Uma das maiores cantoras brasileiras, para mim um ícone que embalou minha infância e adolescência quando ainda vivíamos tão somente a era do rádio.
Minha eterna saudade e minha homenagem.
Nome artístico
Abelim Maria da Cunha nasceu em Macaé, no Rio de Janeiro. Ela passou a infância em Niterói, São Gonçalo e São João de Meriti. Filha de pastor protestante, desde menina cantava em corais de igrejas.
Ela foi operária tecelã e inspetora de lâmpadas em uma fábrica da General Eletric, mas queria ser cantora de rádio apesar da oposição da família.
Por volta de 1947, começou a frequentar programas de calouros e passou a usar o nome Ângela Maria, para não ser descoberta pelos parentes.
Apresentou-se no “Pescando Estrelas”, de Arnaldo Amaral, na Rádio Clube do Brasil (hoje Mundial); na “Hora do Pato”, de Jorge Curi, na Rádio Nacional; no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Tupi; e do “Trem da Alegria” - programa dirigido por Lamartine Babo, Iara Sales e Heber de Bôscoli, na Rádio Nacional.
Era do rádio
Em 1948, começou a cantar na casa de shows Dancing Avenida, onde foi descoberta pelos compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira Filho. Eles a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Rádio Mayrink Veiga. Após um teste, ela começou carreira na emissora.
Em 1951, gravou pela RCA Victor os sambas “Sou feliz” e “Quando alguém vai embora”. No ano seguinte, sua gravação do samba “Não tenho você” bateu recordes de venda, marcando o primeiro grande sucesso de sua carreira.
Quando decidiu tentar a carreira de cantora, Ângela Maria abandonou os estudos, o trabalho na indústria e foi morar com uma irmã no subúrbio de Bonsucesso.
Princesa e rainha do rádio
Durante a década de 1950, atuou intensamente nas rádios Nacional e Mayrink Veiga, como a estrela de “A Princesa Canta”, nome derivado de seu título de “Princesa do Rádio”, um dos muitos que recebeu em sua carreira.
Em 1954, em concurso popular, tornou-se a “rainha do rádio”, e no mesmo ano estreou no cinema, participando do filme “Rua sem Sol”.
'Sapoti'
Encantado pela voz de Ângela Maria, Getúlio Vargas lhe deu o apelido de “Sapoti”. "Menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti", teria dito o presidente.
Ainda durante a década de 1950, vários de seus sambas-canções viraram sucessos, como “Fósforo queimado”, “Vida de bailarina”, “Orgulho”, “Ave Maria no morro” e “Lábios de mel”.
Na segunda metade da década de 1960, foi a vez de “Gente humilde” ser destaque nas paradas de sucesso.
Em 1982, foi lançado o LP Odeon com Ângela Maria e Cauby Peixoto, primeiro encontro em disco dos dois intérpretes. Em 1992, a dupla lançou o disco "Ângela e Cauby ao vivo", após o show Canta Brasil.
Em 1996, foi contratada pela gravadora Sony Music e lançou o CD “Amigos”, com a participação de vários artistas como Roberto Carlos, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros.
O trabalho foi um sucesso, celebrado em um espetáculo no Metropolitan (Claro Hall), no Rio de Janeiro, e um especial na Rede Globo.
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...
Muito interessante, não a conhecia e que voz incrível ela tem!!!
ResponderExcluirDefinitivamente divina! Obrigado pelo carinho da visita e registro.
ExcluirBeijão
Lamentável a perda de tão grande ícone!
ResponderExcluirUm belo post de homenagem a essa maravilhosa senhora da rádio!
Abreijos :)
Pois então meu caro João. O mundo vai ficando cada vez mais medíocre. Hoje perdemos o Charles Aznavour. Muito triste ...
ExcluirBeijão
Paz à sua alma
ResponderExcluirAmém e que assim seja, meu caro amigo.
ExcluirTambém não a conhecia. Obrigado, meu amigo, e parabéns pela bonita homenagem.
ResponderExcluirum abraço.
Obrigado Mark. Sempre bom ter você por aqui com sua inteligência e cultura.
ExcluirDesde criança ouço as músicas da grande Ângela Maria.Meu pai e minha mãe tinha quase todos os discos.Hoje tenho várias coletâneas de suas músicas em mp3.
ResponderExcluirQue os céus a receba com carinho.
Abraços amigo.
Fez parte de minha infância e adolescência. Muita influência de mãe e pai também. Assisti show dela e tive discos. Hoje muitos mp3. É o ciclo da vida, triste mas real.
ExcluirBeijão querido amigo
Olá, meu querido amigo!
ResponderExcluirUma extraordinária voz, que tb partiu.
Estive lendo na Wikipédia a vida dela, e ela não teve vida fácil não, até determinada época.
Não sou do tempo dela, mas minha mãe e tias a adoravam, embora minha mãe se fosse viva tivesse 72 anos. Morreu de câncer com 55.
Beijos e tudo de bom pra vocês.
Também recebi forte influência de meus pais no campo do gosto musical. Minha mãe morreu com 87 anos e meu pai bem jovem com 47 anos.
ExcluirObrigado pelo carinho de sempre ...