sexta-feira, 3 de julho de 2009
Transas e transeuntes
Indecente, ousada e profana
Irreverente, despudorada e sacana
Inconfundível pela vibração que emana
Assim é a nossa Copacabana.
De olhos abertos e antenas em pé
Todo mundo mostra logo o que quer
Na babel desordenada da Nossa Senhora
Surge uma vontade que possui e devora
Uma fome que não passa e que toma conta
E precisa ser saciada sem muita demora.
Olhares marotos e contatos furtivos
Buscando um mesmo e único objetivo
Uma aventura fugaz num conjugado barato
Com alguém que saiba o que é dar um bom trato.
A porta pantográfica dá num corredor estreito
Roupas pelo chão e peito contra peito
Os corpos se entendem no balé mais vulgar
Sabendo que em breve tudo irá acabar
Sem olhar para trás ou pensar no que virá
Desaparecendo pela Francisco Sá.
Foi inesperado, mas não é surpresa
Que num bairro nascido para a safadeza
Você entre inocente e saia devasso
E logo encare tudo com desembaraço.
Não se engane, estão todos à espreita
Pois aqui é sempre tempo de colheita
Afinal, em se plantando, tudo dá
E em se conversando, todos dão
Não importa o que você queira buscar
Sexo, amor ou só um pouco de ilusão.
blog do introspective
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
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Gostei,Paulo.É a cara de Copacabana.
ResponderExcluirA propósito,você sumiu do twitter.Ou agora é só o plurk?Estou adorando o twitter.È uma ferramenta política como poucas.Um beijo,querido e ótimo final de semana.
obrigado James .. realmente tenho entrado pouco no twitter, mas é falta de tempo ... adoro o twitter tb ...
ResponderExcluirvou estar mais presente ...
bjux ...
;-)
Obrigado por ter me citado como autor do poema ;)
ResponderExcluirimagina... agradecer o que? esta é norma ética nOneh? rs... parabéns pela obra Mister Introspective ...
ResponderExcluirbjux
;-)