sexta-feira, 20 de março de 2009

Esta é a minha luta


Num relacionamento, há de se ter certas batalhas. Seja para compartilhar os louros de uma vitória ou também para servir de suporte, em caso de perda ou derrota. Gosto de andar com as quatro pernas compassadas, mas às vezes é preciso recuar para puxar a outra metade, estacionada por um motivo qualquer. Sim, eu disse metade, porque eu me entrego mesmo, de corpo aberto, para unir forças a você. Quero ser nós dois um só, é dessa maneira que eu projeto o amor. Por isso, nas suas batalhas, não hesito, não titubeio, nem meço esforços em partir para o ataque. Fico na linha de tiro, esbravejo com os que estão à minha frente, enfrento tudo e todos. Eu me ceifo, dou meu jeito, doa a quem doer. Nessa hora, eu desconheço a natureza do medo. O que me interessa mesmo é erguer o braço no final e poder dizer: "Taí, vencemos mais essa", mesmo com o rosto talhado pela luta. Me sinto como a música do Chico: "Cansado de tanta guerra / crescido de coração". O problema está quando a peleja é minha. Você parece se esconder na trincheira a pôr a cara à tapa e enfrentar meu tiroteio. Prefere se resignar, deixando a impotência em punho atirar a esmo, para o alto, sem alvo certo. Guerras diferentes? Pode ser. Mas eu também quero te ver na linha de tiro por mim. Não adianta dizer que sua estratégia é outra ... agir na surdina, no silêncio, só com a presença. Preciso de movimento, lembra? Até porque este já é um coração velho de guerra, que não quer se dar por de todo vencido.

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

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