Deus me Proteja!

Pronto, já estou aqui de volta depois de uma revigorante estada na Pauliceia.

Foi adorável como sempre. 

O destaque desta vez ficou por conta do Musical Jesus Cristo Super Star no Instituto Cultural Tomie Ohtake. Simplesmente exuberante. Fica a dica para quem mora por lá ou estará por lá nos próximos dias.

Antes do espetáculo, um rapaz super interessante que ocupava a poltrona do meu lado, puxou conversa. Avaliei rapidamente se valia a pena dar mais ou menos atenção. Pela estampa decidi que valia 100% de toda a minha atenção e disponibilidade. 

Um jovem com seus 30 e poucos anos indagou se eu conhecia algo da ópera rock, o que fez o Bratz discorrer sobre ela e sua contextualização no começo da década de 70. Ele interessadíssimo e atento, fazia colocações super pertinentes e inteligentes que demonstrava ser uma pessoa extremamente culta e bem informada. 

Deste assunto, enveredamos por algumas questões filosóficas, e isto me mostrou mais uma vez que sabedoria não implica em idade, pois ele, ainda com seus 30 e poucos anos, demostrava possuir uma imensidade deste quesito. Foi quando ele cantarolou para mim uma canção do Chico César [que eu não conhecia] pela qual me apaixonei na hora. Uma letra riquíssima que, de forma simples e direta, discorria sobre um profundo saber filosófico.

"Deus me proteja de mim e da maldade de gente boa.

Da bondade da pessoa ruim

Deus me governe e guarde ilumine e zele assim

Deus me proteja de mim e da maldade de gente boa.

Da bondade da pessoa ruim

Deus me governe e guarde ilumine e zele assim 

Caminho se conhece andando 

Então vez em quando é bom se perder 

Perdido fica perguntando

Vai só procurando 

E acha sem saber 

Perigo é se encontrar perdido

Deixar sem ter sido

Não olhar, não ver 

Bom mesmo é ter sexto sentido

Sair distraído espalhar bem-querer"

A prosa foi interrompida pelo início do espetáculo mas, ao final continuou por mais três horas, regada por café e quitandas no Ofner de Pinheiros. Com ele aprendi muita coisa interessante da cultura judaica.

Lá pelas tantas, e-mails e telefones trocados, nos despedimos com a promessa de que aquele encontro seria o primeiro de muitos outros. 

Ao amigo Ishimael o meu abraço e o meu carinho.

Bratz Elian

enfim! é o que tem pra hoje ...