segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Perturbação


As palavras dormem, tranquilas.
Pensei que fossem minhas.
Entretanto,
ando pela casa em alarido
falo alto
busco uma dor
e soluço em tom de heroi.
Inútil!
As palavras nada sabem de romances
nem de qualquer amor.
Dormem, apenas
enquanto meus ruídos
continuam mudos.

adaptado de Saramar
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

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