Juízos, juízos de valor sobre a vida, a favor ou contra, nunca podem ser em última instância verdadeiros: eles só possuem o valor como sintoma, eles só podem vir a ser considerados enquanto sintomas. Em si, tais juízos são imbecilidades. É preciso estender então completamente os dedos e tentar alcançar a apreensão dessa finesse admirável, que consiste no fato de o valor da vida não poder ser avaliado.
No entanto, uma condenação da vida por parte do vivente permanece sendo em última instância apenas o sintoma de um tipo determinado de vida: sem que com isso se pergunte se uma tal condenação tem ou não razão de ser. Se precisaria ter uma posição fora da vida, e, por outro lado, conhecê-la tão bem quanto um, quanto muitos, quanto todos que a viveram, para se ter antes de tudo o direito de tocar o problema do valor da vida: razões suficientes para se compreender que esse problema é inacessível para nós. Quando falamos de valores, falamos sob a inspiração, sob a ótica da vida: a vida mesma nos obriga a instaurar valores, a vida mesma valora através de nós quando instauramos valores…
Friedrich Wilhelm Nietzsche - Crepúsculos dos Ídolos
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...