quinta-feira, 31 de março de 2016

Uma história cotidiana!




São aproximadamente 23 horas e 30 minutos, abro a porta de casa, subo as escadas e rapidamente vou largando no chão as roupas que me vestem – banho.
A água quente lambendo meu corpo é o maior prazer do dia, conseguiu superar os pedaços também quentes da pizza, que anteriormente matava minha fome.
Ainda enrolado na toalha úmida faço uma ligação casual a um amigo, e o relógio mostra sorridente a hora "do sinal da cruz", é meia noite. Visto-me, lixo as unhas da mão esquerda de modo displicente, bebo uma xícara de achocolatado quente e vou fazer uma visita ao amigo do telefonema. Ele me esperava em uma esquina, a meio caminho de sua casa, junto a um outro amigo e dois conhecidos, e diz: “Olha a vagabunda vindo ali”. Sou recepcionado de maneira carinhosa e retribuo a gentileza. Alguém pergunta as horas, é 1 hora e 27 minutos e está frio. Já na casa do meu amigo, conversamos banalidades enquanto o jantar está esquentando: frango, arroz, feijão, macarrão e a insistência para que eu me alimente. Enormes pratos cheios e odoríferos, e eu apenas com um copo de suco artificial sabor laranja. Às 3 horas e 33 minutos da manhã, depois de acordar uma colega que dormiu sem cerimônias vou embora na companhia da dorminhoca e de meu outro amigo. Uma neblina delicada nas ruas e o frio companheiro, despeço-me dos dois na porta da casa em comum, aos berros e risadas, e continuo em direção à minha casa. Duas quadras depois encontro outra amiga, que acabara de fechar seu comércio. 
A salvo de um insone cliente que insistia em conversar, e a acompanho até o portão de sua casa. Parados, um de frente ao outro conversamos amenidades acerca da vida daqueles que nos rodeiam, amigos em comum rendem sempre boas histórias. De súbito, o desejo de mais um cigarro a faz me pedir para ir com ela até o “Bar do Zueira” – aquele que quase nunca fecha. No balcão ela paga seu cigarro e acende com o isqueiro da garota que nem mesmo olhei a face, enquanto isso estou cumprimentando um primo, que debruçado na mesa de bilhar sorri ao me ver e vem me beijar o rosto e abraçar apertado - desconforto.
Beijos de despedidas, promessas de nos vermos no outro dia e um cachorro na calçada, enfim retorno para casa às exatas 4 horas da manhã.
Ligo o televisor, um filme desnecessário me prende a atenção por alguns minutos e na sequência me faz apertar a tecla “off” do controle-remoto.
Agora, de frente para o monitor do computador o relógio no canto inferior marca 5 horas e 20 minutos. Preguiça de revisar o texto e o antivírus insistindo em uma tal atualização, é o fim. Me resta publicar o texto, mas antes encontrar uma imagem ilustrativa e às 6 horas acordar minha mãe e depois ir aos braços de Morpheu. Dormir, porque amanhã é outro comum dia.


ps: Voltei e a nossa programação normal volta ao cartaz. Que triste!

Bratz Elian
enfim! é o que tem pra hoje ...

18 comentários:

  1. Welcome back, darling!

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  2. Olá, querido Bratz ...muitos tem esse comum dia.O problema é quando esses acontecimentos , por vezes rotineiras,outras não, que se passaram nessas quase sete horas, se tornem repetitivas e inflexíveis em vários momentos da vida, chegando ao ponto de causar sofrimento ou perturbação a si mesmo...Obrigado pelo carinho,belos dias,abraços!

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    1. Toda inflexibilidade na vida não é coisa que seja recebida de bom grado. A rotina pode ser prazerosa ou não ... desde q contenha alguma flexibilidade ...

      Beijão querido

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    2. Obrigadão querido Bratz..bom final de semana, abraços!

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  3. Já estava estranhando a sua ausência! Ainda que regressou à nossa companhia, e em grande, com um texto pejado de simbolismo.

    um abraço.

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    1. Sim meu querido amigo. Tudo o que é bom termina, mas deixa sempre um gostinho de quero mais ... rs
      Obrigado pelo carinho de sempre ...

      Beijão

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  4. Que bom que estás de volta, nossa, lendo seu texto e percebendo que fostes aos "braços de Morpheu" de manhã e "berros e risadas" de madrugada me fez odiar,rsrs, sim porque por aqui o que mais se ouve são berros e risadas de madrugada dos que vão aos "braços de Morpheu"de manhã,se é que vão, e eu tenho de acordar, levantar e sonolenta dar um jeito de não perder a minha paciência, pois é, morar em centro urbano como Sampa é de "amargar"!
    Abraços apertados amigo Paulo!

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    1. Eu por mim adoro os grandes centros urbanos mas ... mas ... realmente ninguém merece o alarido humano despropositado.

      Beijão querida ...

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  5. Beleza você estar de volta, esperamos que tenha vindo revigorado e cheio de entusiasmo.
    Abraço

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  6. Querido amigo, sorte a tua que podes andar pela cidade a noite, visitar amigos, terminar a noite em um barzinho....aqui em Sampa
    estamos quase que vivendo um toque de recolher. Tenha um lindo final de semana. Beijokas

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    1. Coisas dos tempos modernos. Por aqui elas não são tão diferentes não.

      Beijão e bom fim de semana querida amiga.

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  7. :-) Paulo não sei o que é melhor, a partida ou o regresso, mas no seu caso o regresso é sempre bem melhor!

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  8. Estou de volta e me deparo com um texto como esse ... ai ai ... como é bom estar de volta e ler algumas coisas que fazem bem a imaginação.

    The Sexualizator
    http://thesexualizator.tumblr.com/

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então! obrigado pela visita e apareça mais, sempre teremos emoções para partilhar.

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