segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Tão bom me aninhar em você!



O preâmbulo desta série de postagens poderá ser visto clicando aqui:

Naquela madrugada ninguém eu pensava encontrar, muito menos você - que sorriu, disse meu nome de uma maneira particular, e me abraçou. 
Sorrimos um para o outro, é sempre assim, e de repente estávamos nós (e eles) sentados naquele banco que eu nunca havia ao menos reparado e que hoje é um nosso ninho vazio sob as estrelas. A culpa é sua, lembre-se que foi você quem primeiro brincou e me puxou para suas coxas nas quais eu lasso me acomodei, mas logo me desvencilhei e neguei. Falamos bobagens, rimos, e nossas mãos procuraram inocentemente minúcias de nossos corpos; por que afinal eu consenti que se deitasse em meu colo? 
Seu rosto, suas orelhas, o peitoral, e aquele músculo do seu braço que tantas vezes foi acariciado pela minha mão que descobria seu moreno corpo; por que você me olhava e sorria? 
Tentei parar, eu juro, mas suas mãos me desvendavam: coxas, pernas, costas, mamilos. Quem resistiria? Alguns poucos carros passavam, eles (os outros) estavam presentes, mas não estavam com a gente. Até mesmo o velho insone à porta não oferecia obstáculo, apesar do inusitado éramos eu e você - nós e só. 
Então você disse: "Você vem?", eu turvando a razão, mas crendo no meu autocontrole te segui. Foi um delirante absurdo que vivi, por você, e não sinto culpa ou arrependimento. O gosto da sua língua, seus sorrisos, o corpo nu, minhas mordidas, seus cafunés, e os abraços que nos tornavam um só, a gente se aninhava um no outro - unidos. Qual força nos separaria? 
Naquela madrugada fiz o que nunca tinha ousado fazer, e gostei. Gostei porque você me dominou, sem violência, e me afogou em minha própria vala emocional - eu só reagi a você. 
A satisfação em me ouvir te chamar de "meu bebê" é a mesma que senti a cada palavra sua sussurrada. Por que não te abraçar de novo? 
Foi idílio e dionisíaco, fez-me tão bem e tão outro. Mas foi só aquela noite: teus olhos não mais vão me domar, teu abraço não mais vai me prender e sua boca não mais será meu alimento. Só resta mesmo uma história para lembrar e aquela despedida em tom de até breve: "Tchau Jú...", e assim eu fui, e continuo indo - não sei para onde. Só sei que sem você que foi uma vez tão meu. 


ps: Pronto! Tudo passou e eu aqui de volta ao meu dia a dia. Mais um ciclo! Mas estou feliz pois posso me aninhar novamente nos braços do Elian, meu porto seguro. 

Sonhar e programar possível viagem a Portugal em Maio. 

Bratz Elian 
enfim! é o que tem pra hoje ...

2 comentários:

  1. Querido amigo, que ternura, estou torcendo por você para que possas ir com seu amado viajar em férias, Portugal deve ser muito lindo, eu não conheço!
    Olha que Maio está tão perto, o ano mal começou e já estamos no quinto dia,rsrs!
    Realmente os textos do seu escritor predileto são muito bons, sensualidade nesse, até há um certo tom romântico!
    Abraços apertados!

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    Respostas
    1. Eu tive a chance de conhecer Lisboa mas por pouco tempo. Amei. Quero ir agora com mais tempo. Sim o tempo é algo incontrolável. Ele passa e temos que estar atentos a esta perspectiva.
      Obrigado pelo carinho de sempre.

      Beijão querida amiga.

      Excluir

então! obrigado pela visita e apareça mais, sempre teremos emoções para partilhar.

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