sexta-feira, 4 de junho de 2010

Simplesmente Clarice


Impossível não ler muito devagar, não ficar ofegante pelo respirar tumultuoso dos sentidos que esta escrita desperta. «Não era ódio - era uma amor ao contrário, e ironia, como se ambos desprezassem a mesma coisa», sente o homem que é Martim e a mulher de quem não sei ainda o nome. «E porque aquele homem parecia não querer nunca mais usar o pensamento nem para combater outro pensamento - foi fisicamente que de súbito se rebelou em cólera, agora que enfim aprendera o caminho da cólera». Foram mais umas folhas apenas, esta amanhã, não páginas abstratas de uma literatura feita de letras, mas pedaços arrancados ao imaculado desejo de ler. Ao regressar, o jardim das roseiras olhou-me, recatadamente intrigado, murmurando um olá.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

2 comentários:

  1. Eu confesso que sou um leitor até o momento inapto para ler Clarice. Não consigo. Simplesmente. Acho que ainda não alcancei a maturidade necessária para fazê-lo. Enfim...agora é aguardar o meu momento, a epifania. rs. Abração.

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  2. O primeiro livro que eu li de Clarice foi " A paixão Segundo GH". Fiquei doido. Amo as coisas que ela escreve de paixão e tive que reler entender o que ela estava querendo dizer.
    Bjs e bom dia dos namorados

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então! obrigado pela visita e apareça mais, sempre teremos emoções para partilhar.

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