sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Eu quero




Eu quero ser a invenção de mim mesmo.
Esvaziar-me totalmente do que fui e de como estou
e preencher-me totalmente do que vi por ai.

Apagar sempre que errar
e errar sempre que estiver a fim.
Para fazer piada disso.

Do sofrimento fazer poemas
amassá-los e jogá-los fora.
Para que ninguém se contamine
com as cinzas de minha paixão.

Aceitar viver somente
com a palpabilidade do agora.
Sem medo do futuro.
Sem sofrer por antecipação.

O vôo da coruja,
o pulo do puma,
o bote da serpente,
a camuflagem do camaleão.

Marco Antonyo

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

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