sábado, 9 de agosto de 2008

O Órfão


Quando escrevo
nunca sei onde chegar.
Percebo o ponto
ao ultrapassá-lo.
O excesso me equilibra.
Reflito-me nos
espaços vazios
entre os poemas.
Nunca nos versos.
Invejo a ausência,
somente o vazio não tem um dono.
O resto é criação de alguém.
Incansável,
procuro pelas palavras
que me inventaram.
Sou órfão de letras.
Desconfio da expressão correta,
do poema exato.
A escrita engana,
inexiste palavra verdadeira.
Como encontrar uma copia fiel?
Como imitar com perfeição?
Tudo que escrevemos e falamosé imitação.
Só o silêncio é original
Fernando Palma
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

então! obrigado pela visita e apareça mais, sempre teremos emoções para partilhar.

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin