
Repudiei sempre que me compreenderam. 
Ser compreendido é prostituir-se. 
Prefiro ser tomado a sério como o que não sou, ignorado humanamente, com decência e naturalidade. 
Nada poderia indignar-me tanto como se no escritório me estranhassem. 
Quero gozar comigo a ironia de me não estranharem. 
Quero o cilício de me julgarem igual a eles. 
Quero a crucifixão de me não distinguirem. 
Há martírios mais subtis que aqueles que se registram dos santos e dos eremitas. 
Há suplícios da inteligência como os há do corpo e do desejo. 
E desses, como dos outros, suplícios há uma volúpia.
Fernando Pessoa
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...
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