Seleção, estigmatização, exemplaridade: eis os três Cavaleiros do Apocalipse do nosso pensamento social contemporâneo. Muitas pessoas pensam o que os jornais pensam, outras só pensam o que se pensa na televisão. Eis os efeitos.
Primeiro, as conversas do dia são sempre vocais e inaugurais, na lógica da abertura de telejornal: retumbantes, é o mundo em tchan!
Depois, os temas são sempre fulanizados: não há mais mundo que o dos suspeitos do costume, eternos símbolos do mal, arquétipos da malignidade, para benefício da simplificação do discurso e para descanso de todos os outros, poupados à ignomínia de existirem.
Finalmente, o raciocínio é sempre inconclusivo: isto vai mal, pior do que quando estava mal, donde está péssimo a ponto de não haver saída, de outro modo não estaria tão mal.
A moral pública é a do pelourinho: os amarrados à infâmia coletiva subrogam-se aos pecados dos que serão os primeiros a atirar a primeira pedra.
A hipocrisia é todos se sentirem juízes do que não conhecem, depois de terem sido acusadores pelo que ouviram dizer e testemunhas do que lhes parece que é.
O ridículo é ninguém notar a triste figura que faz. É por isso que se fala tanto. É por isso que alguns fazem de falar uma profissão milionária. Chamam-se comentadores.
José Antônio Barreiros
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
xiiii....É tudo uma loucura só...
ResponderExcluirte desejo um ótimo final de semana.
abraços
Hugo
Eu chamo de folhetinescos,rsrsrsrs.
ResponderExcluirNarram a existência á sua volta,para que outros venham até eles, alimentar-se de mais um capitulo,tornando-se assim mais importantes no contexto que o próprio fato, verídico ou não.
Sad...
Sim, os jornais fazem jus ao nome. Eles nos massificam, generalizam, sempre no que é favorável a quem favorece mais. Valorizando o que eles entendem por *progresso* numa visão retilínea, caminhando sempre para o melhor, o sucesso. Visão do século XIX, retomada, nos anos 60, por Popper (há muita coisa que ele escreveu de que gosto, mas, infelizmente a de que desgosto, prevalece), por exemplo, e que ainda, hoje, persiste, na boca de muitos comentadores que fazem a cabeça de muitos que não se aperceberam de que já faz um tempinho que estamos em outro paradigma. Muitos há certo tempo escrevem sobre a Ética, como Lévinas. E torço pra que a revalorização do Ser Humano, dos seres e de todo o Universo prevaleça. Fazemos a nossa parte.
ResponderExcluirOuço rádio, leio a Net. Os jornais de São Paulo são simplesmente insuportáveis.
Beijos***********************
SONETO DE HOJE
Renata Cordeiro
Impossível de ti ter dependência
Se nós somos um quando misturados
Se assim o dizes é sem sapiência.
Choras, porque te arrasta o teu passado.
Pensas em mim, apelos de carência
Da alma e do corpo sempre fatigados
Que parecem votados à querência
Pois um pedaço sente-se condenado.
O inferno, somos nós quem o criamos
Meu amor, ele está na Terra, aqui,
Se quisermos, meu bem, dele escapamos
Passou o que viveste, o que vivi
Ao diabo a dor! Que nunca mais soframos!
Nunca mais sem mim, nunca mais sem ti.
Bom Sábado, querido*
+ Beijos
Rê
Ah, o seu blog está devidamente adicionado nas minhas sétimas artes.
ResponderExcluirRê
Ah, o seu blog está devidamente adicionado nas minhas sétimas artes.
ResponderExcluirRê
nhaaa, mas eu já sabia disso, eu assisto novela haushausa, bjooo!
ResponderExcluirMuitas das pessoas preferem alguém que pensem por elas, mesmo que necessariamente seja a sua opinião. Por isso tanta matipulação de informação, pois permitimos assim.
ResponderExcluirBj.
Esperar a confiar na verdade do outro é sempre um risco!!! Acreditar nela é ainda mais perigoso!!!
ResponderExcluirPassando para agradecer o carinho dos amigos ... estou de férias mas na próxima quarta feira retomo os contatos com todos os blogs amigos ... já ansioso ...
ResponderExcluirbjux
;-)
O pior é quando admiram o que não conhece.
ResponderExcluirAbsurdamente necessário o texto.
Abraço,
Camila
ilimitada-mente.blogspot.com
Difícil fugir, afinal globalização é isso. A gente tenta escapar do senso comum mas ele sempre te pega em algum ponto..
ResponderExcluirBoas férias procê Paulo, aproveite bastante. :]
Oi.. sei que andei sumido do seu blog, mas não foi por mal.
ResponderExcluirOs jornais realmente são uma coisa bem estranha, podem informar ou desinformar, depende do leitor.
~Até a próxima.
*DB*
Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do blog Anjo de Prata. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Eu sei que é um abuso da minha parte te mandar essa propagando control c control v, mas sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas no blog da professora Graça, ela inclusive é seguidora do meu blog, claro que ela faz isso mais por gentileza do que pela qualidade do meu texto, mas estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs
ResponderExcluirNarroterapia:
Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.
Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.
Abraços
http://narroterapia.blogspot.com/
Somos escravos de argumentos prontos, massificados e politicamente corretos. O que acarreta na falta de conclusões plausíveis e sensatas. As conversas são quase sempre vazias e por obrigação. Enfim, o texto descreve isso de forma magnífica.
ResponderExcluirSempre digo e sempre vou dizer que suas postagens são pertinentes.
Abraço Paulo.
Ler notícias e informativos e ao mesmo tempo manter a visão crítica e saber filtrar o que absorvemos é difícil. Difícil saber até onde somos influenciados...
ResponderExcluirBeijos Paulo!
há tempos que não assisto mais nada de telejornalismo.
ResponderExcluirnão existe editorial, nem comentários em si apenas berros e alvoroço e um sem fim de 'datenas'. não existe mais notícias apenas desgraças com que para mostrar que tudo ao redor está em estado de sítio ou pelas últimas o que, ainda que verdade, deve ser noticiado não berrado de forma incosciente.
mas isso mantem a todos atentos às cores e movimento, rapidez, agilidade coisa dessa era eletrônica que substituiu a qualidade; preciso saber das coisasa agora, imediatismo e não para para anlisar e pensar...nesse meio tempo a vida vai andando de acordo com o que os outros ditam...
triste...
ps-adoramos a sexta, repeteco já
Passando novamente para agradecer o carinho dos amigos ... estou de férias mas na próxima quarta feira retomo os contatos com todos os blogs amigos ... já ansioso ...
ResponderExcluirbjux
;-)