Decepções e um pouco de cafajestagem
Atravessando uma fase de atropelamentos amorosos. Estou cafona - digno de novela mexicana mal dublada - e as perturbações emocionais são diversas, eis o cardápio: Encontro apaixonado com um ex (atualmente casado), “amizade” com esposa de um objeto do meu desejo, pseudo-casamento-relâmpago de amiga (a mais vagabunda e dissoluta), e o único ser capaz de me fazer acreditar no amor anuncia que voltou com a ex-mulher.
A fim de superar o desastre da minha vida emocional, e esquecer os recentes acontecimentos, não me fiz de desentendido e, enfim, decidi “dar um confere” em um desses homens que sempre se mostram disponíveis. O sexo pelo sexo pode até não preencher suas lacunas emocionas, porém relaxa, desestressa e ajuda a melhorar a autoestima. Já que não existia a menor chance de uma segunda intenção, além de sexo-adulto-sem-compromisso-e-nada-de-ligar-no-dia-seguinte, as coisas foram facilitadas. Diante da vítima eu cometi o crime, e lembrei da máxima popular que afirma que o crime não compensa, pois esse não compensou! Parece exagero, mas o infeliz é muito ruim de cama, descrevo:
Mãos - São fundamentais, mas a criatura não sabia o que fazer com as suas, mesmo eu conduzindo pelos caminhos a percorrer (nota 01, ao menos tentou).
Beijo - A língua não era habilidosa e a boca ficava aberta demais, o melhor é esquecer (nota 03, muito me incomodava).
Layout - Um tipo comum: tatuagem com nome de filho, tamanho compacto, tom de pele inspirador, corrente de prata no pescoço. (nota 05, não o apontaria no meio da rua).
Verbal Ao menos não era “mudo”, mas o repertório era fraco e a voz baixa e sem personalidade. (nota 03, não falou nenhum palavrão).
Movimentação Melhor não me aprofundar, igual a ele. (nota 04, ir e vir todo mundo sabe).
Calibre Abaixo da média nacional, grande glande, curto e não tão grosso – que cafajeste estou! (nota 05, razoável).
Aroma Melhor quesito, sem perfume artificial e com cheiro característico de homem. (nota 06, a salvação).
Resultado final, nota 04. No máximo vou cumprimentá-lo quando o ver de novo. E agora, não bastassem os fracassos emocionas, tenho a obrigação de sexualmente me “dar” bem, pelo menos minha vida sexual tem de ser satisfatória já que a emocional ...
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...
Maré de azar que vive o personagem do texto! Nada pior do que uma cafagestagem frustrada! =P
ResponderExcluirAbreijos :)
Gosto muito como o Giuliano narra seus contos ... formidáveis ...
ExcluirQuerido Paulo, como todos os contos do Giuliano, esse também fez jus ao talento dele!
ResponderExcluirEnvolve, faz pensar, com certeza diz muito para muitos que vivem situações assim!
Bem escrito e muito bom de se ler, parece até que ele fala dele mesmo, isso sim é que é sensibilidade, amei!
Abraços apertados!
Adoro também a forma como ele escreve. Se ficção ou não isto eu não sei. Mas traduz muito bem a realidade de muitos de forma reflexiva.
ExcluirSim, nem sempre o poeta fala de si, mas quem sabe?!
ExcluirAí fica o mistério a poesia!
Abraços querido amigo Paulo!
Era nota 4 de zero a dez, a vinte ou a cem? uhmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk