Acabei de ler o post do amigo Cesinha do Blog Efemerinetidades sobre o tema Divagações sobre Escolhas. A maioria dos amigos já leram e comentaram. Uma postagem inteligente e rica, que proporcionou a muitos dos amigos se posicionarem frente ao tema, o que trouxe mais luz e mais entendimento sobre a questão. O assunto me levou a uma reflexão profunda sobre a minha homossexualidade e como a vivi e como a vivo nos dias de hoje. Por isto resolvi registrar por aqui, sob uma perspectiva muito pessoal, como divaguei, ao longo de minha vida, sobre as tais escolhas:
[comentário do Bratz relativo ao post do Cesinha]
"Interessantíssimo o nível em que chegou a discussão por aqui. Li o post, reli e também, com o devido cuidado, cada um dos comentários. Enriquecedores mesmo. Claro que ser gay não é uma escolha e, se assim o fosse, ninguém escolheria sê-lo levando em conta toda a complexidade da situação. Claro também que muitos gays [a maioria talvez], em algum momento da vida, são induzidos a fazerem escolhas na busca da "perfeição" compensatória pela dita "imperfeição". Claro também que muitos atingirão seus propósitos e outros não. Mas enfim! Com o tempo percebi e me ficou bastante claro para mim que EU - o Bratz, se tivesse nascido com toda a bagagem vivida até hoje e me fosse dada a tal "escolha" de ser ou não ser gay, ELE - EU - o BRATZ com certeza escolheria SÊ-LO. Digo isto com uma convicção que, para muitos vai soar como demagógica, pretensiosa, arrogante ou como sei lá o que mais ... mas não é! Em toda a minha vida a homossexualidade não foi assim um mar de rosas mas, dos 30 anos para cá, ela assim se tornou por decisão, por luta, por escolha livre e consciente. Não vou me alongar mais no tema, nem conjecturar muito sobre outras nuances que a discussão proporciona para não me perder ... queria apenas deixar aqui também esta perspectiva: "Ser GAY e feliz pode ser uma escolha e para mim assim foi!" [se houvesse reencarnação e se nela me fosse dada a opção de escolha eu queria reencarnar gay de novo! #fato!].
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje...
Eu tô com vc 100%. Comigo aconteceu mais cedo. Com 23 anos comecei a encarar minha homossexualidade com a cabeça erguida. Orgulho de ser quem sou e da luta que enfrentei para chegar onde cheguei.
ResponderExcluirbjão, babe.
“Com o tempo percebi e me ficou bastante claro para mim que EU - o Bratz, se tivesse nascido com toda a bagagem vivida até hoje e me fosse dada a tal "escolha" de ser ou não ser gay, ELE - EU - o BRATZ com certeza escolheria SÊ-LO.”
ResponderExcluirMeu querido amigo... na verdade, mais que querido... como você me denominou mesmo? Sua reencarnação in vivo, é isso?!... obrigado pelos seus ensinamentos. E cuja preciosidade reside justamente em não querer ser ensinamento. Seus comentários sempre me permitem ver os problemas da vida por ângulos diferentes, tenha certeza disso.
Eu apenas queria destacar dois trechinhos do seu comentário: “Com o tempo percebi... se tivesse nascido com toda a bagagem vivida até hoje...”. Para mim isso denota que em um dado momento, no passado, você fez uma escolha correta em aceitar (de bom grado) a sua orientação sexual. De tão bom grado que “hoje”, você pode vir e afirmar para todos nós o que afirmou no seu comentário.
Eu estou seguindo o seu caminho, como toda boa reencarnação deve fazer (kkkkk). Citando um comentário meu ao Railer: “...apesar de não ser uma escolha nossa o "ser gay" o melhor que temos a fazer é ter orgulho disso e seguir em frente. É bem mais produtivo do que ficar choramingando num eterno e infinito muro das lamentações.” Um dia eu conseguirei escrever esse meu comentário da mesma forma que você escreveu o seu.
Beijão.
Bom, o povo no centro espírita que tô visitando afirma que a gente escolhe tudo sim. E eu acredito, porque eu tenho certeza que eu escolhi ser gay desde sempre. :-)
ResponderExcluirConcordo!
ExcluirEngraçado você dizer isso justamente agora Edu, pois eu conversava com minha irmã essa semana sobre homossexualidade e ela me falou a mesma coisa. A escolha do que seremos, inclusive se homo ou hétero, se dá sempre antes da reencarnação. Não que nós já não saibamos disso, mas eu nunca tinha pensado na homossexualidade também como uma escolha. Daí vemos que, ser gay/lésbica/trans é sim uma escolha... uma escolha feita bem antes de que qualquer um de nós ainda o saiba. abraços a todos
ExcluirEstranho.. né? Vivi os dois lados da moeda, e sinto que hoje mais do que na minha infância, ou adolescência.. onde pra mim era confuso e inevitável o "ser gay", Hoje Eu escolhi O ser, então minha mente é mais tranquila, Amigos.. No Hotel, na Clinica, na noite.. Familia, todos sabem que sou gay, Mais sinto que ainda esperam uma atitude diferente algo que mude... devido ao namoro com a Marcela, muita gente acredita que ainda posso ser diferente... ou normal.. na minha opção Sexual...
ResponderExcluirmal sabem eles, que eu, hoje sou bem, mais bem resolvido em Ser Feliz, independente de tudo!
ótimo post para o dia de combate a homofobia né?
ResponderExcluirGostei muito desse seu post! Não estou certo de ser feliz sendo como sou, mas com o tempo ficarei a saber... ^^
ResponderExcluirUm abraço e parabéns pelas palavras e decisões que te fizeram tão feliz! :3
o mais importante para mim, é que é uma escolha a forma COMO eu sou gay, e essa quem determina sou eu. Tem gente que recebe um limão, chupa e reclama que é azedo, eu corto e faço uma belíssima caipirinha...
ResponderExcluireu escolheria novamente para ser gay, mas pediria para vir com uma aura afeminada, porque - vou dizer viu - não é fácil nascer com aura de cabra macho arretado. Rola que é bom não aparece.
ResponderExcluirnão consigo me imaginar escolhendo ser outra pessoa, sou gay e feliz :)
ResponderExcluirQuerido amigo, sempre acreditei que temos que seguir nossas escolhas, sem dar satisfações a ninguém, pois quem paga nossas contas somos nós. Beijocas
ResponderExcluirSou kardecista e acredito piamente em reencarnação e que o que vivemos hoje é a vida e situação que optamos por ter antes de renascer, claro que o livre arbítrio faz com que as vezes a gente desvie do foco. Então como creio e muito, na próxima vou pedir pra ser tua amiga e do Elian de novo. Bjo!
ResponderExcluirAs pessoas precisam ser o que são em sua mais pura e natural essência. Crescendo e evoluindo de acordo com o que emana de mais profundo de sua natureza, e não porque ser X ou Y é ser bem visto aos olhos de uma sociedade pré fabricada por modismos e uma ditadura total de conceitos e opiniões banais.
ResponderExcluirEssa sua opinião, esse seu comentário, esse teu ponto de vista, essa história de vida e esse teu sentir convicto, deviam ser disseminados entre vários e vários adolescentes que se tornam bissexuais ou totalmente homossexuais só porque dentro do novo lifestyle mundial moderninho isso significa ser "in" isso significa ser "cool".
Parabéns, Paulo! E obrigado por ter me dado a chance de ser amigo de um cara como você.
Abraço!
Querido, que delícia de pessoa vc. Por ser assim, transmite segurança no olhar, no portar e alegria de viver. Percebi também uma dose acima da média de senso analítico em vc.
ResponderExcluirBeijaum.
A homossexualidade não é uma escolha, mas a forma como a gente decide vivê-la sim. Que bom que temos orgulho de quem nós nos tornamos!
ResponderExcluirPra um materialista como eu, essa história de reencarnação não desce. Pra Sartre, "a existência precede a essência" e estamos condenados a ser livres. Mas isso diz respeito às nossas ações, ou, contextualizando, ao exercício da homossexualidade e não à condição de homossexual. Somos o que queremos? Não. Você não escolhe se é rico, pobre, homem, mulher, branco, índio etc. Usem qualquer tipo de droga que vocês descobrem: mexer nos processos químicos do nosso cérebro é mexer na nossa alma. Para monistas (quase) místicos, como Whitman, o corpo É a alma. E ninguém tem autonomia sobre as próprias configurações biológicas, sobre a educação que recebe e por aí vai. Mas, se você não é quem você quer, quem você é? Ora, toda vez que alguém come bolo de chocolate em vez de bolo de morango, eis a prova de que liberdade de escolha EXISTE. Mas, por mais que você escolha o chocolate, e você tenha essa capacidade, você não tem voz pra decidir se gosta -- primeiro você gosta, por conta disso você acaba escolhendo. Ergo, o ponto de filósofo francês: fazemos o que queremos do que fizeram de nós, anteriormente. É o caso do nosso lindinho Bratz. A partir de tudo o que ele é (e sobre o que ele nunca pôde decidir), ele decide o resto. Sobram os nossos futuros do pretérito...
ResponderExcluirTal como tu, amigo, eu quero ser gay em todas as minhas encarnações. Isso porque sou muito feliz por ser homossexual!
ResponderExcluirBjx