Rafael Almeida Teixeira . o grapiúna
quarta-feira, 30 de abril de 2008
O Sempre
Rafael Almeida Teixeira . o grapiúna
terça-feira, 29 de abril de 2008
Das sombras que ele deixou
Na passagem das horas,
o tempo de frio e sombra
zomba dos medos que guardei
sob o sorriso torto de quem finge.
Já nunca amanhece, perdi as auroras.
o pulso da hora, a galope, foge
levando o amor indiferente,
deixando a murcha vida
pobre e nua.
Mesmo neste desalento,
sob o peso do tempo que tinge o amor
com o branco do esquecimento,
fecha-me a garganta,
o coração em desnorteio,
como se ouvisse a voz de quem partiu
encerrando a noite que deixou.
Breve sonho
engano de quem ficou.
Saramar
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
segunda-feira, 28 de abril de 2008
O Pensar!
- O sábio não se exibe e vejam como é notado. Renuncia a si mesmo e jamais será esquecido.
- A alma não tem segredo que o comportamento não revele.
- O sábio não se exibe e vejam como é notado. Renuncia a si mesmo e jamais será esquecido.
- A alma não tem segredo que o comportamento não revele.
Lao-Tsé
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
sábado, 26 de abril de 2008
Tô com Saudades
Tô com saudade de estar ao meio,
Rafael Almeida Teixeira . o grapiúna
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Ecos do Silêncio
Graça Pires. (último livro publicado)
Publicado por Isabel Mendes Ferreira . Blog O Piano
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
quinta-feira, 24 de abril de 2008
O Pensamento
José Saramago. O Evangelho segundo Jesus Cristo
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Solidão
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo; isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar; isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos; isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida; isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado; isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
Chico Buarque de Holanda
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
terça-feira, 22 de abril de 2008
Borboletas
Para meus amigos que estão SOLTEIROS
Amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher.
Para meus amigos NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
Para meus amigos que gostam de PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti.
A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você, quando você não pretende fazer o mesmo.
Para meus amigos CASADOS
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe".
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar.
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores.
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos; mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.
Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.
A dor de um coração partido é inevitável, mas o sofrimento é opcional!
E lembre-se: é melhor ver alguém que você ama feliz com outra pessoa, do que vê-la infeliz ao seu lado.
Para meus amigos que são INOCENTES
Ele(a) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade.
Mas pense que poderia ter acontecido com você.
Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ele(a) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar um(uma) grande amigo(a).
Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR
Às vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você.
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade?
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente.
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ele(a) adivinhe o que você quer.
Não o (a) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.
Para terminar
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela.
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável.
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples.
Um dia percebemos que o comum não nos atrai.
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom.
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você.
Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, mas não damos valor a isso.
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais.
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito.
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras.
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
Mário Quintana
OBS: extraído do Blog Mozarteando . Mitridate
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
domingo, 20 de abril de 2008
Apreciador de Blog
sábado, 19 de abril de 2008
Incerto
Samurai . Yamamoto Tsunemoto
The Moon and the Yew Tree . Sylvia Plath
Por aí . Cazuza
"O real fugiu, para parte alguma, de modo que não tenho mais nenhum sentido (nenhum paradigma) à minha disposição".
Fragmentos de um discurso amoroso . Roland Barthes
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Talvez nos falte
Talvez o que nos falte simplesmente
Seja apenas abrir a caixa de sapatos
Tirar a roupa abafada nos dias quentes
Agasalhar-se da tristeza com afagos suaves
Talvez nos falte uma brisa no final da tarde
No rosto, como quando andamos de bicicleta
Andar com os pés pela areia até alcançar o mar
Olhar o céu e achar formas escondidas nas nuvens
Talvez nos falte o beijo após o dia, ao acordar, saindo ou
Chegando inesperadamente de algum lugar com saudades
A tolerância com os pequenos tão livres e soltos como fomos
E queríamos voltar a ser pelo resto de nossas vidas breves
Talvez nos falte conquistar a vida com tamanha vontade
Que o caminhar seja especial em todas as horas do dia
Fazendo poesia da falta de poesia, caminhando na rua
Pelo simples prazer de se poder ir e vir de algum lugar
Talvez nos falte aproveitar o que temos e esquecemos
Ao pensar no que queremos e morremos para alcançar
Ao meu lado há tanta gente e muitos vivendo em solidão
Penso nisso e me surpreendo como isso pode acontecer
Talvez nos falte a percepção de que não nos falta nada
De que tudo é tão perfeito assim como é, temos o sonho
E ele nos move não para nos saciar, mas pelo movimento
Caminhar é apreciar tudo a nossa volta e a própria estrada
Talvez nos falte a respiração profunda que faz sentir o corpo
O tato para perceber que custa tão pouco o abraço, um carinho
Talvez nos falte abrir verdadeiramente o coração para o amor
E mesmo assim, ao menor descuido, o amor entra e tudo sobra...
Carol Timm
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta …
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d’aço…
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Cruz e Souza
enfim, é o que tem pra hoje...
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Rastros
enfim, é o que tem pra hoje...
terça-feira, 15 de abril de 2008
Ecos
Contra a voz que há em mim eu me levanto,
caso em mim eu me louve ou me apiede.
Finjo o riso se a voz me quer o pranto.
Finjo o pranto se a voz o riso pede.
Eu ser um ou ser outro, nada impede,
pois meu pranto é meu riso o tanto quanto.
Sou o riso que o pranto me concede,
sou o pranto do riso nesse enquanto.
Dito assim, riso ou pranto, pouco importa?
se há um, logo o outro lhe comporta?
sem porquês, sem quereres, sem espanto?
Nada disso. Mas isso tão-somente:
se a voz que eu trago não me mente,
contra a voz que há em mim eu me levanto.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Dois Meios
tente de todos os meios
alie todo o tipo de recheios
levante o punho para a realidade
mate todo o tipo de vaidadede
seja só e sempre por inteiro
É isso.
se é isso mesmo que é isso,
pois pode ser — bem o sei,
só parecido com isso.
Mas mesmo não sendo isso,
ou seja, é isso e eu sei,
digo sempre que não sei
(nem sei por que digo isso...)
e por que isso? ... já sei!
Aliás, não sei. É isso.
domingo, 13 de abril de 2008
Fatos e Versões
bem mais talvez que decerto;
indecifrável retrato,
num álbum jamais aberto.
Nunca fui Sol, só deserto.
Só fui supérfluo e aparato.
Trago um discurso barato
onde me finjo liberto.
Solenemente abstrato,
sou bem mais longe que perto.
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
sábado, 12 de abril de 2008
Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim
Rossini Pinto
De hoje em dianteVou modificar o meu modo de vida
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Ó Minas Gerais!
PRESTENÇÃO - é quano ieu tô falano iocê num tá ovino
CADIQUÊ? - assim, tentanu intendê o motivo.
CADIM - é quano ieu num quero muito, só um poquim
DEU - o mez qui 'di mim'. Ex.: Larga deu, sô!
SÔ - fim de quarqué frase. Qué exêmpro tamem?: Cuidadaí, sô!!!
DÓ - o mez qui 'pena', 'cumpaxão': 'ai qui dó, gentch...!!'
NIMIM - o mez qui in ieu. Exempro: Nòoo, ce vivi garrado nimim, trem!... Larga deu, sô!!...
NÓOO - Num tem nada a vê cum laço pertado, não! Omez qui 'nossa!..' Vem de Nòoosinhora!...
PELEJANU - omez qui tentanu: Tô pelejanu quesse diacho né di hoje, qui nó!(agora é nó mez!)
MINERIM - Nativo duistadiminnss.
UAI - Uai é uai, sô... Uai!
ÉMÊZZZ?! - minerim querêno cunfirmá.
NÉMÊZZZ?! - minerim querêno sabê si ocê concorda.
OIAQUI - Minerim tentano chama atenção pralguma coizz...
PÃO DI QUEJU - Iosscêis sabe!...Cumida fundamentar qui disputa com o tutu a preferênça dus minêro
TUTU - Mistura de farinha di mandioca (o di mio) cum fejão massadim. Bom dimais da conta, gentch!!..
TREIM - Qué dize quarqué coizz qui um minerim quizé!Ex: "Já lavei US Trem!" "Qui trem bão!!"
NNN - Gerúndio du minreis. Ex: 'Eles tão brincannn', 'Cê tá innn, eu tô vinnn...'
PÓ PÔ - umez qui pó colocá
POQUIM - só um poquim, pra num gastá muito
JISGIFORA - Cidadi pertin du Ridijanero. Cunfunde a cabeça Do minerim que si acha qui é carioca.
DEUSDE - desde. Ex: 'Eu sô magrelin deusde rapazin!'
ISPÍA - nome da popular revista 'VEJA'
ARREDA - verbu na form imperativ (danu órdi), paricido cum sai. 'Arredaí, sô!'
"IM" - diminutivo. Ex: lugarzim, piquininim, vistidim, etc.
DENDAPIA - Dentro da pia.
TRADAPORTA - Atrás da porta.
BADACAMA - Debaixo da cama.
PINCOMÉ - Pinga com mel.
ISCODIDENTE - Escova de dente.
PONDIÔNS - Ponto de ônibus.
SAPASSADO - Sábado passado.
VIDIPERFUME - Vidru de perfume.
OIPROCÊVÊ (ou OPCV) - óia procê vê
TISSDAÍ - Tira ISS daí.
CAZOPÔ - Caxa disopor.
ISTURDIA - Otru dia.
PROINOSTOINO? - pronde nós tamo inu?
CÊSSÁ SÊSSE ONS PASSNASSAVASS? - ocê sabe se esse ônibus passa na Savassi?
prendeu tudim? rs ...
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Amigos V
Já abordei sobre este tema aqui neste blog, daí o Título ser AMIGOS V. Hoje ouvi duas canções gravadas por Zélia Duncan que eu amo por demais e, ao ouví-las, como por encanto, lembrei-me de amigos e, ao lembrar de amigos, cinco deles se destacaram. Porque? Não sei! Cada um a seu modo, mas todos, muito presentes em minha vida hoje. Decidi então prestar este depoimento a eles através desta postagem extra, e me coloquei a buscar na net algo diferente que melhor definisse o que vem a ser isto - AMIGOS. Então fica aqui esta minha homenagem a este QUINTETO composto por: DD, Fabiano, Braz Jr., João Rafael, Th.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
Os bons amigos fazem sempre falta nas horas mais difíceis, quando precisamos de uma atenção, de um ombro, de um conselho, de um ouvido que possa ouvir nossos desabafos, essa pessoa amiga esta lá sempre!
Uma boa amizade não tem preço!
Os verdadeiros amigos são para sempre!
aperte o play e ouça as canções
Diz nos meus olhos
Dream little dream of me
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
Folhas de Outono
Não sei porque, mas hoje acordei cantarolando esta canção. Bem antiga, mas que marcou uma época de minha vida. Uma canção simplória mas muito linda, como simplória e linda eram nossas vidas nos anos 60 ao som do furação da Jovem Guarda.
Confiram a letra e ouçam a canção e vejam se não tenho razão!
Folhas de Outono
Francisco Lara / Jovenil Santos
Na voz de Roberto Carlos
As folhas caem
O inverno já chegou
E onde anda
Onde anda o meu amor
Que foi embora
Sem ao menos me beijar
Como as folhas
Que se perdem pelo ar
Mas ainda nela eu penso
Com muito carinho
As folhas vão caindo
E eu choro baixinho
Mas tenho a esperança
Que ela vai voltar
As folhas quando caem
Nascem outras no lugar
ps: então . bem própria para a estação que estamos vivendo .
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Reinvenção
reinventada.
Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas. . .
Ah! tudo bolhas
que vêm de fundas piscinas
de ilusionismo… – mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentirada lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcanço…
Só - no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só - na trevas
fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida,a vida só é possível
reinventada.
Cecília Meireles
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
terça-feira, 8 de abril de 2008
Despertar Alguém
Carol Timm
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Rivalidade de Bambas
Em abril deste ano, o compositor Livio Tragtemberg e o jornalista Luiz Fernando Vianna se engalfinharam em uma rixa que parece jamais sepultada: a rivalidade entre o samba carioca e o samba paulista. Alvo de discussões históricas e estudos complexos, o emblemático ritmo encontrou nos morros do Rio seus principais expoentes e logo se espalhou por outras regiões do país, fundindo-se a gêneros locais. Na Terra da Garoa, foi inicialmente acolhido no interior e mais tarde chegou às ruas da capital, onde absorveu certas características da cultura metropolitana. Ainda que não tenha alcançado a repercussão de seu irmão mais célebre, o samba paulista tem muita história para contar. O ritmo que veio do interior
É na pequena cidade de Pirapora do Bom Jesus, localizada a cerca de 50 km da capital, que boa parte das raízes do samba paulista remonta. Antigo reduto de romarias, o lugarejo concentrou a tradição e ritmo de escravos e descendentes que freqüentavam festejos religiosos entre o final do século XIX e início do século XX. Incorporando batuques interioranos de regiões como Campinas, Sorocaba, Capivari, Rio Claro e outras cidades, os negros moldavam um samba tipicamente rural, alicerçado em improvisações de canto e coro, que prescindiam de instrumentos como zabumba e bumbo. Embora o tempo tenha tratado de esmaecer algumas características fundamentais do samba de Pirapora, muitos de seus filhos, emigrados para a zona urbana, conduziram os genes do samba de bumbo para a cidade, o que seria essencial para o surgimento dos primeiros cordões e escolas de samba paulistanas.Sediados na região central de São Paulo, principalmente nos bairros do Glicério, Bexiga e Barra Funda, os blocos, agremiações e cordões pioneiros eram alimentados pelo samba trazido do interior. Maior campeã do carnaval paulistano, a Vai-Vai tomou corpo a partir do antigo bloco Saracura, da Bela Vista, assim como muitas outras escolas surgiram pautadas por descendentes africanos e imigrantes europeus residentes de bairros operários. Em cada velha guarda dessas agremiações é possível descobrir verdadeiras pérolas do samba paulista e do saudoso carnaval de rua, carinhosamente guardadas por antigos baluartes, personificações de uma história que perdura por décadas.
Adoniran Barrosa nao foi apenas um compositor criativo,um ator de radionovelas eficiente e um cronista popular. Para entender um pouco o que ele realmente foi e significou, é preciso mais que simplesmente perceber suas qualidades de artista e de marco da música popular brasileira; é preciso notar qual sua principal característica, que era a de ser transparente. Transparente o suficiente para que podéssemos olhar através dele e enxergar as ruas da cldade, os cortiços e o modo de vida do povo se processando no silêncio, nos acordes e nos versos de seus sambas.
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
sábado, 5 de abril de 2008
Retratos do Vietnam II
Não são as más ervas que sufocam o grão, é a negligência do cultivador.
Confúcio
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Retratos do Vietnam I
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Araci de Almeida . A intérprete de Noel
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Elizete Cardoso . A Divina
Paulo Braccini,
enfim é o que tem pra hoje...
terça-feira, 1 de abril de 2008
Angela Maria . A Sapoti
Abelim Maria da Cunha, verdadeiro nome de Ângela Maria, nasceu em Macaé, RJ, em 13 de maio de 1928. Desde menina cantava em coro de igrejas protestantes. Foi operária tecelã, mas sonhava com o radio, embora a família – por princípios religiosos – fosse contra a carreira artística. Por volta de 1947, começou a freqüentar programas de calouros. Apresentou-se na Hora do Pato, de Jorge Curi, na Radio Nacional, e no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Tupi. Usando o nome de Ângela Maria, para não ser descoberta pela família, participou também do Trem da Alegria, dirigido pelo "Trio de Osso" (os magérrimos Lamartine Babo, Iara Sales e Heber de Bôscoli), na Radio Nacional. Logo sua voz foi se tornando conhecida dos ouvintes, o que dificultou sua participação nesses programas, pois ela estava deixando de ser caloura. Nessa época, era inspetora de lâmpadas numa fabrica da General Eletric e, decidindo tentar realmente a carreira de cantora, abandonou a família e foi morar com uma irmã no subúrbio de Bonsucesso. Em 1948 conseguiu lançar-se como crooner no Dancing Avenida. Em sua noite de estréia, cantou Olhos verdes. No dancing, foi ouvida pelos compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira Filho, que a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Radio Mayrink Veiga. Feito o teste, começou carreira na emissora, interpretando musicas de Othon Russo e Ciro Monteiro, compositores que a ajudaram a criar um repertório pessoal, abandonando a influência de Dalva de Oliveira. Firmando-se a partir de 1950 como intérprete, em 1951 estreou em disco com Sou feliz (Augusto Mesquita e Ari Monteiro) e Quando alguém vai embora (Ciro Monteiro e Dias Cruz), na Victor. No ano seguinte, sua gravação do samba Não tenho você (Paulo Marques e Ari Monteiro) bateu recordes de venda, marcando o primeiro grande sucesso de sua carreira. Durante a década de 1950, atuou intensamente no rádio, apresentando-se na Radio Nacional, nos programas de César de Alencar e Manuel Barcelos, e na Rádio Mayrink Veiga, como a estrela de A Princesa Canta, nome derivado de seu titulo de Princesa do Radio, um dos muitos que recebeu em sua carreira. Em 1954, em concurso popular, tornou-se a Rainha do Radio, e no mesmo ano estreou no cinema, participando do filme Rua sem sol. Apelidada Sapoti pelo presidente Getúlio Vargas, tornou-se a cantora mais popular do Brasil durante a década de 1950, alcançando os maiores êxitos com os sambas-canções Fósforo queimado, Vida de bailarina, Orgulho, Ave Maria no morro, e Lábios de mel, alem da canção afro-cubana Babalu. Voltando a gravar na RCA Victor em fins da década de 1950, em 1963 viajou para Portugal e África, cantando para soldados portugueses que então lutavam nas colônias. Um de seus grandes êxitos na segunda metade da década de 1960 foi a canção Gente humilde (Garoto, Chico Buarque e Vinícius de Moraes). Em 1975, com 25 anos de uma carreira de muitos sucessos, preferia apresentar-se em clubes do interior ou em churrascarias das grandes cidades, ambientes onde, ao contrario da televisão e das boates sofisticadas, sentia mais de perto a reação do povo. Em 1979, com João da Baiana, participou do documentário Maxixe, a dança perdida. Em 1982 foi lançado o LP Odeon com Ângela Maria e Cauby Peixoto, primeiro encontro em disco dos dois intérpretes. Em 1992 apresentou-se com Cauby no show Canta Brasil, com grande sucesso de publico, sendo lançado em disco Ângela e Cauby ao vivo. Considerada, ao lado de Elis Regina, uma das mais puras vozes da musica popular brasileira, continua a apresentar-se em espetáculos e em televisão.
Aperte o play e sinta toda a exuberância desta grande cantora da MPB.
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...