Às vezes, pequenos grandes terremotos
ocorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.
Entre a aorta e a omoplata rolam
alquebrados sentimentos.
Entre as vértebras e as costelas
há vários esmagamentos.
Os mais íntimos
já me viram remexendo escombros.
Em mim há algo imóvel e soterrado
em permanente assombro.
Affonso Romano de Sant’Anna . Lado Esquerdo do Meu Peito
Paulo Braccini
enfim! é o que tem pra hoje...
enfim! é o que tem pra hoje...
Não se dão conta os desatentos ... Os mais íntimos já me remexendo escombros ...
ResponderExcluirNão somos todos assim? De longe, de fora, há a perfeição, que é composta por um sem numero de escombros encaixados ... não somos nós uma composição de escombros que em alguns momentos se assemelham a esculturas e em outros ao resultado de um tsunami?
Bjs
Caraca, aí esta um poeta magnífico desses tempos modernos. Affonso Romano de Sant’Anna é brilhante.
ResponderExcluirBjs.
o coração fica no encontro de duas placas: amor e odio (???)! pelo menos no meu caso, a primeira vem sobrepondo a segunda constantemente, causando alguns belos tremosres...
ResponderExcluirabraços do voy
Sempre somos assolados por esses terremotos. ainda bem, sinal que nossos sentimentos estão aflorados.
ResponderExcluirBjux
Que linda poesia! Eu amei. Estava com saudade dos seus comentário no meu blog. Vê se aparece mais, ok?
ResponderExcluir*DB*
Bem vindo de volta meu caro Paulo...
ResponderExcluirEspero que sua estada em Buenos Aires tenha sido ótima...
abração.
Sempre há algo imóvel e soterrado dentro de nós. Acho que nós mesmos provocamos esses terremotos, para que possamos soterrar certos sentimentos...
ResponderExcluirAbraço querido, ótima quarta para ti!
^^)
ai ai... é sempre assim... por dentro estamos em terremoto... e por fora, para não causar espanto ou assustar quem se quer... temos que fazer um sorriso de monalisa...
ResponderExcluirMe deu saudades do Abílio....
ResponderExcluirLindo poema de um autor que desconhecia. Gostei muito. Abraço.
ResponderExcluirque maravilha este post... tão lindo e tão cheio de vida e dor e tantas coisas mais em ricas palavras!
ResponderExcluiradoro seus achados
beijos
Voltou com tudo...
ResponderExcluirPaulo, como você se ateve a fazer um blog com poesia sem pedir quase dois milhões ao governo? kkk
Caraca...
ResponderExcluirDEVASTADOR!
Que escolha ímpar essa sua meu querido Paulo.
ResponderExcluirQuantos terremotos internos já passei, mas sinto que isso que nos impulsiona a viver.
Beijos, muitos.
Sua amiga aqui, está com o cóccix dodói, vê se isso é lugar pra machucar....kkkkkkkkk
Mas como dóiiiiiii.
rsrsrs
Beijos meu amigo.
O que acontece quando vc tenta comentar lá no novo?
ResponderExcluirOs mais íntimos, no meu caso, me ajudam nas buscas por qualquer "coisa sobrevivente".
ResponderExcluirQue lindo, Paulo, gostei muito, de verdade! Vou citar lá no Twitter.
Um beijo grande!
Bom gosto é uma merda mesmo. Nãocostuma falhar rs
ResponderExcluirBjs, querido!