tudo é tão perfeito assim como é, temos o sonho
E ele nos move não para nos saciar, mas pelo movimento
Caminhar é apreciar tudo a nossa volta e a própria estrada
Talvez nos falte a respiração profunda que faz sentir o corpo
O tato para perceber que custa tão pouco o abraço, um carinho
Talvez nos falte abrir verdadeiramente o coração para o amor
E mesmo assim, ao menor descuido, o amor entra e tudo sobra...

Carol Timm


Paulo Braccini

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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Solidão . Sustentáculo da Vida


Minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite.

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.
Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Clarice Lispector




Paulo Braccini
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Saudades


Saudades!
Sim... Talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte.
Que bem pensara vê-lo até à morte.
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer!
Para quê?...
Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte.
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar.
Mais a saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca







Paulo Braccini

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pensando



O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa;
sou antes um exaltado, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!

A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente.

Eu ...
Eu sou o que no mundo anda perdido,
Eu sou o que na vida não tem norte,
Sou o irmão do Sonho, e desta sorte
Sou o crucificado ... o dolorido ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquele que passa e ninguém vê...
Sou o que chamam triste sem o ser...
Sou o que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca


Nana Caymmi - Eu N...



Paulo Braccini
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Ah! Quem me dera um lugar!




Ah, quem me dera um lugar
no olho do furacão
- um centro de paz
no seio do turbilhão!
Um barracão de madeira
rodeado por um jardim
onde ninguém se lembrasse
nem pensasse em mim.
Mulher e filhos comigo,
sem cuidados nem sustos,
entregues todos à faina
de cultivar o umbigo.
Nada de planos nem datas,
visitas ou comprimissos;
apenas a chuva nas latas
do telhado e o vento
a cantar nos caniços.
Na hora de comer, comer;
na hora de bailar, bailar;
na hora de dormir, dormir.
E isso não é trabalhar?
Beber água com a boca,
usar os olhos para ver;
parece fácil ao dizer,
mas são necessárias mil vidas
para o aprender.
Nenhum lampejo de inteligência,
tudo opaco, sem brilho:
digamos que se trata de trocar o ouro
pela madeira, o banquete
por um peixe a frigir na frigideira.
De resto, borboletas no espaço,
algumas carpas agitando as águas
do tanque e ausência de mágoas.
Nenhum sonho impossível
lançado aos ares para morrer
no laço; nem suposições,
hipóteses, conjecturas, projetos,
que ao primeiro terremoto
desabassem com pesos concretos.
Visões, sim; mas tão leves
que pudessem pairar
sobre nosso breve dia
com asas de poesia
sustentadas tão-somente
pela certeza de se estar contente.

Excertos do poema “Ah, quem me dera um lugar”, Eduardo Alves da Costa





Paulo Braccini
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Roberta Sá



Roberta Sá, nordestina criada no Rio de Janeiro, exibe uma voz com timbre nítido, desembaraço no fraseado e uma espontaneidade capazes de arrebatar os músicos com quem trabalha ou que ouviram suas primeiras gravações. Entre eles, Paulinho da Viola e Elton Medeiros derramam-se em elogios à estreante. ''Ela escolheu o caminho mais difícil'', diz Medeiros. ''Interpreta composições que exigem alto grau de musicalidade.''Roberta Sá sempre cantou, mas deu o salto ao estudar técnica vocal. Aos 18 anos, morou no Missouri, num programa de intercâmbio, e lá foi contralto num coral. De volta ao Rio, fez aulas de canto, enquanto estudava Jornalismo e trabalhava como balconista de uma loja de grife. Curiosamente, a carreira começou no reality show Fama, em 2002. ''Fiz o teste só para ver.'' Passou e participou do programa, mas foi eliminada numa semifinal, mas conheceu na ocasião o professor Felipe Abreu que foi seu grande incentivador. Daí veio o primeiro show no Mistura Fina e uma fita demo para Gilberto Braga que na época escrevia a novela Celebridade. O autor gostou da voz e a convidou a gravar o samba ''A Vizinha do Lado'' (Dorival Caymmi), tema de Juliana Paes. Rodrigo Campello produziu e arranjou a faixa. A música fez tamanho sucesso que lhe rendeu o convite para gravar o CD "Braseiro". Com as participações de Pedro Luís, Ney Matogrosso e MPB4, virou um êxito de crítica, para a surpresa da cantora. Agora, com seus 24 anos, lança seu novo disco "Que Belo Estranho Dia Para se Ter Alegria", e planeja uma turnê para conquistar o público. ''Será uma anti-superprodução'', brinca séria: ''Estou no começo. Não sei como será''. Mesmo sem querer, Roberta já se impõe, segundo os especialistas, como o timbre canônico de sua geração. E reúne arte para se converter numa das intérpretes mais puras da MPB atual. Sua voz revela identidade de estrela.


veja . ouça . sinta . toda esta beleza que desponta na mpb








Paulo Braccini
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Céu



Maria do Céu, jovem Paulistana, dotada de seu próprio universo, surge de forma definitiva no cenário da música popular brasileira. A primeira surpresa é sua voz aveludada e encantadora, véu poético na contra- mão dos formatos habituais da música brasileira. Ao mesmo tempo intimista e marcante, sua música passa uma tranqüilidade contagiante. Compositora e intérprete está no ponto de encontro das músicas urbanas atuais com da tradição afro- brasileira. Um espaço, privilegiado, para o encontro do hip hop, do jazz e da música brasileira. Céu com sua voz e seu fraseado poderia ser comparada às divas do jazz. Sensivelmente bem servida pela produção complexa e minimalista de Beto Villares, responsável pela roupagem moderna do disco. Beto tratou os elementos com extrema elegância e simplicidade, indo direto ao essencial. O resultado é um disco limpo, refinado. Com este primeiro disco, Céu se inscreve definitivamente na linha dos artistas responsáveis pelas novas páginas da história da música brasileira.

Não é só em solo brasileiro que Céu conquistou o público

"Umas das belas promessas da musica brasileira" Revista Mondomix/França - Março 2005

e mais;

Após fazer diversas apresentações e investir no mercado internacional, a cantora conseguiu um feito de poucos artistas nacionais: um lugar no ranking da revista norte-americana Billboard. Chamada "Heatseekers", a classificação registra os discos e as músicas mais vendidos nos Estados Unidos. Ela alcançou o topo da lista na mesma semana de lançamento de seu CD CéU, primeiro da carreira. Céu também já ganhou uma indicação como artista revelação ao Grammy Latino no ano passado. Mesmo sem ter levado o prêmio conseguiu destaque na mídia internacional. Junto à classificação na Billboard, a cantora também recebeu elogios como "estrela", "radiante" e uma das cantoras brasileiras de maior apelo internacional da nova safra. Como se não bastasse, o jornal Washington Post classificou o estilo da cantora como "sofisticação simples" e sua voz como "delicada e envolvente". Maria do Céu Whitaker Poças, além de intérprete, é também co-autora de 12 das 15 faixas de seu disco, que reúne estilos como MPB moderna, misturada a sons orgânicos a eletrônicos e estilos regionais a samba, rap, jazz e reggae.





para curtir um pouco desta nova diva da mpb aperte o play abaixo

play 1 . entrevista em que Céu fala de sua carreira

play 2 . Céu canta com Orquestra Sinfônica de Amsterdã














Paulo Braccini

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Novo Dia


Basta encontrar um céu azul para sorrir. O céu e o sol, em perfeita harmonia, a dupla perfeita. Desatar as amarras que insistem em permanecer, libertar todos os medos que fazer com que a rotina tome conta, não que rotina seja ruim, mas buscar aquela que agrade, que não seja um peso nas costas. Acordar sorrindo, passar o dia sorrindo.. Enfrentar as dificuldades com força, com aquela mesma força que motivou o seu sorriso pela manhã. Parar por um minuto, para agradecer, para lembrar de quem por um tempo deixamos cair no esquecimento, pedir por quem precisa, ou até mesmo por que não precisa tanto mas merece as suas preces. Agradecer pela saúde, pelos caminhos traçados e por aqueles que estão por vir, pelos amigos, aqueles de todo dia, aqueles que estão longe... e por que não pedir pelos que não lhe querem tão bem? Quem sabe pedir a capacidade de perdoar aquela pessoa que não lhe fez bem... Trace uma meta por dia, ou duas, três... explore os caminhos, ultrapasse os limites, arrisque... Não se esqueça de ler, a leitura mexe com a sua imaginação... como anda a sua imaginação? Será que ela não anda um pouco esquecida? Invente modas, ative a sua criatividade... imaginação e criatividade fazem um belo casal. Tudo é possível... a não ser que você não acredite e não faça por merecer!


Paulo Braccini

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sábado, 16 de fevereiro de 2008

Ser para Acontecer


Abrir as portas para o novo,
criar, explorar,
soltar o verbo, fazer acontecer.
Não ficar parado esperando as coisas fluírem.
Se libertar das amarras, torna-se mais livre.
Dar asas a imaginação,
se permitir voar pelo mundo,
se atirar em novas experiências,
despertar a imaginação.
Juntar peças,
unir pessoas.
Tornar-se um novo ser, melhor, todo dia...
melhor que ontem, mas,melhor ainda, amanhã!




Paulo Braccini
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Harmonia


A sintonia entre as palavras,
formam os sons mais leves, mais puros.
O despertar do sentimento através da escrita,
trás esperança àqueles que ainda acreditam que a mudança está no ser.
As habilidades, os desejos vêm à tona, em busca da tão esperada transformação... transformar o próximo, a educação, os valores. O mundo pode ser transformado,
a cada dia, por cada pessoa, através da criatividade.
Unir as palavras,
explorar sentimento,
criar rimas...
fazer poesia,
criticar o cotidiano,
buscar melhorar,procurar ser antes de estar.








Paulo Braccini

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A força do português com açúcar

Museu da Língua Portuguesa . São Paulo

Este depoimento foi escrito por um amigo internauta e também blogueiro. Achei-o da maior importância, desprovido de preconceitos de qualquer natureza e, extremamente interessante, principalmente por ser o ponto de vista de um lusitano. Por isto compartilho com os amigos deste espaço. Vale a pena ler.

A música brasileira expande-se pelo mundo de tal forma que têm vindo a conseguir equiparar a língua de portuguesa aos idiomas mais bem sucedidos na arte do canto. O inglês, o francês e o italiano podem ser os idiomas de excelência para cantar o amor, a liberdade, a vida, mas as grandes vozes que o Brasil envia para o mundo tem dado ao Português uma visibilidade e importância que nem Camões, nem Eça, Pessoa ou Saramago alguma vez lhe deram.

Na opinião de quem nos escuta o português falado e escrito, por estes lados, é uma língua dura e áspera, quase bárbara e pouco melódica. Talvez o seja embora eu, ao ler os poemas de Régio ou Pessoa, a sinta musical e aprazível capaz de revelar como nenhuma as nuances da natureza humana. Para os não falantes, o Português falado no Brasil acolhe-se ao ouvido com a doçura agridoce de um Porto Tawny. Na verdade quando Eça de Queiroz se referiu ao português com açúcar estava a antecipar este movimento que faz do país sul-americano o grande divulgador e inovador do falar Português: a sua maior potência.

O nosso idioma é hoje o
quinto mais falado do mundo e isso deve-se ao povo brasileiro. Por lá os falantes modelam o português e tornam-no vendável, mais comercial: um verdadeiro produto de exportação. Naquelas paragens o português refresca-se na praia com uma água de coco, ganha cor ao sol numa esplanada de Copacabana, com a imaginação de quem a molda com novas expressões e acrescentando-lhe musicalidade, limando os sons mais agrestes, dando novos sentidos a palavras velhas, criando novas, renovando a língua sem complexos de erudição.

Será que a língua portuguesa está mais viva no Brasil que em Portugal? Não sei, mas certamente os brasileiros são mais imaginativos no seu uso. E é essa forma adocicada de falar que leva a nossa língua a todo o mundo em forma de canção.

Em Portugal as palavras agarram-se à tradição, aos significados, à pronúncia. O português, aqui, não está cristalizado, mas renova-se e evolui com uma lentidão quase desesperante. Não se valorizam os dialetos, desprestigiam-se os regionalismos e ridicularizam-se as expressões que os dicionários ainda não contemplam. E é lamentável que por cá quando a inovação lingüística tem origem popular seja olhada como adulteração e deturpação da língua, mas quando ela é maltratada pelas elites torna-se moda, não sei de que....

Graças a Deus que esta censura cultural não chega ao Brasil.
Publicada por L. Antão em Corpo e Alma . Blog




Paulo Braccini
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Renato Russo . retrato de um gênio







Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 27 de março de 1960, filho do economista Renato Manfredini, funcionário do Banco do Brasil e de Dona Maria do Carmo, professora de inglês. Ele aprendeu inglês desde pequeno, quando morou, dos 7 aos 10 anos, em Nova York. Nova transferêcia do pai levou o menino, já com 13 anos, a Brasília que tanto marcou sua música. Renato teve uma infância e adolescência de classe média alta, típica do pessoal das bandas de Brasília. Entre os 15 e os 17 anos enfrentou várias operações e viveu entre a cama e a cadeira de rodas, combatendo uma doença óssea rara chamada epifisiólise.
Em 78, inspirado pelo Sex Pistols, Renato formou o Aborto Elétrico, que no vai e vem de integrantes, contou com participações de Fê e Flavio Lemos (depois do Capital Inicial), Ico Ouro Preto e André Pretorius. Em 82 abandonou o Aborto Elétrico e passou a fazer trabalhos solos. Neste período ficou conhecido como "O Trovador Solitário". Quando a lendária "cena de Brasília" já era uma força underground reconhecida, Renato Russo formou a Legião Urbana com Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná e Paulo Paulista. Um ano depois, Paraná e Paulista deixavam a banda e entrava Dado Villa-Lobos.

Quando Renato Rocha se juntou a banda em 84, a Legião Urbana já havia se apresentado diversas vezes em Brasília, notadamente nos célebres shows no Circo Voador, no Rio de Janeiro e no Napalm, em São Paulo. O sucesso de seus shows levou rapidamente a um contrato com a EMI-Odeon. No primeiro dia do ano seguinte saiu o primeiro álbum, Legião Urbana, que emplacou os hits "Geração Coca-Cola", "Ainda é Cedo" e "Será".
Com seus refrões poderosos e letras que falavam de inseguranças emocionais e do niilismo da geração crescida durante o regime militar, a Legião Urbana bateu fundo nos anseios dos jovens brasileiros. A receita foi aperfeiçoada no álbum seguinte, Dois, melhor tocado, melhor gravado e mais elaborado. Sucessos como "Eduardo e Mônica" e "Quase Sem Querer" falavam uma língua que qualquer jovem urbano brasileiro dos anos 80 podia entender e se identificar.
Dois consolidou Renato Russo como um dos maiores popstars do país. Já na turnê desse segundo disco, começou a aparecer o Renato Russo estrela: seus shows incluíam discursos pregadores (o adjetivo "messiânico" aparecia em nove entre dez matérias sobre o grupo) e um alto consumo de drogas e álcool.
Em 1987 sai terceiro álbum, Que País É Este, gerando hits como "Faroeste Caboclo", e mais uma turnê nacional abarrotada. Em 89, sai As Quatro Estações que inaugura a fase mais madura da banda, tanto no som, menos pop, como nas letras, abordando assuntos como AIDS e homossexualismo. Em "Meninos e Meninas", Renato sugere bissexualidade. Logo depois, numa história entrevista à revista Bizz, Renato confirmava o fato.
V, lançado em 91, veio carregado de uma tristeza que refletia a instabilidade emocional-psicológica vivida por Renato. A turnê que se seguiu teve que ser interrompida devido ao seu precário estado de saúde.
O Descobrimento do Brasil, de 93, acabou sendo o último disco da banda (A Tempestade, é um disco solo de Renato com participações de Dado e Bonfá). A partir de Descobrimento, Renato deu vazão a seus projetos solo e lançou The Stonewall Celebration Concert e Equilíbrio Distante.
O primeiro, cantado em inglês, foi homenagem ao grande amor de sua vida que morreu de overdose. Renato faz então seu disco mais militante ao som o orgulho de ser gay, ao som de covers da Broadway e Madonna. Stonewall é o nome de um bar nova-iorquino onde, num célebre acontecimento em 69, gays se rebelaram contra a ação política. Equilíbrio Distante traz Renato interpretando canções de música italiana, uma das manias recentes do cantor.

A partir de 1990 Renato passou a andar recluso e arredio e evitava a tudo e a todos. Em 11 de outubro de 1996 veio sua prematura morte, deixando órfã toda uma geração.


Renato Russo, ser controverso, mas unanimemente reconhecido por sua genialidade.

Por enquanto


Mudaram as estações e nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre, sempre acaba
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
E nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz,
estamos indo de volta pra casa

Players com sucessos de Renato Russo em Solo e da Banda Legião Urbana . Vale a pena matar a saudade


esta postagem tem uma dedicação especial . amigo Jeferson . obrigado pela idéia deste tributo

Paulo Braccini

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Perto de Ti





Perto de ti.

Sei sorrir.
Não dou piti.
Vivo, mais, feliz.
Domo todos javalis.
Não penso em dormir.
Meu jardim vivi a florir.
Viajo do Oiapoque ao Chui.
Do Amor sou eterno aprendiz.
Não tem Coca-cola? Servi Pepsi.
Saboreio biribiri como se fosse sapoti.
Aprendo rimar poemas como esse aqui.
Tudo isso, foi o que descobri. Perto de ti.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA



Paulo Braccini

enfim é o que tem pra hoje...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A voz da natureza


O céu não nos diz quando vai chegar a Primavera.

Não envia bilhete-postal de flor abrindo, ou folhinha rompendo capa de tronco seco.

Mas descobre-se em azul, azul, e fala ao vento para soprar mais manso, para voar mais quente.

E nós sentimos.

O céu também não fala sobre o Inverno que apresta um frio devastador de geada ou granizo ou tempestades de vento.

Mas manda o sol passar mais baixo, deixa manchar-se de nuvens brancas que tinge escuras e fartas, crescendo em rolos, e faz troar e abrir as comportas.

E nós compreendemos.

Quando a terra vai tremer ou no mar se abrir uma fenda, o céu sopra os ouvidos dos seres que lhe escutam a alma para logo partirem a salvo da onda gigante que vem galgar os campos e as casas.

Só o Homem não escuta, afogado em desassossego.

O Homem esqueceu os cheiros e os sons da terra, o afago do vento, apagou o brilho das estrelas. É hora de abafar o ruído, chegou o tempo de fechar os olhos e ouvir a música do mar, desnudar-se e cobrir-se de sol, fechar os olhos e ouvir o que não tem som, mergulhar nas águas, fincar os dedos na areia grossa e agarrar os sonhos.

Com as duas mãos.
(por jawaa . postado no blogo ograpiúna)







Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Mocidade Alegre






Hoje abro espaço para uma justa homenagem a uma agremiação canavalesca que conquistou meu coração. Refiro-me à MOCIDADE ALEGRE, escola de samba da comunidade do Limão em São Paulo. Campeã da carnaval paulista de 2007 e vice-campeã em 2008. Estive por algumas vezes no ano passado acompanhando os preparativos para o carnaval 2008 e pude ver a seriedade, a competência, o profissionalismo, o carinho e a alegria com que toda a comunidade e seus agregados lidam com interesses da escola. Comandada por sua presidente Solange Bichara Resende, além do trabalho diretamente voltado para o aspecto cultural do carnaval (razão maior da agremiação), desenvolve ainda um belo trabalho social junto à comunidade do Limão.
O desfile desta ano de 2008 apresentou como enredo o tema "Bem-vindo a São Paulo. Sabe por quê? Porque São Paulo é Tudo de Bom!!!" autoria de Sidnei França e a cargo do carnavalesco Zilkson Reis e, na avenida, embalado por um belíssimo samba composto por Biro-Biro, China, Grandini, Hélio, Leandro, Marcelo e Ratinho e, interpretado por Clovis Pê e seu time de canto composto por Clayton, Fabinho, Juninho Berin, Tico e Vânia e o seu time de cordas formado por Liliane do Cavaco, Marcelo Lombardo e Marcelo do Violão. Sustentação impecável à cargo da bateria de Mestre Sombra e a rainha da bateria Nani Moreira. Como mestre-sala e porta-bandeira o belíssimo e competente casal Emerson e Adriana. A escola levou ao Anhembi mais de 3000 figurantes divididos em 27 alas que, com beleza ímpar e entusiasmo contagiante, defenderam suas cores e fizeram vibrar mais de 35000 pessoas que lotaram o sambódromo de São Paulo.

Sintam um pouco desta emoção ouvindo o samba enredo e assistindo ao clip do desfile 2008
MOCIDADE ALEGRE . A MORADA DO SAMBA





Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Censura





Mais um carnaval se passou e tivemos a oportunidade de assistir, mais uma vez, segmentos sociais desenterrando armas que de ha muito deveriam estar banidas das relações humanas. Refiro-me à insistência de determinados grupos que se apropriam de poderes que não lhes foram outorgados e passam a ditar normas de conduta, padrões de comportamento, juízos de valores, impingindo ao coletivo apático e submisso a tão famigerada CENSURA.

O carnaval, umas das manifestações culturais mais espontâneas e originais de nosso povo, a cada ano que passa, vai se tornando propriedade de grupos que lhe impõe normas e regras, tudo em nome do sucesso econômico do empreendimento, em detrimento da arte, da cultura, da espontaneidade e de tantos outros valores peculiares ao mesmo.

Foi lamentável a proibição imposta a uma das agremiações participantes, em nome de uma falsa moral, de se manifestar livremente com relação a um fato da história universal, portanto de domínio público, como foi o holocausto praticado pelos nazistas. Esta atitude sem qualquer propósito, só pode ser comparada com a própria arrogância, prepotência e insanidade nazista, fazendo-nos retroceder no tempo quando a igreja católica se intrometeu em uma seara que não lhe pertencia para embargar uma manifestação cultural de outra agremiação.

Ao lado de tudo isto, vimos com espanto, no momento da apuração dos resultados do carnaval carioca, se repetirem aberrações que nos causam arrepios, se não vejamos:

Mais uma vez, um total de 05 vezes em 06 anos seguidos, uma mesma agremiação leva a premiação maior, a mesma que a bem pouco tempo foi indiciada em CPI junto à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro como agremiação "fabricante" de resultados a seu favor (CPI que como tantas outras terminou em pizza).

Outro fato dígno de reflexão foi o de uma agremiação punida com perda sumária de pontos pois alguns senhores, guardiões da moral, tiveram o "devido cuidado" de "medir" a peça íntima de uma passista e julgado que ela não atendia ao tamanho mínimo que estes cidadãos julgavam como aceitável para o devido resguardo da intimidade feminina. Bem semelhante ao Afeganistão sob a tutela política e religiosa dos Talibãs.

Pensam que tudo acabou por aí? Ledo engano. Não é que, após concluída a apuração e anunciada a vencedora (que novidade), fomos obrigados a assistir, dentro de nossos lares, isto sim, a um verdadeiro atentado à moral e aos bons costumes. Lá estava o Sr. "Presidente de Honra" (que título majestoso, não?) da Escola vencedora, um contraventor de primeira grandeza, envolvido com todos os tipos de máfias existentes neste país que, até alguns dias antes, se encontrava detido em presídio federal, desfilando livremente, arrogantemente, impunemente pelas ruas do Rio de Janeiro como uma "personalidade", e mais, em uma viatura oficial do corpo de bombeiros, com honrarias de escolta militar.

Bem, tudo isto acontece sem a menor reação de nosso povo, sem nenhuma manifestação de nossa elite intelectual, sem qualquer consideração das autoridades constituídas deste país.

Mas enfim, é isto!





"EU QUERO MEU CARTÃO DE CRÉDITO CORPORATIVO!"


É! aquele mesmo! aquele chapa branca!








"estou precisando fazer uma reforma no meu vaso sanitário para jogar toda esta merda".



Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Fim de Festa


a folia acabou . assim é a vida . saudades deixou . novas folias virão . sampa . desfile de escolas de samba . rever bons amigos . conhecer amigo blogueiro . hoje ainda meio que na ressaca emocional . mas feliz por estar de volta . em contato com os amigos deste cantinho . enfim é o que tem pra hoje .
abração aos amigos companheiros em sampa rafael e bibico . waguinho e claudete
ao dd . eu de volta
para ilustrar esta retomada de atividadaes uma canção de caetano, já postada aqui na interpretação do autor, mas agora em uma releitura incrível de arnaldo antunes . um dos presentaços que ganhei, nesta viagem, do amigo fabiano (o musical do planalto) . cliquem e curtam . vale a pena mesmo . para completar um vídeo com a belíssima Marcha de Quarta-Feira de Cinzas (bem a calhar . uma contribuição do dd) .






Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

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