E a tal Liberdade, cada vez mais escassa!

Em 14 de Outubro do ano passado, saiu esta notícia na imprensa. Penso que passou desapercebida da maioria.
Cada dia chegamos mais próximos do final do tempos!

Hoje, mais uma vez, através da pena dos deuses do Olimpo, os brasileiros perderam um pouco mais da sua escassa liberdade: foram proibidos de ingerir remédios para emagrecer, mesmo se receitados por médicos.

Antes disso, os governos já nos haviam proibido de recorrer ao bronzeamento artificial e de pitar uns cigarrinhos eletrônicos. Os especialistas da Anvisa também não querem que os tupiniquins usem qualquer das chamadas drogas recreativas. Até mesmo a inofensiva melatonina, vendida na prateleira nas farmácias dos EUA, é proibida em Pindorama.

Para proteger a nossa saúde, a Anvisa exige também que as indústrias de alimentos devam reduzir os teores de açúcar, gorduras e sal em seus produtos, não importa se em prejuízo do sabor. A propaganda de bebidas, cigarros e até brinquedos é rigidamente controlada.

Atualmente, há uma campanha ostensiva para proibir a ingestão, mesmo sob prescrição, de remédios tradicionais, que sequer devem ser nominados, sob risco de censura, mas que até a eclosão da pandemia eram vendidos sem receita médica.

Como escrevi alhures, os proibicionistas encastelados em todos os níveis do estado têm certeza de que somos incapazes de saber o que é melhor para nós mesmos e o governo deve, portanto, proteger-nos de nossos próprios desejos, necessidades e ignorâncias, bem como da ganância e da esperteza de fabricantes e comerciantes inescrupulosos.

Somente o governo e seus especialistas são sábios, enquanto os cidadãos comuns são seres fracos e sem juízo, que devem ser eternamente guiados e protegidos para que não se machuquem.

Os proibicionistas imaginam ter adquirido o preciso conhecimento sobre o que os demais podem, desejam ou merecem ter. A ideia de permitir que as pessoas sigam o seu próprio destino - às vezes errando, outras vezes acertando, eventualmente até morrendo por causa do caminho que escolheram - está além da sua compreensão, pois a imperfeição, para eles, é algo inadmissível.

Os proibicionistas simplesmente não compreendem os conceitos de livre escolha e responsabilidade individual.

O fato de políticos, burocratas, especialistas, juízes e ativistas assumirem o papel de nossos tutores não é novidade. O absurdo é como nós permitimos que eles assumam essa função sem maiores questionamentos e sem nos darmos conta de que estamos, cada vez mais, abrindo mão de nossa liberdade e individualidade.

João Luiz Mauad

Bratz Elian

enfim! éo que tem pra hoje ...