Meu corpo parece insuficiente para me caber e, de novo, sinto que estou perdido em uma estrada escura e desconhecida às vésperas de ser atropelado por uma manada de cavalos selvagens, cavalgados por demônios - os meus.
Tudo é falta, nada satisfaz. Há só ausência, tanta.
O medo sorri para mim, com sua boca sem dentes e malcheirosa. Onde está você? A promessa de felicidade que sua mão deixou aqui, onde está?
Quero quebrar as correntes, correr nu, apostar todas as fichas, oferecer a outra face, ser apontado na rua, digno de pena ou inveja.
O preço é alto, o passo irreversível, mas meu corpo pede o seu, e preciso me reencontrar nos seus olhos que fizeram eu me perder de mim. Hoje vivo me escondendo do mundo, à procura do que fui e aterrorizado por perceber no horizonte à frente eu transformado em uma sombra pálida – o aborto de nós dois. Tão pouco o tempo que passamos juntos, mas é como se fossemos dois velhos à espera do abraço da morte que deixará um de nós só. Até quando? Inevitável o reencontro.
Que venha o arrependimento - estou pronto - vou sem freio ao seu encontro disposto a te dizer: “Você me faz bem, e sou seu até quando eu caber em você, e não sobrar.”
De braços abertos ou cabeça baixa, é sua a resposta e minha a expectativa.
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...
Bom dia meu amigo Paulo!
ResponderExcluirQue lindo poetar do Giuliano, a alma sofre e o corpo padece com isso, esse final me sensibilizou demais, "...De braços abertos ou cabeça baixa, é sua a resposta e minha a expectativa."
Infelizmente muitas vezes, as pessoas colocam a própria felicidade na expectativa de uma resposta de alguém que possa fazê-las felizes!
Reflexão e sensibilidade ímpar nesse poema/texto!
Abraços apertados!
"Infelizmente muitas vezes, as pessoas colocam a própria felicidade na expectativa de uma resposta de alguém que possa fazê-las felizes!
ExcluirSua perspectiva como sempre perfeita querida Ivone.
Beijão
Gostei muito e dá para pensar no que queremos para nós
ResponderExcluirBeijão
Pois então Francisco. A única coisa que não quero é condicionar minha vida e felicidade a ninguém.
ExcluirA saudade, a ausência, a sensação de impotência que sempre podíamos ter feito algo mais... Isso realmente mata a gente por dentro. Texto muito bonito e reflexivo.
ResponderExcluirAbreijos :)
Não sei se mata mas doe muito. Só que não podemos nos deixar escravizarmos por elas.
ExcluirPosso afirmar que muitas vezes me sinto exatamente como as palavras do texto gritam!
ResponderExcluirhttps://sacredcockclub.blogspot.com/
Mas eu não querido amigo ...
ExcluirA dor da saudade por magoar. É uma dor latente. Mata lentamente.
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