Contra a voz que há em mim eu me levanto,
caso em mim eu me louve ou me apiede.
Finjo o riso se a voz me quer o pranto.
Finjo o pranto se a voz o riso pede.
Eu ser um ou ser outro, nada impede,
pois meu pranto é meu riso o tanto quanto.
Sou o riso que o pranto me concede,
sou o pranto do riso nesse enquanto.
Dito assim, riso ou pranto, pouco importa?
se há um, logo o outro lhe comporta?
sem porquês, sem quereres, sem espanto?
Nada disso. Mas isso tão-somente:
se a voz que eu trago não me mente,
contra a voz que há em mim eu me levanto.
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
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