quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mais um pouco da história do Bratz!





Hoje resgato mais um trecho da história do Bratz. 
Desde criança, sempre curti o ritual e as celebrações paralitúrgicas católicas, em especial aquelas de devoção popular como as procissões da Semana Santa. Quando a Grande Semana chegava, as estações de rádio mudavam suas programações e passavam a tocar músicas eruditas, o que emprestava um cunho solene e de recolhimento àqueles dias especiais. A vizinhança alvoroçava com os preparativos de enfeitar as ruas escolhidas para palco e itinerário. Cada uma querendo se esmerar mais, em uma disputa bonita e sadia. Todos tinham as suas atribuições. Os homens montavam palanques, altares, preparavam as tintas e cortavam os ramos; as mulheres se empenhavam  em enfeitar as ruas, janelas e portas das casas, nós crianças contribuíamos como podíamos em cada atividade. Tudo era regado de alegria, café e quitandas que algumas outras mulheres preparavam para todos os que trabalhavam.  À noite, todos de banho tomado e fardados com suas roupas de festas se apinhavam por todo o percurso. Eu, me sentindo o máximo dentro de minha túnica vermelha e sobrepeliz branca, já que era coroinha na igreja, disputava com os demais as funções que julgávamos as mais importantes: levar o turíbulo e o incenso, tocar os sinos ou as matracas, ou ir junto ao Padre. O cortejo era aberto por lanternas e o Crucifixo, seguido pelas crianças, mulheres e homens. Ao final vinham as imagens e a banda de música. Uma festa de rara beleza e cheia de reverência. 
Este ano, resgatei um pouco desta história, participando ativamente da organização de tais eventos no bairro em que resido. O princípio era, na medida do possível, reviver a tradição nos moldes da cultura religiosa dos anos 50. Confesso que foi muito legal. A comunidade mobilizada se fez presente e participou ativamente tanto dos preparativos como dos eventos em si. Tudo devidamente registrado pelos recursos midiáticos que hoje dispomos. Compartilho, com os amigos, um pouco desta história e desta experiência.











Paulo Braccini
enfim! é o que tem pra hoje...

21 comentários:

  1. bratz, só você para me trazer lembranças mesmo.

    de pequeno, tinha uma procissão na semana santa e sempre ia com meus pais...bons tempos....

    amei o post e a iniciativa

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  2. Acho bonito manter viva tais tradições

    Beijos meu querido

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  3. Parabéns pelo trabalho. Ficou tudo muito interessante!
    _________________

    Quero te contratar para um evento em outubro que haverá no Império Serigy. Agora, por favor, nada de papel creppom e adjacências. A coisa é fina.

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  4. Que feito, em Paulo? E vcs conseguiram mesmo. Estava tudo bem organizado e bonito: a igreja, o grande número e a energia das pessoas...Tudo, enfim.
    Alguns detalhes me chamaram a atenção: vc no altar, a senhorinha que arrumou o cabelo quando percebeu q estava sendo filmada (rs); aquela outra que abriu um sorrisão e pareceu não querer sair da frente da câmera(rs).
    Os soldados romanos, então, eu adorei. O que é aquele garoto que primeiro se virou pra câmera após subir no altar? Ainda bem que não era eu quem estava filmando. Aff, que pecado. Desculpa!
    Parabéns.

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  5. é, "não sou desse tempo" hehehe

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  6. não sou religioso, muito menos simpatizante da igreja católica, mas acho bem legal a fé em si das pessoas e mesmo não acreditando em Deus, sei respeitar isso.

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  7. É incrível sua dedicação. Não tenho esses tipos d elembranças. Lá em casa meus pais nunca foram religiosos e por isso, sempre deixei de lado.

    bjão

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  8. qdo criança sempre participava com minha mãe da organização da semana santa...e confesso que gostava do resultado depois.

    Mas a incumbencia das crianças era confeccionar um judas...que malhavamos e ateavamos fogo numa violencia gratuita...hoje não vejo sentido nisso...na verdade o padre da comunidade poderia orientar as crianças de outra forma, não a assassinar judas todos os anos.

    Abração.

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  9. Eu nunca ajudei a organizar essas celebrações mas sempre participei e de fato ver a comunidade engajada nisso é muito gratificante. São coisas que deveriam permanecer sabe?

    Adorei o video Bratz.

    Grande beijo.

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  10. Legal isso, amigo!
    parabéns! Tradição, Fé e Cultura é o que falta na galera de hoje.

    Bjs.

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  11. Nossa.. que coisa linda. Vivi tanto isso no meu passado religioso... São uma delícia essas ocasiões nas quais a comunidade trabalha unida mesmo.

    Bj

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  12. Isso que é tradição hein? Confesso que fiquei pra lá de surpreso com esse "outro" lado.

    Abraço!

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  13. Hummmm, não sou muito chegado nestes eventos da igreja católica alias de igreja alguma, desde a mais tenra idade ... já "cabulava" a 1 comunhão .. nem sei como fiz isso ... mas admiro que gosta disso :)

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  14. Já fiz muito isso na minha vida, até coroinha já fui.

    Hoje em dia, só resta asco.

    Beijo Paulo!

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  15. Acho que já fui mais religioso antes... Eu fazia parte de um grupo de Jovens numa paróquia daqui. Era bem legal.

    Mas a melhor parte da Semana Santa mesmo é o feriado prolongado kkk
    abraço

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  16. bonito ver essas traidçoes... falo como mineiro que as coisas aqui nas montanhas parecem mais bonitas ainda!

    abraços do voy

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  17. e quem de nós não teve uma educação cristã,
    não viveu a paz do tempo em que a coisa mais
    gostosa era o abraço
    de
    uma avó nestes dias

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  18. há 20 anos atrás...

    acho bonito qualquer tipo de tradição.

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  19. Semana Santa em Minas, é outra linguagem né Paulo! É poesia Pura!

    Amo...
    lá no Sul de Minas em Baependi a Semana Santa é muito forte.. a Noite do Quadro Vivo então a cidade é transportada para outra dimensão, e aquela lua cheia e o frio dão um tom de estarmos mesmo em uma dimensão entre o passado e o futuro...

    Abraço.

    Que bom que eu vim aqui ler isto!

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  20. Que lindo Paulão, voce já foi coroinha?!?!?!?!?!?
    O homem é basicamente todas as suas lembranças, ao fazer resgastes destas memórias, voce nos mostra um pouco, da tua verdadeira essência.
    Estou muito acostumado, com um Bratz, irreverente, e este seu lado "imaculado", foi a grande revelação para mim!
    Agora sei da onde vem toda a sua humanidade, e o respeito e o amor pelo próximo.
    Quando se cresce em um ambiente coletivo, onde todos acreditam e trabalham em comunhão, enquanto crianças, damos valor as opiniões e pensamentos do nosso próximo!
    Não tenho mais nenhuma duvida sobre o teu carater e a profundidade da tua essência, como um ser humano de grande valor.
    É por isto, que sempre digo e não me canso, posso parecer um puxa saco, mas não meço esforços, para expor todoS oS meuS sentimentos para as pessoas que admiro.
    Xará; "ao teu lado caminharei com o peso da minha ignorancia, sempre na condição humilde e principalmente humana, de ser um eterno aprendiz!
    NAMASTÊ

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então! obrigado pela visita e apareça mais, sempre teremos emoções para partilhar.

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