Queremos a presença das coisas. É tão simples, isto: queremos as coisas próximas, íntimas, como peças de roupa pousadas na cadeira ao nosso lado. Próximo e íntimo, desse mesmo modo, o que nos pertence ainda mais de perto: a evidência viva do mundo. E toda inteira, já agora. Queremos aberta a porta do ser – que há-de ter certamente uma porta. Vendo bem, porque não haveria essa porta? Há, em certos dias, em certos lugares do mundo, uma tão certa harmonia entre a temperatura do corpo e a do ar que quase se perde a noção de entre uma coisa e outra ser a pele uma fronteira. O ar parece então levemente texturado, suave como algodão em rama. Dir-se-ia que o trazemos vestido. É qualquer coisa como isto, o que queremos. Algo de que esse envolvimento fosse a imagem ou – melhor ainda -simplesmente um caso muito concreto.
Rosa Maria Martelo - A Porta de Duchamp
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...
Bem verdade amigo
ResponderExcluirBeijão
A vida é feita de pequenas verdades ...
ExcluirSempre queremos tanto e tantas coisas...
ResponderExcluirVerdade Alice ...
ExcluirAs coisas que ela quer são simples. Por isso mesmo, são as mais difíceis de se obter.
ResponderExcluirAbraços, Paulo!