Baita texto do Eduardo Affonso sobre a estúpida tentativa de reescrever até mesmo os contos de fadas, para adequá-los aos tempos politicamente corretos. Ou: quando os heróis anões foram estigmatizados pelos idiotas da modernidade.
“Para não estigmatizar ainda mais os anões, vão tirá-los da história da Branca de Neve. Pelo que li, serão substituídos por “seres mágicos”.
Adeus, Soneca, com quem eu tanto me identificava às 6 da manhã, quando minha mãe passava pelo quarto fazendo o arrastão da “hora de ir pra aula”.
Adeus, Dengoso, meu retrato fiel quando batiam as crises de asma, e eu podia ir mais cedo pra cama, sair mais tarde da cama, fazer corpo mole, gemer, suspirar, com o ar compungido das crianças que sofrem de mentira, e descobrem como os adultos são fáceis de se manipular.
Adeus, Feliz. Nunca te entendi direito, até o dia em que tomei uma caixa inteira de Melhoral Infantil e o mundo tornou-se cor-de-rosa – mesma cor das minhas bochechas afogueadas pela overdose de ácido acetilsalicílico. Minha primeira e única viagem de ácido, ali pelos cinco anos de idade. Houve outra, depois de mamar um frasco de Benadryl, no gargalo. Ah, os paraísos artificiais da infância...
Adeus, Atchim, amigo de fé, irmão camarada das rinites e bronquites. Parceiro na minha alergia a poeira e mofo e no consumo, em escala industrial, de descongestionante nasal.
Adeus, Mestre. Meu favorito, modelo (inatingível) de sabedoria.
Zangado, adeus. Como eu te entendia, eu que era sempre contrariado – não podia repetir sobremesa, não podia ver o que viria depois do anúncio dos Cobertores Parahyba, não podia ter gato nem cachorro em casa, não podia apoiar o cotovelo na mesa, não podia bater nos irmãos mais novos (e todos eram mais novos!).
Por fim, adeus Dunga-eu-mesmo, o que só queria ser criança, mas um pouquinho.
Talvez eu fosse pouco inteligente e, não sabendo o que eram arquétipos infantis, me visse em cada um, sem dar a mínima para o fato de estarem representados por adultos de baixa estatura.
Que as crianças do século 21 se divirtam com a Latina (não é mais Branca, para fugir ao racismo estrutural da sociedade) e seus sete seres mágicos (para não representar os portadores de nanismo de uma maneira retrógrada).”
João Luiz Mauad
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...
Que parvoíce Enfim. Mundo de extremos.
ResponderExcluirBem por aí Lobok ... é o tal do "Progressismo"!
ExcluirBem verdade,
ResponderExcluirComo em Portugal, negros matam brancos e ou negros em Lisboa e não aparecem em lado nenhum
Jovem ameaça que vai fazer um atentado, é querer sangue nas TVs até mais não
Estamos a falar de um jovem que nunca foi à tropa nem nunca disparou uma pressão de ar segundo palavras do avô
É o enxovalhar gratuitamente as famílias Brancas até mais não
Beijão
Essa do politicamente correto é uma estupidez de todo o tamanho. Tira a graça àquilo que sempre divertiu as crianças,
ResponderExcluirO texto está muito bem escrito, um pouco cómico e muito comovente.
Beijos, meu querido amigo!
Bem assim Céu. Extremamente ridículos! Mas dias melhores virão. Acredito!
ExcluirBeijão ...
Cada vez mais, o mundo está chato mesmo
ResponderExcluirInsuportável, Francisco!
ExcluirOs 7 anões da Branca de Neve já vinham adiantados no tempo.
ResponderExcluirA inclusão é para todos, mesmo para aqueles que são diferentes.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Não sei o que se passa na cabeça dessa gente chata, que não tem o que fazer e fica interferindo na obra alheia, como se direito tivessem pra isso. Uma estupidez dos nossos tempos, meu amigo, como muitas outras, que estão surgindo, de cérebros atrofiados.
ResponderExcluirParabéns pela postagem.
Beijo carinhoso
Inacreditável e nojento o nível de pensamentos, idéias e ações nos tempos de hoje.
ExcluirBeijos
Que besteira. Com certeza essa adaptação irá floppar.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está em Hiatus de verão entre 18 de janeiro à 04 de março, mas comentaremos nos blogs amigos. Mesmo em Hiatus, o blog tem um post novo. Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Perfeito Emerson.
ExcluirAbração