O estrondoso sucesso mundial do livro ”Cinquenta Tons de Cinza” sugere que, a despeito de décadas de feminismo, ser subjugada e dominada por um macho alfa ainda seria a suprema fantasia feminina.
Bem! Só a fantasia feminina? Bratz acha que não, pois ele leu e, a cada capítulo, um êxtase pleno e absoluto.
Anastasia Steele é uma radiante garota na flor de seus 21 anos, prestes a se formar em literatura. Ingênua e bem-comportada, ela nunca teve sequer um namorado. Na verdade, ainda é virgem. Perto dos 30 anos, Christian Grey tem cabelos acobreados, é alto, forte, de corpo muito bem definido, porém não musculoso demais, e bi – isto é, bilionário.
Os dois se encontram por acaso quando ela vai, no lugar de uma amiga, entrevistá-lo para o jornal da faculdade. A atração mútua é fulminante e avassaladora. Se Grey é a imagem perfeita do príncipe encantado dos sonhos de Anastasia, ele não suporta mais ficar um instante longe dela. Parece se tratar de uma união simplesmente divina, não fosse o fato de o magnata possuir um traço terrível e obscuro em sua personalidade.
Na luxuosa cobertura envidraçada onde vive, na cidade americana de Seattle, entre valiosas obras de arte e um piano de cauda branco – que ele toca com o talento de um virtuose -, existe “o quarto da dor”. Decorado com veludo vermelho e couro negro, o cômodo é equipado com cama gigante, almofadas confortáveis, chicotes, coleiras, correntes, algemas e todo o aparato necessário para intensas sessões de sexo sado-masoquista.
Em vez de propor casamento, Grey espera que Anastasia se torne sua escrava sexual e principal objeto de prazer. “Não sou do tipo romântico”, diz, em tom autoritário, para a aterrorizada, porém perdidamente apaixonada donzela. Mesmo hesitante, ela aceita o desafio, que inclui total submissão, açoitamento, palmadas, olhos vendados, punhos atados e nenhum carinho.
Tudo descrito nos detalhes mais gráficos, epidérmicos e voluptuosos. Conseguirá a inocente heroína conquistar o amor verdadeiro mergulhando nessa relação no mínimo doloridíssima?
Esse é o enredo de Cinquenta Tons de Cinza, o livro que todo mundo está lendo, comprando, baixando na internet, comentando, recomendando, discutindo e, acima de tudo, adorando no mundo inteiro. Devido ao caráter extremamente explícito das cenas de sexo, que vêm misturadas à linguagem simples dos romances baratos e ao enfoque descaradamente água com açúcar da história de amor, a obra já foi qualificada como “pornô para mamães” e “Cinderela tarada”.
Este sucesso todo é apenas o primeiro de uma trilogia [Cinquenta Tons mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade] e já garantiu a compra dos direitos da obra para ser levada às telonas.
Ref: Ricardo Setti - Revista Veja em 24/06/2012
Confiram o teaser e vejam se não é deixar "asamigas" doidas ... OMG!
ps: 01 - Antes que atirem pedras no Bratz, ele deixa claro que em momento algum ele está classificando esta obra como LITERATURA cult. Vale pelo prazer de um simples entretenimento e viagens fetichistas, mas com boa vontade também podemos sacar um pouco da alma, da personalidade e do SER.
02 - Este livro, também me remeteu a outro que li e que fez enorme sucesso na época, por coincidência também apedrejado pelos "cults" de plantão e que, hoje, recebe críticas especializadas que o classificam como obra literária ... vai entender né? "A Inustentável Leveza do Ser" de Milan Kundera".
03 - De certa forma, este post remete à reflexão do anterior.
Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...