segunda-feira, 30 de junho de 2008

Vazio Mental


O corpo era perfeito.
Não encontrei nenhum defeito físico.
Mas me deparei com um incômodo déficit intelectual.
Então preferi esquecer.
Marco Antonyo
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

domingo, 29 de junho de 2008

Querrele . II


“A aposta esta perdida. Querelle curva-se sobre a mesa. Desabotoa o cinto, as calças, mas não chega a abaixá-las. Apenas abre as pernas e debruça-se mais sobre a mesa. O negro vem por trás. Primeiro, com a mão direita, abaixa as calças do marinheiro até os pés. Com a esquerda, desabotoa as próprias calças. O negro lambe o dedo indicador e começa a introduzi-lo entre as nádegas de Querelle. Seu dedo desaparece na carne branca. Não há nenhuma resistência. O negro retira o dedo e, com um único movimento firme, introduz seu membro dentro de Querelle. Querelle não se move. Com as duas mãos, o negro escancara as nádegas do outro para entrar mais, e melhor. Quando entrou completamente, sobe as mãos pelo peito de Querelle até alcançar os mamilos duros perdidos entre os pêlos. É quando o negro tem a primeira suspeita. Move-se mais, entrando dentro de Querelle. Morde sua nuca, enfia a língua em seus ouvidos. Querelle continua imóvel. O negro desce as mãos dos mamilos do outro pelos pêlos da barriga, até seu sexo. Quando a palma de sua mão segura o sexo rijo de Querelle, ele tem certeza absoluta. O marinheiro não perdeu a aposta. Ao contrário, é o único vencedor. É tarde demais para o negro recuar dessa derrota enviesada. Ao longe uma voz rouca de mulher cantarola sempre: “Each man kills the things he loves”. O negro entra mais fundo, ao mesmo tempo em que sente a umidade do prazer de Querelle começando a molhar a palma de sua mão. Lá-rá-rá-lá-rá-rá-rá: o negro geme e goza dentro de Querelle. Querelle não geme nem se move. Apenas goza também, ao mesmo tempo, abundantemente na palma branca da mão do negro. A aposta está ganha.”
(trecho do conto “Bem longe de Marienbad” de Caio Fernando Abreu)
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

sábado, 28 de junho de 2008

Dedicatória


Então me tocarás naquilo que te dou
mas é no gozo íntimo do dar e receber
que nos tocamos

se é fato que te faço único
quando uma só é a coisa
que naquele instante te traduz
—aquela a qual eu olho e digo: é essa —
a coisa será sempre qualquer coisa
pois único já eras

eu te dou desde o momento da intenção
até o instante em que recebes
e dado permaneço enquanto fruis o que te oferto

a coisa, logo vês, só vivifica o dar e o ter

pega este poema. é teu.
e o que te ocorre?

já sentias que era teu desde o início.

Antoniel Campos

Entretanto - Martnália & Paulinho Moska

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Post Extra . Più cose da fare



*Adoooro* frio!
E tenho uma teoria:
No frio o cérebro trabalha melhor!
Fazemos conexões mais rápidas,
e refletimos mais antes de agir.
Mas como nem tudo é perfeito:
Depois de efetivar a conquista,
dá um trabalhão tirar a roupa...
Blog Uomini
E enquanto isso no banheirão do metrô Marechal (Sampa):
o faxineiro: “Vamu logo pessoal...
quem já si divirtiu deixa lugar pru otru...
Vai que vem os segurança e aí embaça pra todu mundu!"
Merece, ou não, uma caixinha das bíus *habitués*?
Um *loooosho*!!!


Village People- YM...


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Doze e Trinta


Sendo exatamente doze e trinta,
de quanto tempo necessito num poema
para dizer (a coisa tem que ser sucinta)
"amo você", assim, rápido como num telefonema?

mas que não pareça frase feita, tipo teorema,
e sem que a pressa me desminta,
sabe como? (pense num problema!)
ah, já sei, vou espalhar a tinta

da caneta no papel (ih... doze e quarenta!)
e torcer que essa pintura me sirva de garganta.
é isso. e vou ficar de orelha bem atenta.

mas... o que vem lá? algo à folha se apresenta:
além de "amo você", outra coisa se lhe imanta:
"eu também". maravilha!. bem, vou lá. (doze e cinquenta!)

Antoniel Campos


Meu Segredo - Paulinho Moska

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Sonhos


Nada me sacia. Só a boca macia, aveludada, de uma imagem diáfana e carnal. Cultuo a beleza e o cheiro e a forma. A Lua uiva. Mas são os cães gemendo, os gatos no telhado, os bichos encantados. A noite tem estrelas. Muitas. E o desenho Dele enquadrado na moldura da janela bem poderia ser um Renoir ciber eletrônico digital. Ele está nu e acordado ainda. A pele brilha em alta definição. Mas o que mais me excita, o que mais nos faz próximos, é o que ele exala. Algo natural vem da pele bruta. E Lapida meu Diamante.Não consigo resistir ao apelo do que paira no ar. É belo demais e pede para ser tocado, engolido, devorado. E não resiste. Nos meus braços se desmancha quando o pego por trás e o invado pouco a pouco, com a calma de um Lord.Ainda emoldurado pela janela posso agora me ver e sentir nós dois, juntos. Como se me transportasse pelas dimensões em um instante mágico. Meu corpo levita e a alma suspira quando lá, possuindo seu maior bem, ouço seu gemido e o corpo desaguar. Anjos devem ter passado por ali, incensando aquele instante, pleno: era o gozo puro, o vinho seco, o aroma apimentado, e um deus misterioso, lá das profundezas tudo regendo e ao mesmo tempo, consentindo.Ele dizia Amém a cada estocada, ele rezava e oferecia sua boca seguindo como numa dança o movimento combinado dos corpos suados. E dizia que me amava. E eu acreditava, embebedado por cada gota do instante que escoava. Absinto. Tudo transpirava. A temperatura era quente e aconchegante. Um vento parecia enlevar os corpos, agora sem espaço, sem limite, sem roupas, sem nada. Deixei meu corpo se entender com outro corpo, segui o conselho do maior poeta, Drummond. Deixei sim. Porque os corpos se entendem mas as almas não. Até mesmo quando tudo é apenas Sonho...

Caio Fernando Abreu

Sonhos - Paulinho Moska

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Então, que seja doce


"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada."

Caio Fernando Abreu

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Me deixe com minha dor


Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão.
Caio Fernando Abreu

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Esse brilho em teu olhar


"Eu te procuro quando me sinto em perigo
Quando cai um raio e soa um trovão
Eu te procuro quando alegria eu sinto
Só você traduz a sensação
Contigo eu me esparramo, não tem engano, não, nem erro não
Nem ilusão nessa canção
Essa canção quer você todo tempo que eu perdi
Todo lance que rolar
Cada momento e em qualquer lugar
Ou enquanto acender esse brilho em teu olhar"

Lulu Santos
Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

domingo, 22 de junho de 2008

Pra ser sincero


"O tempo vai passar
E tudo vai entrar no jeito certo de nós dois
As coisas são assim
E se será, será
Não pense, por favor,
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo o que eu sinto longe de você”

Carlinhos Brown e Marisa Monte

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

sábado, 21 de junho de 2008

Com Açúcar Com Afeto


Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é um operário, sai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê
No caminho da oficina, há um bar em cada esquina
Pra você comemorar, sei lá o quê
Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
Discutindo futebol
E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
Coloridas pelo sol
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
Você vai querer cantar
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
Pra você rememorar
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
Ainda quis me aborrecer, qual o quê
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro os meus braços pra você

Chico Buarque de Holanda

Abaixo a canção na voz de Fernanda Takai

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Anos Dourados


Parece que dizes
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo confissões
No gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor
Me vejo a teu lado
Te amo?
Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
E desconcertante
Rever o grande amor
Meus olhos molhados
Insanos, dezembros
Mas quando me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Antônio Carlos Jobim, Chico Buarque de Holanda




Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Pessoa Certa


Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho! Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar que é pra na hora que vocês se encontrarem a entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas. Essa pessoa vai tirar seu sono. Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você. Vai estar o tempo todo pensando em você. A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa. Nada aqui é certo! O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo... E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo", quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...

Luiz Fernando Veríssimo

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Preta Pretinha


Preta, Preta, Pretinha!
Enquanto eu corria
Assim eu ía
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Por minha cabeça não passava
Só! Somente Só!
Assim vou lhe chamar
Assim você vai ser
Só! Só! Somente Só!
Assim vou lhe chamar
Assim você vai ser
Eu ía lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Eu ía lhe chamar!
Enquanto corria a barca
Abre a porta e a janela
E vem ver o sol nascer...
Eu sou um pássaro
Que vivo avoandoVivo avoando
Sem nunca mais parar
Ai Ai! Ai Ai! Saudade
Não venha me matar
Ai Ai! Ai Ai! Saudade
Não venha me matar
Lhe chamar!

Galvão . Moraes Moreira

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Vampiro


Eu uso óculos escuros pras minhas lágrimas esconder
E quando você vem para o meu lado, ai, as lágrimas começam a correr
E eu sinto aquela coisa no meu peito
Eu sinto aquela grande confusão
Eu sei que eu sou um vampiro que nunca vai ter paz no coração
Às vezes eu fico pensando porque é que eu faço as coisas assim
E a noite de verão ela vai passando, com aquele seu cheiro louco de jasmim
E eu fico embriagado de você
Eu fico embriagado de paixão
No meu corpo o sangue não corre, não, corre fogo e lava de vulcão
Eu fiz uma canção cantando todo o amor que eu sinto por você
Você ficava escutando impassível e eu cantando do teu lado a morrer
E ainda teve a cara de pau
De dizer naquele tom tão educado"oh! pero que letra más hermosa, que habla de un corazón apasionado"
Por isso é que eu sou um vampiro e com meu cavalo negro eu apronto
E vou sugando o sangue dos meninos e das meninas que eu encontro
Por isso é bom não se aproximar
Muito perto dos meus olhos
Senão eu te dou uma mordida que deixa na sua carne aquela ferida
Na minha boca eu sinto a saliva que já secou
De tanto esperar aquele beijo, ai, aquele beijo que nunca chegou
Você é uma loucura em minha vida
Você é uma navalha para os meus olhos
Você é o estandarte da agonia que tem a lua e o sol do meio-dia

Jorge Mautner

Vampiro - Caetano Veloso

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Suspirar


E, a cada suspiro que dou, meu anjo da guarda perde mais uma peninha da asa.

Sapato Florido . Mário Quintana

Se voce ficar bem calado e prestar bastante atenção,
voce vai ouvir, bem ali, muito perto, um suspiro.
Basta evitar distração,
e afugentar os problemas do próprio coração.
Coisa tão delicada ...


11-Don't Let Me Do...


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

domingo, 15 de junho de 2008

Poema Fotografado


Meu poema é uma
fotografia antiga –
do irmão que não tive
do velho amor que não vingou
em preto e branco.
Meu poema é um

frêmito de frágil metal
com uma flor absurda de
água
e sangue
tatuada em seu olho.

Théo G. Alves




Agostinho dos Sant...


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

sábado, 14 de junho de 2008

Jamelão


O cantor, compositor e intérprete José Clementino Bispo dos Santos, o Jamelão, morreu por volta das 4 horas da madrugada deste sábado - 14/06. Nascido em 12 de maio de 1913, Jamelão tornou-se um ícone do Carnaval Carioca, em particular da Escola de Samba - Estação Primeira de Mangueira. Dono de uma voz invejável e um dos mais importantes integrantes da Velha Guarda da Mangueira foi intérprete de sucessos como "Exaltação à Mangueira", "Esses Moços", "Ela Disse-me Assim", dentre muitos outros.


Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

Rindo de que?


tá rindo de quê
de mim ou de você
tá rindo da vida
sorindo à toa
perdido
tá rindo de quê
da vida esvaindo
do que não mais se vê
tá rindo de quê
do fim do amor
do fim do romantismo
do que era belo
e agora é feio
tá rindo de quê
da vida
ou da vontade de viver
tá rindo de mim
ou de você
tá rindo da paz
ou da falta de paz
da noite
ou da noite que não acaba mais
tá rindo de quê
me conta
quero rir com você


Eduardo Santos . Blog Reticências Poéticas



Aforismo


Os homens de profunda tristeza se denunciam quando estão felizes: têm uma maneira de agarrar a felicidade, como se a quisessem esmagar e sufocar, por ciúme - eles sabem muito bem como ela escapa!


Friedrich Nietzsche . Além do bem e do mal


Adoniran Barbosa -...

Paulo Braccini
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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Charlie Chaplin


Filho de artistas do vaudeville londrino, Chaplin teve uma infância miserável e chegou a roubar comida para sobreviver depois que seu pai abandonou a família e sua mãe foi internada como louca.
Ainda adolescente obteve emprego na companhia teatral de Fred Karno e, ao fazer uma excursão pelos Estados Unidos, em 1913, foi contratado por Mack Sennett para trabalhar na Keystone, o maior estúdio de comédias do cinema mudo.
Ali Chaplin criou o personagem que o tornaria famoso: o vagabundo, de bengala e chapéu-côco.
Em 1919 fundou a United Artists, em sociedade com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e David W. Griffith, e passou a produzir filmes de longa-metragem. Nos anos 20 sua carreira estava no auge, mas seus problemas amorosos começaram a se agravar. Sua primeira mulher, Mildred Harris perdeu o que seria seu primeiro filho e Lita Grey, com quem se casou a seguir, o processou.
Os escândalos se seguiram, mas talvez o de maior repercussão tenha sido seu casamento, aos 56 anos, com a filha do escritor Eugene O'Neill, Oona, de 18.
Nos anos 50 foi perseguido pelo macarthismo e, após uma excursão à Europa foi impedido de retornar aos Estados Unidos. Mudou-se então para a Suíça. Anos mais tarde, os americanos tentaram se redimir concedendo-lhe um Oscar especial.
Um dos grandes gênios do cinema, Chaplin também era responsável pelas trilhas sonoras de todos os seus filmes e criou canções imortais, como "La Violetera" - de "Luzes da Cidade", "Smile" - de "Tempos Modernos" - e "Limelight" - de "Luzes da Ribalta".
Principais Filmes:
Luzes da Cidade, O Grande Ditador, Tempos Modernos, O Garoto e Luzes da Ribalta dentre outros.
Abaixo uma pequena sequência da obra deste gênio do cinema.

Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Pedro Almodovar


A sétima arte sempre teve diretores que se sobressaem pelo seu talento e criatividade. No cinema contemporâneo, onde os padrões americanos já não se apresentam como referência única, destacamos a figura latina de PEDRO ALMODOVAR, com toda sua força, agressividade e contundência. Como tributo a este gênio do cinema postamos aqui uma produção em vídeo de Thaiza Akemi para a Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - 2006.



Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Querrele


Jean Genet
Escritor frances
19 - 12 - 1910, Paris
15 - 04 - 1986, Paris
Filho de uma prostituta, de pai desconhecido, foi adotado por um casal de Morvam, na Borgonha. Naquele tempo era comum enviar às regiões rurais as crianças abandonadas da capital. Após abandonar a família adotiva, Genet passou a juventude em reformatórios e prisões onde afirmou sua homossexualidade. Enquanto compunha romances ou peças consagradas, criou uma mitologia pessoal marcada por escândalos, roubos e rixas. Colecionou uma sucessão de amantes, que o acompanharam pelo baixo mundo parisiense e conquistou a nata da intelectualidade européia. Seus primeiros trabalhos, Nossa Senhora das Flores e O milagre da Rosa, chamaram a atenção de Jean Cocteau, mas foi através da influência de Jean Paul Sartre que ficou famoso. Foi também amigo de outras importantes personalidades de seu tempo: o filósofos Jacques Derrida e Miche Foucaut, os escritores Juan Goytisolo e Alberto Moravia, os compositores Igor Stravinsky e Pierre Boulez, o diretor de teatro Roger Blin, os pintores Leonor Fini e Christian Bérad, os líderes políticos Georges Pompidou e Francois Mitterand. Depois do suicídio de um de seus amantes e do amigo e tradutor Bernard Frechtman, ele próprio tentou matar-se. Genet atravessou a década de 60 colhendo frutos de sucesso de seus romances, peças e roteiros. Mas, a partir dos anos 70, engajou-se na defesa de trabalhadores imigrantes na França, assumiu a causa dos Palestinhos e envolveu-se com líderes de movimentos norte-americanos como Panteras Negras e Beatnicks. Publicou suas memórias no livro "Diário de um ladrão", onde narra suas aventuras e andanças pela Europa, suas paixões e seus sentimentos.
Jean Genet, escritor maldito, provocou as mais diversas reações sobre sua personlidade e obra. Condenado, por crime de morte, à prisão perpétua, obteve o perdão em 1948 graças aos esforços de Jean Cocteau e Jean-Paul Sartre, rendidos a seu talento literário. Em 1983 foi-lhe concedido o mais importante prêmio literário francês, o Grande Prêmio Nacional. Em seus romances e peças de teatro, cujos protagonistas são quase sempre delinquentes e marginhais, Genet abala a consciência social e a fragilidade do sistema de valores da sociedade burguesa. Dentre suas obras destacam-se Nossa Senhora das Flores (1944), Querele - Amar e Matar (1947), que foi levado ao cinema em 1982 por Rainer Werner Fassbinder com o título Querelle (postagens em arquivos de vídeo e uma montagem em próximo post), Diário de um Ladrão (1949) e, as peças de teatro, Haute Surveillance (1949, O Balcão (1956), Os Negros (1958) e Les Paravents (1961).

Querelle
Direção: Rainer Werner Fassbinder
Elenco: Brad Davis, Jeanne Moreau, Franco Nero, Laurent Malet

Baseado na obra de Jean Genet, Fassbinder dirige um dos clássicos da história do cinema.
Não assistiu? Vale a pena conferir.
Disponível nas melhores locadoras.


Paulo Braccini
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terça-feira, 10 de junho de 2008

Abobrinhas não!


Cansei de ouvir abobrinhas,
vou consultar escarolas
prefiro escutar salsinhas,
pedir consolo às papoulas
e às carambolas,
pedir um help ao repolho
indagar umas espigas,
aprender com pés de alho
ouvir dicas das urtigas
e dessas tulipas
um toque pro miosótis,
um palpite do alpiste
uma luz da flor de lótus,
pedir alento ao cipreste
e pra dama da noite,
pedir conselho à serralha
sugestão pro almeirão,
idéias para azaléias
opinião para o limão, pimentão
abobrinhas não
Itamar Assumpção e Alice Ruiz
Paulo Braccini
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segunda-feira, 9 de junho de 2008

Because


o poema
a melodia
as imagens
se bastam

... porque ?


Because the world is round it turns me on
Because the world is round...

Because the wind is high it blows my mind
Because the wind is high...

Love is old, love is new
Love is all, love is you

Because the sky is blue, it makes me cry
Because the sky is blue...

Beatles . aqui na voz de Ná Ozzetti

clique e ouça


Paulo Braccini

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domingo, 8 de junho de 2008

Amor


Não confundas o amor...
amor não é como que uma prisão mas sim o perfeito sentimento de liberdade...


Pablo Neruda

Dois...
Apenas dois.
Dois seres...

Dois objetos patéticos.

Cursos paralelos

Frente a frente...
Sempre...
...A se olharem...

Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.

Eternamente dois apenas.

Nega-me o pão, o ar,

a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Paulo Braccini

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sábado, 7 de junho de 2008

Atrás da Porta


Esta é outra canção que marcou de maneira profunda minha vida, nos idos dos anos 70.
Realmente muito linda.


Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, te estranhei
Me debrucei sobre o teu corpo, e duvidei
E me arrastei, e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra mau dizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Só pra provar que ainda sou tua

Chico Buarque . Francis Hime



Atrás da porta - Chico Buarque

Paulo Braccini

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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Reflexões II


Hoje, vou dormir meio que introspectivo, por isto gosto de aproveitar para refletir um pouco sobre meus caminhos - percorridos e a percorrer. Então optei por postar algo bem meu eu, bem minha cara, bem meus sentimentos...


Há muito venho sorvendo as aflições da noite,
roendo a alma nos dedos, em cada névoa que leio.
Faz tempo
que ensaio palavras
(razões concretas e abstratas),
queimando poemas pelo ar.

Mas que fazer?
...se há a certeza que no olhar se perpetua;
se nem mesmo ela evapora no sobressalto das horas.
Meu viver é um verso e outro por linhas já definidas;
ainda que o reflexo do sol projete toda a distância desse mar,
a correr na solidão no cetim.

Eu Vou Estar - Zélia Duncan

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Palavras


As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.

Por isto ouso dizer:




sinto,
pressinto,
ressinto...
Escrevo palavras
desordenadas,
inacabadas....
Quero,
espero,
desespero...

Só.

Air in G - Piano and Violin - Bach

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Dançarina Espanhola


Como um fósforo a arder antes que cresça
a flama, distendendo em raios brancos
suas línguas de luz, assim começa
e se alastra ao redor, ágil e ardente,
a dança em arco aos trêmulos arrancos.
E logo ela é só flama, inteiramente.
Com um olhar põe fogo nos cabelos
e com arte sutil dos tornozelos
incendeia também os seus vestidosde onde, serpentes doidas, a rompê-los,
saltam os braços nus com estalidos.
Então como se fosse um feixe aceso,
colhe o fogo num gesto de desprezo,
atira-o bruscamente no tablado
e o contempla.
Ei-lo ao rés do chão, irado,
a sustentar ainda a chama viva.
Mas ela, do alto, num leve sorriso
de saudação, erguendo a fronte altiva,
pisa-o com seu pequeno pé preciso.
Rainer Maria Rilke


Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Meu Namorado





Ele vai me possuindo
Não possuindo
Nun canto qualquer
É como águas fluindo
Fluindo até o fim
É bem assim que ele me quer
Meu namorado
Meu namorado
Minha morada
É onde for morar você
Ele vai me luminando
Não me iluminando
Um atalho sequer
Sei que ele vai me guiando
Guiando de mansinho
Pro caminho que eu quiser
Meu namorado
Meu namorado
Minha morado é onde for morar você
Vejo meu bem com seus olhos
E é com meus olhos
Que o meu bem me vê


Chico Buarque de Holanda


Meu namorado - Simone

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Tangentes e Secantes


Era pra ser de repente,
sem que se visse e escutasse;
passasse em quase tangente,
bem rente mas não tocasse.


Melhor se fora fugace
. prelúdio pra quando ausente .
restasse a voz reticente
. no benefício do impasse .
Era pra ser, tão somente,
meu rosto sem tua face.


Peso do Passado.mp3 - Zelia Duncan e Rodrigo Santos



Paulo Braccini
enfim, é o que tem pra hoje...

domingo, 1 de junho de 2008

Ame as Próprias Perguntas . A Pantera



"Ame as Perguntas"


Seja paciente com tudo que não há solucionado em seu coração
E procure amar as próprias perguntas.
Não procure as respostas que não lhe podem ser dadas
Porque não poderia vivê-las
E o que importa é viver tudo
Viva as perguntas agora
Talvez gradativamente e sem perceber
Chegue a viver algum dia distante as respostas.




“A Pantera"

De tanto olhar as grades seu olhar
esmoreceu e nada mais aferra.
Como se houvesse só grades na terra:
grades, apenas grades para olhar.

A onda andante e flexível do seu vulto
em círculos concêntricos decresce,
dança de força em torno a um ponto oculto
no qual um grande impulso se arrefece.

De vez em quando o fecho da pupila
se abre em silêncio.
Uma imagem, então,
na tensa paz dos músculos se instila
para morrer no coração.

Rainer Maria Rilke

Paulo Braccini

enfim, é o que tem pra hoje...

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