sábado, 5 de dezembro de 2009

Fatos e Versões


Sou mais versão do que fato,
bem mais talvez que decerto;
indecifrável retrato,
num álbum jamais aberto.
Nunca fui Sol, só deserto.
Só fui supérfluo e aparato.
Trago um discurso barato
onde me finjo liberto.
Solenemente abstrato,
sou bem mais longe que perto.


Antoniel Campos


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

5 comentários:

  1. Putz,
    como tem gente que se parece com esse poema!
    Conhecemos todos os dias pessoas com essa desfarçatez, vixe!
    Abraços.

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  2. Olá querido amigo, primeiro quero dizer que adorei ouvir sua entrevista e saber um pouco mais de vc.
    Sobre o post de hj, posso dizer que vidas abstratas, indecifráveis entoam curiosidades e desafios, mas também escondem momentos angustiantes, como se fosse uma vida capciosa. Acho que minha vida é assim.
    Bom fim de semana, bjux

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  3. Amigos Guará e Edu ... no fundo todos nós temos um pouco de versão em nossas vidas ... ser exclusivamente fato torna-se quase q impossível ... mas enfim ... super feliz como o carinho de vcs por aqui ...

    bjux

    ;-)

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  4. "Onde me finjo liberto..."
    Adorei isso...
    Fingir...o ser humano é tão bom nisso...

    bjbjbj

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  5. na arte do fingimento o ser humano é mestre ...

    bjux Jana

    ;-)

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então! obrigado pela visita e apareça mais, sempre teremos emoções para partilhar.

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