Vivemos num mundo fechado e mesquinho. Não sentimos o mundo em que vivemos tal como não sentimos a roupa que trazemos vestida. Voamos pelo mundo como as personagens de Júlio Verne através do espaço cósmico no ventre de um raio. Mas o nosso raio não tem janelas.
Os pitagóricos afirmavam que não ouvimos a música das esferas porque toca incessantemente. Aqueles que vivem perto do mar não ouvem o rumor das ondas, mas nós nem sequer ouvimos as palavras que pronunciamos. Falamos uma miserável linguagem de palavras não assumidas. Olhamo-nos na cara e não nos vemos.
As imagens não são janelas que dão para outro mundo, são objeto do nosso mundo.
Viktor Sklovski
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...
Ah....triste olhar que se desensibiliza de tantas belezas nesse mundo
ResponderExcluirAté qdo teremos este triste olhar sobre o mundo, sobre a vida é sobre nós mesmos? Fica a questão.
ExcluirEnquanto acreditarmos nesse triste olhar!
ExcluirPlausível Amigo! Plausível!
ExcluirAmigo Paulo, bom dia!
ResponderExcluirInfelizmente "...é o que tem para hoje" em dia, atualmente, assim vai indo cada qual em seu mundo, "conectados" nas redes, ai de quem se ressente, pois não tem mais jeito, a reflexão sobre o texto nos leva a perceber como as pessoas andam automatas, fazendo tudo sem nem sequer pensar, acredito até que todos os acidentes e coisas ruins que acontecem são por causa dessa "ausência" de nós mesmos!
Sei disso, já sofri acidente por estar "ausente" de mim, hoje não mais, aprendi que para poder viver e me defender é preciso viver cada momento, sem distração, sem deixar passar, se consegue, é questão de treinamento.
Amei ler aqui, escolheste muito bem o texto que, com certeza dirá algo para quem aqui o ler, assim como disse a mim!
Abraços apertados!
Nunca estarmos ausentes da vida e de nós mesmos. Esta é a questão Ivone.
ExcluirActualmente, é tudo muito efémero, individualista. No seguimento da perda de determinados valores que considero que sem os quais uma sociedade não subsiste.
ResponderExcluirEntão Mark. Esta é a grande questão: Vivemos o mundo das efemeridades ... em tudo por tudo ... Nada mais é relevante ...
ExcluirÉ o piloto automático.
ResponderExcluirGostei da metáfora Ana! Perfeita!
ExcluirGeralmente a gente não se olha muito, deveríamos parar para fazer mais isso, não olhamos nem ao redor ultimamente.
ResponderExcluirComo se reconhecer sem se conhecer ?
Abraço !
Se olhar, se compreender, se reconhecer é a base da vida, mas quem está disposto a isto? É um processo penoso e desgastante, mas indispensável. Muito mais cômodo ignorarmo-nos e olhar o outro.
Excluir" As imagens não são janelas que dão para outro mundo, são objeto do nosso mundo." Adorei essa frase, por vezes nos textos quando eles encerram com "chave de ouro" dá vontade de reler tudo outra vez.
ResponderExcluirFantástico mesmo. Sabedoria é coisa para poucos que a externam de forma didática e poucos que a compreendem em seu sentido pleno.
ExcluirAdorei a metáfora de estar "dentro do ventre de um raio"!
ResponderExcluirInfelizmente cada vez vivemos num mundo mais fechado, infeliz e mesquinho.
Linda mesmo Mikel ...
ExcluirCada um cada vez mais encalacrado em seu próprio
ResponderExcluirmundo, incapaz de abrir as janelas e contemplar por
um momento o mundo dos outros, acontecendo lá fora.
E assim "descaminha a desumanidade" Perdoe-me o
trocadilho infame! Rsrsr
Bjus querido
Infame? Not. Gostei ... A humanidade só conhece os seus "descaminhos".
ExcluirE por isso é que quando se diz que só damos valor quando perdemos o que temos, é uma grande verdade. Nunca percebemos o que temos e quando temos, porque temos. No dia que deixamos de ter, sentimos a sua ausência, e percebemos que na maior parte das vezes isso aconteceu porque tínhamos isso como adquirido.
ResponderExcluirNa vida nada temos meu caro, a não ser a nós mesmos. O complicado é entender isto. Sempre achamos que podemos ter tudo e nos esquecemos de nós mesmos. Aí está o grande erro do Ser.
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