Foto: Douglas Magno
De que serve a bondade
Quando os bondosos são logo abatidos, ou são abatidos
Aqueles para quem foram bondosos?
De que serve a liberdade
Quando os livres têm que viver entre os não-livres?
De que serve a razão
Quando só a sem-razão arranja a comida de que cada um precisa?
Em vez de serdes só bondosos, esforçai-vos
Por criar uma situação que torne possível a bondade, e melhor:
A faça supérflua!
Em vez de serdes só livres, esforçai-vos
Por criar uma situação que a todos liberte
E também o amor da liberdade
Faça supérfluo!
Em vez de serdes só razoáveis, esforçai-vos
Por criar uma situação que faça da sem-razão dos indivíduos
Um mau negócio!
Bertolt Brecht
ps: Em homenagem à ressaca de palavras trocadas com Eduardo.
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...
Bom dia meu amigo, hoje acordei bem cedinho, amei ler aqui, texto bem escolhido, pois eu completo com o meu modo de ver a bondade.
ResponderExcluirDe que serve a bondade para com todos se, não se consegue ser bondoso(a) conosco?
É, quando nos recriminamos o tempo todo sem nem sequer nos dar uma chance de revermos nossos sentimentos e nos perdoar, sim, sem auto-perdão não se consegue levar perdão, amor, bondade!
Amor a si mesmo é bom, pois só é feliz e faz pessoas felizes, os que se amam!
Abraços bem apertados!
Perfeito Ivone. Só seremos bons e felizes com os outros se soubermos ser com a gente mesmo. Só concederemos liberdade aos outros se também formos livres.
ExcluirBeijão Ivone
Meu rei, meu adorado amigo Bratz...Brecht não me faz esquecer a quem deveras gosto e admiro, e é mesmo assim, o quanto mais supérfluo, mais natural e constante as coisas que deveriam ser boas se tornam normais...cá eu tirando minhas malucas observações do que leio, d que sinto dentro da blogsfera. Quantas vezes nos admiramos de situações, pessoas por sua bondade, e o normal é observarmos alguém que seja bom, para indicarmos o bom caminho...utopia, esperança minha. Meu amigo o meu prazer continua intenso em estar por aqui junto a ti, ao que me alcanças com tanta paixão...natural assim, gostar de estar aqui.
ResponderExcluirps. Carinho respeito e abraço.
A arte de viver plenamente reside na simplicidade das coisas e dos fazeres. Façamos simples a vida para nós mesmos e assim não seremos fardo para ninguém e compreenderemos os outros com mais facilidade.
ExcluirBeijão
obs....alguém que não seja bom para indicarmos o bom caminho...
ResponderExcluirSim este alguém pode ser nós mesmos para com a gente mesmo!
ExcluirOlá,querido Bratz, belo texto de Brecht ... a viabilidade da bondade num mundo em que só a sem-razão arranja a comida de que cada um precisa.
ResponderExcluirPenso que deve haver um equilíbrio e não a bondade tornar-se supérflua, rara e desvalorizada, pois, notadamente, aquele que se apresenta socialmente como bom , não merece respeito, porque, prefere-se respeitar quem desperta medo. Devemos pensar bem quanto às nossas escolhas, sobretudo porque somos seres sociais ...e ser firme em nossas virtudes, para que essas possam se sustentarem, em ações e ganhos e perdas para a sem-razão dos indivíduos.
Obrigado pelo carinho, belos dias,abraços!
Sempre oportunas e sábias suas considerações. Belíssima contextualização das palavras de Brecht.
ExcluirEu bem que tento em mim puxar pelos bons sentimentos, e se há uns que surgem sem nenhum tipo de esforço, outros teimam a não aparecer. Até diria que são com as 4 estações.
ResponderExcluirAcho querido é de nossa natureza mesmo. Vamos aproveitar aqueles que, em algumas estações, se fazem presentes. rs
ExcluirEu acredito que o Homem é, por natureza, mau, na senda do pensamento de Hobbes. Ser bondoso, portanto, é uma superação dos nossos próprios instintos.
ResponderExcluirDe pouco vale. Podes ter mil atitudes altruístas; as pessoas irão lembrar-se sempre de algum gesto menos bom.
um abraço.
Não acredito em altruísmo! Sempre existirá algum interesse por trás. Sempre penso nos Santos Católicos: Fazem o bem para ganhar o reino dos Céus! Onde está o altruísmo.
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