Como bons companheiros . Lula e Collor
Pois é … Há 20 anos, quando Lula e Collor travaram uma das campanhas mais pesadas da história recente da República, ninguém apostaria que os dois estariam juntos um dia no mesmo palanque, como bons companheiros, sorridentes, trocando afagos e gentilezas. Mas foi o que aconteceu ontem, em Palmeira dos Índios - aquela cidade que teve Graciliano Ramos como prefeito -, em Alagoas.
Política tem dessas coisas… Durante a campanha de 89, pontuada por pedradas, bandeiradas e ataques verbais de lado a lado. Costumavam chamar um a outro de Pinóquio, entre outras coisas. O ponto mais baixo foi o programa de TV de Collor trouxe à tona o depoimento de Miriam Cordeiro, ex-namorada de Lula, acusando o petista de ter planejado o aborto da filha do casal.
Após a eleição a coisa não melhorou muito. Um exemplo: quando Collor era presidente e Lula o líder da oposição, derrotado no segundo turno, o primeiro acusou o outro de querer formar uma CUG (Central Única dos Golpistas). Ouviu como resposta que havia instalado uma CUC (Central Única da Corrupção).
Mas não há nada que não se possa resolver em política. Desde 2006 os dois estão juntos. Collor passou a apoiar Lula. Já o defendia antes. Partilhar um palanque e ouvir Lula agradecer e elogiar o ex-desafeto é que é novidade.
Ontem, Lula disse que queria “fazer Justiça” e agradeceu o apoio dos senadores Collor (PTB-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL) “que têm dado uma sustentação muito grande” ao governo dele (Lula).
Depois do elogio aos dois, Lula afirmou que está inaugurando “um outro jeito de fazer política no nosso país”. No mesmo palanque, Collor e Renan aplaudiram.
Sobre trambiqueiros e maracutaias . Lula e Collor
Quando Fernando Collor foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal das acusações de corrupção, em 1994, o atual presidente Lula declarou o seguinte:
- “Como cidadão brasileiro que tanto lutou para fazer a ética prevalecer na política, estou frustrado, possivelmente como milhões de brasileiros. Só espero que, na esteira da maracutaia da anistia para Humberto Lucena (ex-presidente do Senado envolvido em caso de impressão irregular de panfletos na gráfica da instituição), não apareça um trambiqueiro querendo anistiar Collor da condenação imposta pelo Senado”.
Quinze anos depois … bem, quinze anos depois, prefiro não comentar ...
E EU ACREDITEI! FICA VERMELHA CARA SEM VERGONHA (Jô Soares)
by Nonsense
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje…
Cazuza certamente pediria um dó maior - dó da gente, talvez - e cantaria: "meus heróis morreram de overdose, os meus inimigos estão no poder, ideologiaa, eu quero uma pra viver... pra viver! Política em alta, tem uma metáfora no meu blog também... abraços!
ResponderExcluirpois é Messias ... pessoas como Cazuza não existem mais ... pobre povo brasileiro alienado ... fiquei estarrecido outro dia vendo uma reportagem sobre a UNE 2009 sendo subvencionada pela Petrobrás ... um atentado contra a história desta entidade ...
ResponderExcluirbjux
;-)
Seguisse isso, se o Cazuza estivesse vivo, talvez fosse deputado pelo PDC...
ResponderExcluirvai saber neh Corba ... derrepente quem sabe ...
ResponderExcluirbjux
bfds
;-)