sexta-feira, 4 de julho de 2008

Palavras Amarrotadas


não existem razões para a razia da oculta neve das poucas palavras.
o impulso é um arco que se desfaz na certeza de que a razão é polar.
e rasgada a porta o que sobra é um anel coletivo de guindastes.
nada é tão pouco relevante como as palavras.

nada é o milagre da vibração.

um tempo de certo sítio.

um fósforo.

um palpite estéril.

e o inverso do refúgio.

unge-se a boca de silêncio.

eterno confidente da água.

a mesma que sendo silvestre não chega a ser claridade.

estrangulada veia que amortece a queda e fura o barro.

palavras vãs que nada são sendo incadência de vértebras soltas.

mutilada palavra que os olhos devassam.



"O verbo distorcido aguarda, receoso, a frieza invencível da razão clara .Viscoso e mole o mutismo dos homens flanqueia a gelatina estática do caos ."


blog o piano . Isabel Mendes Ferreira
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

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